quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Aron Wormior VD Capitulo um: Novas encrencas em Prontera



Antes de começar-mos a fanfic, é necessário explicar sua história. Em 2004, empolgado com o jogo Ragnarok On Line, e inspirado pelas excelentes fanfics do forum oficial do game no Brasil, decidi escrever minha própria história, sobre um personagem ao mesmo tempo heróico e debilóide, de coração puro. O resultado foram sete anos de aventuras, humor, drama e mistério.

O Melhor dos Piores é uma fanfic muito importante para mim. Serviu de laboratório para várias idéias, e acredito que me ajudou a amadurecer como escritor. O começo é recheado de humor nonsense mas, a medida que vai evoluindo, os personagens vão se envolvendo em situações que simplesmente não conseguem controlar.

Bom... talvez não tenha conseguido explicar muito bem a essência da história, e nem acho que conseguiria, pois essa é uma fic bem mutante.

A versão de Aron Wormir apresentada aqui é uma "Versão do Diretor", com correção de erros de português. Prometi a mim mesmo que não alteraria o conteúdo original no site em que publiquei a fanfic, então farei essas pequenas correções de texto aqui. Ainda é a mesma leitura, mas com o português certinho. Por que não faço isso no site do Nyah, onde publiquei originalmente? Bem, por que sou um cara metódico e, como disse, vou deixar a fic no lugar em que publiquei primeiro como está.

Sem mais delongas... conheçam Aron Womior!

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Era uma vez um garoto chamado Aron Wormior, de curtos cabelos verdes e túnica laranja. Vivia pelas ruas de Alberta, feliz, esbarrando nas pessoas, em postes e bancos, isso quando não levava um belo estouro no chão.


Er...enfim, Aron é um garoto de rua, cujo o maior sonho é tornar-se um grande aventureiro, e partir pelo mundo em busca de suas próprias aventuras. Isso tudo parece muito bom, mas havia apenas um pequeno obstáculo entre Aron e o seu sonho: O fato de ele ser Extremamente Burro!!!


Bem, talvez eu esteja apenas exagerando. Só porque ele vive esbarrando em tudo; enchendo o saco de todos; certa vez quase tocou fogo em um padre na cidade; foi O GRANDE RESPONSÁVEL PELA RECENTE INVASÃO DE MONSTROS A CIDADE, após tentar se amostrar pra uma Kafra, pra mostrá-la como se pesca entrando na água e usando as próprias mãos (Embora não soubesse nadar, e tivesse que ser salvo, meio que contra a vontade, por um espadachim que passava pelo local); Foi responsável certa vez por uma invasão de Baphomes a cidade, após tentar brincar com o livro de magias de um mago arcano... isso não quer dizer que ele seja burro... apenas que ele é MUITO burro,e que adora se meter em muita confusão!


(Certa vez surgiu um boato de que ele seria o responsável pelo naufrágio de um navio que atualmente vive cercado de Zumbis perto de Alberta, mas foram amplamente desmentidos, pois ele ainda não havia nascido na época).


Enfim, Ninguém na cidade gostava do pobre (?) garoto que há 17 anos vivia órfão pelas ruas. Mas ele não desistia de seus sonhos! Sempre feliz pedindo esmola pelas ruas para dar para uma gangue de garotos que o ameaçavam batê-lo se não desse, sempre arrumava bicos para mostrar o seu valor. Embora sempre fosse despedido antes do pagamento por quebrar algo valioso ou esbarrar em algum cliente, sempre visitava a igreja e arrumava pequenos empregos de caridade, sem ganhar nada em troca (embora já tenha sido atingido na cabeça por um raio duas vezes enquanto lustrava as sandálias de uma imagem de Odin na mesma igrejinha e no mesmo dia...)


Apesar dos pesares, ele não desistia!!!


Mas foi ai que as coisas começaram a mudar...


Tudo começou quando Aron viu que os melhores bicos da cidade já estavam com as vagas preenchidas por garotos mais fortes e inteligentes. Então ele decidiu por a cabeça pra funcionar, para trabalhar em algo que as pessoas precisassem. Infelizmente pensar não era o seu forte, então bizarrices como domador de animais de estimação (que não precisavam ser adestrados, pois eram de estimação...) e mágico que entortava pratos o fizeram de chacota na cidade (ainda mais), sendo intitulado como"O Melhor dos Piores". É lógico que o garoto sentia tudo aquilo com mágoa no coração, mas sempre levantava a cabeça e seguia em frente.


Mas enfim, certo dia Aron teve a genial idéia de Limpar todos os cascos de navio de todos os barcos de Alberta, pra ver se era reconhecido e ganhava alguma coisinha por isso. Após limpar 445.678.456 cascos de navio (Ele demorou um pouco mais dessa vez, pois queria tirar todo o resíduo de água dos cascos... mesmo que estivesse de baixo d´agua e isso fosse "meio" impossível...) o último que ele estava limpando ia zarpar naquele momento, e os tripulantes não sabiam que Aron estava ali. Então quando foram puxar a ancora, Aron, que é muito sortudo, prendeu a perna na âncora, e fez um agradável passeio de Alberta até Prontera debaixo dágua (Digamos que ele tinha um bom fôlego...)


Quando o navio chegou em Prontera e a galera foi jogar a ancora novamente viram Aron já inerte preso lá, então os tripulantes que já conheciam o garoto carinhosamente começaram a espancá-lo até libertá-lo das correntes, e depois o colocaram em terra firme, mas não sem antes de amordaçá-lo, chutá-lo, roubá-lo, de passá-lo em ferro quente e deixá-lo para morrer nas docas.


Após passar um dia desmaiado sendo chutado por todo mundo que passava pelas docas de Prontera, Aron se levantou já totalmente revigorado. Mesmo todo ensangüentado, com as roupas rasgadas, sem nenhuma comida, dinheiro e sem alguns dentes, Aron contemplou feliz o horizonte, pois finalmente havia saído de Alberta (Ele passara toda vida procurando a saída da cidade...sem saber que podia ter pego um barco e saído de lá facilmente...) Então, ele começou a conhecer melhor a nova cidade, olhando as pessoas, jamais havia saido de casa antes... de repente, um homem estranho de vestes negras passa correndo pelo garoto, empurrando-o e jogando-o de boca no chão.


Homem(ofegante): Opa, me desculpe,amigo...


Aron: Hum, nada (Disse, limpando o sangue da boca e perdendo mas um dente)


Homem: Você parece ser novo aqui! De onde você veio?


Aron: Ah, eu vim de Alberta.


Homem: Legal... Olha, você poderia me fazer um favor?


Aron: Claro! -Disse, colocando-se logo de pé - O que posso fazer pelo senhor?


Homem (olhando pra todas as direções): Por favor, segure essa carta pra mim -disse, colocando-a na mão de Aron e saindo correndo novamente.


Aron: Foi um prazer ajudar -Disse, acenando para homem, que nem sequer virou para trás. - Poxa, as pessoas daqui parecem ser legais e hospitaleiras. Mas por que será que aquele moço pediu para eu segurar essa carta pra el...?


De repente, não se sabe de onde, uma mulher de túnica verde aparece e dá uma voadora em Aron, que cai estatelado no chão.


Mulher: Então foi você, seu ladrãozinho de m... que roubou minha carta Bahamut!!! Guardas, podem levá-lo!!!


Um grupo enorme de pessoas estava vendo a cena. De repente, dois guardas corpulentos aparecem, levantam Aron e entregam a carta para mulher.


Guarda1: Essas crianças estão começando a roubar cada vez mas cedo!


Guarda2: É mesmo. Mas não na nossa cidade!


Aron: Não estava roubando, estava só guardando a carta daquele gentil homem (disse, apontando pra esquerda, pro vazio) que me pediu para guarda-l...


guarda2:cala boca moleque!!! -Disse o guarda, dando um cascudo na cabeça de Aron -vamos ver se você vai continuar com essas gracinhas depois de passar uma noite na cadeia!!!


Continua na próxima quarta-feira...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O Fim da Alegria



Eu a conheci há alguns meses. Pequena, dentro de uma caixa. Suas patinhas tocavam em minha camisa com estranheza, as primeiras sensações desconhecidas de uma nova vida.

Quase não miava. Mas seus passos sempre eram acompanhados de um ronronar elegante e até cômico, quando pulava de um canto para outro. Mesmo sendo discreta como qualquer felino, sabia cativar e era carinhosa na medida certa. Mesmo que as vezes extrapolasse.

Foi uma honra ter você durante nove meses do meu lado, e é muito duro não poder ter dito adeus. Foi muito repentino. Muito injusto. Mas assim é a morte, como todas as coisas. Só espero que esteja em paz, e tão feliz quanto sempre me fez ser.

Obrigado ter existido em minha vida. Nunca vou te esquecer.

domingo, 27 de novembro de 2011

Pessoas



Acho que tenho uma lição valiosa a aprender aqui.

Sempre fui muito metódico com minhas escolhas, e com o tempo, percebi que não podemos chamar todos aqueles que passam por nossa vida como "amigos". Essa, na minha opinião, é uma palavra tão séria quanto "eu te amo", e não deve ser pronunciada de forma leviana. Mas o que me inspirou a fazer esse texto é justamente aquilo que não podemos prever, nem controlar: quando pessoas com quem convivemos nos surpreende de forma positiva, fazendo por nós aquilo que nem quem consideramos como amigos fariam.

Eu classifico as pessoas que conheço em alguns tipos: conhecidos, colegas, colegas para sair, colegas-amigos e amigos. O primeiro é aquele que "conhecemos" de vista, vemos algumas vezes no lugar em que vamos, mas pouco ou nunca nos falamos. Os colegas são aqueles com quem convivemos mas não temos afinidade. Os colegas para sair, que muitos confundem com "amigos", são aqueles com quem sempre podemos contar para a balada, o cinema... mas que não significa que se tornam nossos amigos por causa disso. Colegas-amigos são o mais próximo de uma amizade verdadeira, você pode contar com a pessoa e, no caso, falta pouquíssimo para ser considerada como tal. E os amigos de verdade são aqueles que te consideram da mesma forma que você os considera, e que sempre estarão lá quando você precisa, e vice versa.

Bem, tendo explicado isso, posso voltar ao tema principal desse texto. Esse mês foi meu aniversário e me surpreendi com aqueles que estão ao meu redor, sejam aqueles que considero como amigos ou colegas. Pessoas que achava que não me consideravam de verdade, ou ainda não consideravam, mostraram a esse que vos escreve que, apesar das decepções da vida que me fizeram ser mais seletivo, as vezes uma mão estendida pode surgir de onde menos esperamos.

Em um ano que esta sendo tão difícil para mim, isso fez toda a diferença. Não importa a classificação que faço, essas pessoas me deram bons momentos para seguir em frente e boas recordações para enfrentar a descrença na vida. Então, eu gostaria de esquecer que sou metódico por um instante e agradecer a todos que estiveram do meu lado esse mês: obrigado, amigos! De coração.

domingo, 6 de novembro de 2011

Dignidade


"Eu acredito que exista um herói dentro de cada um de nós, que nos mantém íntegros, nós enobrece, nós dá forças e, por fim, nos permite morrer com dignidade. Mesmo que, as vezes, precisemos abrir mão daquilo que mais queremos, até mesmo de nossos sonhos".

sábado, 22 de outubro de 2011

Gigantes de aço







Sério, eu nunca vi um filme sobre boxe que fosse ruim. Desde o primeiro e espetacular Rocky, um lutador, passando por Luta pela esperança (Cinderella Man) todos são incríveis e mostram a luta de um indivíduo comum que, através do esforço, supera paradigmas. Gigantes de Aço não é diferente.

Charlie Kenton (Hugh Jackman) é um ex-pugilista. Em um futuro alternativo (2020, daqui a nove anos...) robôs controlados substituem os humanos no boxe, de forma que Charlie agora é um desses "controladores". Acontece que ele é uma pessoa que não sabe fazer mais nada na vida além de lutar, tornando-se uma pessoa medíocre. Isso muda quando seu filho Max (Dakota Goyo), que acabou de perder a mãe e está passando as férias de verão com Charlie, encontra um velho robô no ferro velho que é imbatível.


Charlie (Hugh Jackman) ensina Atom a lutar

Gigantes de aço tem um mérito incrível: ao invés de ser mais uma película que se sustenta em efeitos especiais e roteiro mastigado para adolescentes, é um filme que se preocupa mais em contar a (boa) história que propõe. Não há uma só atuação fraca no filme, e o personagem de Dakota Goyo rouba competentemente os holofotes para si. Para os fãs da série Lost, Evangeline Lilly, que interpretou a personagem Kate, esta presente no longa como Bailey Tallet, a filha do ex-treinador de Charlie e interesse romântico.

Como a maioria dos filmes de boxe, as lutas são, além de um processo de superação, uma metáfora para transpor mais algum limite do personagem. Nesse caso, a busca de Charlie, em um mundo onde é privado de lutar, por um novo sentido: a convivência com o filho. Mas o protagonista é alguém imaturo demais para perceber, admitir e até aceitar essa responsabilidade em um primeiro momento. Aliás, a química entre os dois é bastante interessante: enquanto Charlie é um sujeito que age sem pensar, seu filho também é impulsivo, mas movido pela fé, já que acredita piamente que seu robô, o Atom, pode fazer a diferença no ringue.


Charlie e Bailey (Evangeline Lilly) analisando o controle de um dos robôs

Em suma, Gigantes de Ferro é uma película interessante, feita para um público que vai ao cinema atrás de um bom filme e não de diversão vazia. O combate final é realmente empolgante e consegue fazer o telespectador sentir a emoção de uma luta pelo título. É mais um longa sobre o esporte que vale a pena ser visto por todos os públicos.

Revista F.D.P.



Já faz algum tempo que eu queria falar sobre essa HQ. Sério, olhando para a arte e o design acima, essa parece uma revista independente? E ainda por cima é totalmente colorida por dentro, algo difícil em publicações desse tipo. "F.D.P." é uma parceria do roteirista Leonardo Santana, desenhos de J.Henrique e cores de Téo Pinheiro.

O personagem título se chama Fernando Drummond Pessoa, um repórter não muito íntegro, e suas desventuras. Só na primeira edição, você descobre o quando ele é sortudo e azarado ao mesmo tempo, e quanto suas ações fazem os outros chamarem seu nome pelo apelido de "F.D.P."

É bacana ver um material com roteiro tão interessante e produção bem cuidada sair pela bagatela de 5 reais. Um exemplo de como os quadrinhos nacionais podem surpreender, se tiverem uma chance.

Para adquirir um exemplar, é só efetuar um pedido pelo e-mail: lsantanabr2000@yahoo.com.br

Conheça também o grupo que ajudou a F.D.P. e muitas outras boas HQ´s independentes: O Quarto Mundo!

sábado, 15 de outubro de 2011

Onírica




(Escrevi a história abaixo, originalmente, para uma tirinha. Mas queria postá-la enquanto não adapto o roteiro. E que lugar melhor do que aqui?)



-Oi.
-...
-Sabe que não irei mais voltar, não sabe?
-Vai embora!
-Não consigo. Você não deixa. Ainda estou presente em cada momento, em cada tristeza. No seu olhar, por exemplo. Naquilo que não diz...
-Eu só queria não sentir mais isso... eu só queria poder não olhar mais para você!
-...é o que você disse que se chamava "Paradoxo", lembra? Estou com você e não estou ao mesmo tempo...
-Não quero conversar sobre isso. Já disse tudo o que tinha para dizer.
-Sabe que não é verdade. Se fosse, eu não existiria mais.
-Seis meses... seis meses e eu nunca entendi. Foram dois anos juntos. Três semanas de reconciliação, das quais você me fez voltar a acreditar no sentimento, em nós dois! E então, tudo volta a ficar nebuloso novamente. E você me esquece rapidamente, como se eu nunca tivesse sido nada para você. Estamos na mesma sala, mas sou menos que um amigo, um colega. Direta ou indiretamente, me faço a mesma pergunta todos os dias: por que?
-Isso somente eu poderia responder. Mas duvido muito que o fizesse. Sabe, eu não sou só uma parte dela, mas também sou muito mais uma parte de você. Uma parte da qual pode esquecer se lhe for conveniente, ou guardar como recordação, mas nunca como uma companheira de solidão. Não vai adiantar ficar aqui, fazendo perguntas das quais não obterá respostas. Me esqueça. Aceite. Ou me perdoe.
-Perdoar? Eu ainda sofro muito depois de tudo o que aconteceu. Do que você fez! Você nunca me deu valor, ou esteve lá quando precisei de você, como agora! Nem como namorada, nem como amiga. Como pode me pedir isso?
-Você disse que eu te esqueci muito rápido. Mas não sabe como aconteceu. E se eu fiz o que fiz apenas para que você não se machucasse ainda mais? Já pensou nisso?
-Só sei que não estaria tão mal se tivesse sido sincera!
-Mas infelizmente não fui. Escute, é o melhor que posso dizer: pare de esperar por minha consideração, e passe a se importar apenas com quem realmente te dá valor. Sei que isso lhe parece injusto... mas tem que ser assim. Adeus... espero que para sempre, dessa vez.

domingo, 2 de outubro de 2011

Conhecendo o grupo PADA

Quando eu decidi que queria escrever roteiro para quadrinhos, achei que o caminho mais fácil seria publicando on line, seja em tiras ou one-shots. Lembro de não ter encontrado, em minhas pesquisas, nada sobre grupos pernambucanos que publicassem HQ´s.



Bem, agora percebo que não procurei o suficiente.

O grupo existe desde a década de oitenta, mas precisamente 1985. Após um intervalo em 1993 que durou dez anos, o PADA voltou a ativa com uma formação mais enxuta (a original tinha 25 pessoas, o que tornou difícil delegar trabalhos, segundo José Valcir, um dos membros fundadores). A nova equipe conta com os apoios de Arnaldo Luiz, José Carlos Braga, José Valcir,
Leonardo Santana, Luciano Félix, Marcos Lopes, Milson Marins e Sandro Marcelo.

Participaram das oficinas os integrantes: Arnaldo Luiz, Sandro Marcelo...

Nas oficinas que participei... ou melhor, na oficina, porque na primeira haviam poucas pessoas e os integrantes do grupo, Sandro Marcelo e Arnaldo Luiz, bateram um papo interessante e bacana com os visitantes, que de qualquer forma já me acrescentou bastante. Mas retomando: na oficina ministrada domingo, no evento "Dos quadrinhos para as telonas", que aconteceu na escola de arte e games SAGA, na Avenida Conselheiro Aguiar (quanto arrodeio), Sandro Marcelo conversou sobre o planejamento para a montagem de uma revista independente. Do surgimento da ideia, passando para seu desenvolvimento, em pensar a qual público se destina sua obra, parcerias se necessário até formas de divulgação, tudo. Tanto Marcelo quanto os outros integrantes sempre bem acessíveis para tirar dúvidas ou conversar sobre o assunto que nos unia ali: a paixão incondicinal pelos quadrinhos.

...José Valcir e Luciano Félix

Foi emocionante poder conhecer alguns integrantes da PADA e sua história mais de perto. De mudar um pouco meus conceitos sobre quadrinhos de Super-heróis funcionarem no Brasil, em uma rápida conversa com Sandro Marcelo; a entender a importância que um pequeno grupo (mesmo ainda não sendo tão reconhecido em seu próprio estado de origem) em vender seu produto para outros lugares do País, tornando-se um marco para os quadrinhos independentes pernambucanos. Uma herança, mesmo que a maioria de nós possa ainda não perceber isso.

Links para contato:

-Site da PADA;

-Site de sua principal publicação, Prismarte;

-Projeto de Sandro Marcelo que pretende ensinar a produção de quadrinhos para crianças carentes de São Lourenço da Mata

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

My Little Pony: Friendship is magic





Tá vendo que tudo pode ficar bom dependendo da perspectiva?

Ok, antes de acenderem as tochas e me chamarem por qualquer apelido depreciativo que for, peço para que dêem uma chance tanto ao artigo quanto a seu conteúdo. Afinal de contas, o desenho do qual vou falar agora é produzido por Lauren Faust, que dirigiu e roteirizou episódios de séries clássicas da animação como Mansão Foster para Amigos Imaginários e Meninas Super Poderosas. Então, temos uma mistura curiosa aqui: um nome de peso na produção criativa de um programa que é a adaptação de um produto do qual não se esperava algo tão interessante: My Little Pony. E o que temos como resultado dessa equação é uma agradável surpresa, capaz de agradar a todos os tipos de público.

Na trama, Twilight (voz de Tara Strong, a dubladora original da Ravena de Jovens Titãs) é uma pônei unicórnio que é enviada pela princesa de seu mundo para morar em uma pequena cidade deste, chamada Ponyville. Enquanto todos pensam em fazer amizades e festas, a protagonista se preocupa com uma profecia que pode trazer um antigo mal de volta. Sem entrar muito em detalhes, a tal profecia trás uma referência muito interessante a mitologia nórdica, mas não é isso o que importa para esse texto. Ao contrário da maioria das animações infantis atuais, Friendship is Magic tem roteiros realmente criativos que podem ser vistos por qualquer pessoa, não só por meninas. Até onde vi, há até uma piada com contexto adulto que pega o telespectador totalmente desprevinido.

Pinkie Pie é a hiperativa maluca do grupo de amigas

O humor, somado a personagens muito bem construídas e que conseguem passar lições de moral em todo episódio de forma interessante e sem parecer forçado, já fazem desse desenho um clássico de berço, na minha opinião. A animação até mesmo se preocupa, em certos momentos, em explicar certas coisas para não deixar buracos no roteiro. Em um dos episódios, há um temporal e as amigas de Twilight vão para sua casa, que é uma árvore. Uma delas pergunta se não havia possibilidade de um raio cair ali, já que árvores atraem descargas elétricas, e a unicórnio explica que tem um para-raio. Poucos desenhos se preocupam tanto com certos detalhes que atrapalhariam a imersão na trama, e olhe que estamos falando de um exemplo que provavelmente só os adultos irão entender.

Ao todo, o desenho conta com seis personagens importantes: a protagonista, pesquisadora e maga nas horas vagas, Twilight; a fresca e estilista Rarity; a que vive na fazenda e é meio "cowpony" Applejack; a hiperativa e meio doida Pinkie Pie; a empolgada e convencida Rainbow Dash e... a amarelinha cujo o nome termina com "shy" e é tímida. Nos episódios que vi na primeira temporada, todas ganham destaque e são muito bem aproveitadas, seja em momentos chaves na trama de um episódio ou em um alívio cômico que vale a pena.


"A gente vai mostrar quem são os pôneis malditos. Ou melhor, a gente sabe de onde vai tirar um. Esqueça a cara de boba alegre da Pinkie"...

Enfim, não sei se consegui passar metade do que queria, mas My Little Pony: Friendship is Magic é uma animação espetacular em todos os pontos, para qualquer sexo e idade. É só esquecer o preconceito e se divertir.

O primeiro episódio pode ser conferido aqui.

domingo, 25 de setembro de 2011

Novas Aventuras do Superman Número 1


Quando soube que a Abril ia relançar as HQ´s de Super-heróis em formatinho, só me empolguei pela revista do escoteiro azul: cinco histórias do personagem adaptadas do já clássico e ótimo desenho da década de 90 e, tão bom quanto, com roteiros de Mark Millar, autor de séries próprias pelo selo Marvel Icon como Kick-Ass e Procurado. Mesmo sendo tão cara quanto qualquer publicação de hoje em dia (R$ 7,95 dói no bolso de todo mundo) a edição, pelo menos essa primeira, vale cada centavo.

Sem querer entregar muito, cada história tem um plot interessante: de uma história inusitada do Azulão agindo em Gothan, até uma brilhante (ao meu ver) contando as motivações do porquê do Luthor da série odiar tanto o herói. O que faz essa última tão boa não é nem o capitulo como um todo, mas sim seu desfecho, que faz uma metáfora interessante na relação do Super com seu nêmesis.

Em tempos de "Relaunch" e modificações que só confundem ainda mais personagens e leitores, são histórias como as contidas em Novas Aventuras do Superman número 1 que nos lembram que o importante não são mudanças drásticas e radicais no visual ou na essência de um personagem, mas sim bons e inspirados roteiros que fazem a diferença.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O primeiro episódio da nona temporada de Two and a Half-Men (ou "A tempora sem Charlie")



Acho que só escrevi sobre seriados por aqui uma vez, mas esse caso aqui valeu um post. O seriado número um dos E.U.A., Two and a Half-men, chegou a sua nova temporada em um impasse: Charlie Sheen, que interpretava um dos três protagonistas, se desentendeu com o produtor do programa, Chuck Lorre, e foi demitido. Ao invés de decretar o cancelamento, no entanto, a emissora decidiu continuar, acrescentando um novo protagonista ao trio: Walden, interpretado por Ashton Kutcher.

E quanto a Charlie Harper, personagem de Sheen? Esse passou desta para melhor, como mostra o início do episódio. Rose (Melanie Lynskey), a garota neurótica que casou-se com o Bon vivant na temporada passada, comenta que este "acidentalmente" escorregou e caiu na trilha de um trem, "explodindo como um balão de carne". Isso um dia depois de Rose pegá-lo com outra mulher no banho. "Trágica" irônia, não? (percebeu quantas aspas utilizei aqui?)

Mas vamos ao que interessa: o primeiro episódio da nona temporada, mesmo sem Charlie Sheen, consegue honrar muito bem o humor do seriado. Os demais personagens continuam funcionando, com destaque, obviamente, para Alan Harper. Como sempre, Jon Cryer mostra porque a sua atuação como o irmão azarado e cheio de toques lhe rendeu um Emmy.

Com certeza, a novidade que mais surpreendeu mesmo foi Ashton Kutcher. O ator aparece a vontade com seu personagem, um milionário deprimido (e bem dotado, segundo o Alan...) que, mesmo evidentemente estando ali só para substituir o garanhão anterior, demonstra personalidade e humor próprios. Se isso será bem desenvolvido ou não, só o tempo dirá.

Você pode assistir ao episódio legendado no youtube aqui.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O que vale a pena?


"Nunca é muito tarde ou muito cedo para ser quem você quer ser. Não há tempo limite: você para quando quiser. Pode mudar ou ficar igual, não há regras para isso. Nós podemos tirar o melhor ou o pior. Espero que você tire o melhor. Espero que você veja coisas que te deixem sobressaltada. Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes, conheça pessoas com um ponto de vista diferente do seu. Espero que viva uma vida da qual se orgulhe, e se achar que não esta vivendo, espero que tenha forças para recomeçar tudo novamente".

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

sábado, 13 de agosto de 2011

Bruce Timm

Bom, hoje assisti o filme "A Àrvore da vida" e deveria fazer uma resenha crítica por aqui. Mas como esse é um filme cheio de metáforas sobre a vida, morte e a busca pelo divino, e eu o assisti meio cansado por não ter dormido muito bem na noite anterior, decidi fazer um outro post. Um especial para mim, por ser tratar de meu desenhista/animador favorito: Bruce Timm! =)


Bom, o Sr. Timm nasceu em 8 de Fevereiro de 1961, nos E.U.A. Embora tenha um traço excelente, cheio de carisma, volúpia e, em certos casos, carregados de um clima noir, é como animador e produtor que o artista se destaca. Em seu currículo, há trabalhos na produção de clássicos como He-man e os defensores do universo, She-ra a Princesa do Poder, Tiny Toon adventures, Freakzoid e, principalmente, Batman Animated Series e Justice League unlimited.



Batman Animated Series


Se para muita gente, Christopher Nolan e Heath Ledger fizeram a melhor versão do Coringa no filme O Cavaleiro das Trevas, Bruce Timm praticamente reinventou o morcego, na animação de 1992. O desenho deveria ser uma expansão do filme dirigido por Tim Burtom, mas conseguiu ir além, tornando-se uma série própria e um clássico, durando até 99. O Batman produzido por Timm era soturno, de poucas palavras, e desaparecia sem vestígios por debaixo do nariz de seus adversários e aliados. Suas referências eram as histórias escritas por Frank Miller, no final da década de 80, e o clima sujo, preto e branco e policialesco dos filmes noir. Isso tudo, somado ao traço caricatural e incrível de Bruce Timm, e a roteiros brilhantes, fizeram dessa a melhor animação e (na minha humilde opinião) melhor versão do homem morcego de todos os tempos. Tanto que, de todas as séries de desenho do universo DC produzidas por Timm, essa foi a que durou mais e ganhou dois prêmios Emmy (um deles, pelo episódio "Coração de gelo", mostrando uma versão atormentada do vilão Sr.frio).



Mr.Freeze

Na rivalidade entre a Marvel e DC comics, a segunda sempre levou vantagem no campo da animação, e não é exagero dizer que foi graças a atuação de Timm como produtor dessas séries: começando com Batman, seu primeiro trabalho nesse campo, passando por Superman, Batman Beyond até Justice League, reconhecidas pela qualidade e fidelidade a essência desses personagens.

Infelizmente, depois da série da Liga, a Warner (dona da DC Comics) decidiu recomeçar a série de animações, com outros produtores como Sam Register... que não são ruins, pelo contrário (É de Register a série Jovens Titãs, de que gosto muito também) mas que não carregam a mesma sofisticação nos roteiros e aprofundamento nos personagens. Bruce Timm ainda dirige longas de animação anuais da DC, adaptando HQ´s clássicas e mini-séries, como A Nova Fronteira e O Cavaleiro das Trevas, obviamente não o filme, mas baseado em uma das HQ´s ocidentais mais importantes de todos os tempos, também do morcego.

Bem, eu poderia continuar aqui, escrevendo linhas sobre esse animador/diretor fantástico, nerd (como se verá a seguir) e de um estilo inovador. Mas acho que esta bom, pelo menos por enquanto =P

Abaixo, algumas Pin-up´s feitas por Timm, tanto de personagens DC como de outros meios:


Princesa Leia, de Star Wars

Mulher-Hulk




Supergirl



Vampirella



Sailor Moon



Zatanna

Mulher-Maravilha


Harley Quinn (minha favorita)


Asuka Langley Soryu, do manga e anime Evangelion



Red Sonja


X-23


Poderosa

Rei Ayanami, do anime e manga Evangelion

Mística


Ravena

Mulher Gavião

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Diário de Virgínia: Making Of do Capitulo 10




Já comentei por aqui antes sobre o quanto adoro o trabalho da talentosa Cátia Ana, da Webcomic O Diário de Virgínia. A sensibilidade que a autora consegue passar em seu traço e personagens, associado a uma abordagem criativa da distribuição dos acontecimentos da Hq na tela do navegador, fazem da jornada de auto-conhecimento da protagonista uma história interessante, sempre apresentando possibilidades diferentes.

No final do ano passado, entrei em contato com a Cátia, para saber se ela aceitava encomenda de trabalho como desenhista. Desenvolvemos a One Shot "War of Girlfriends" (mais detalhes aqui) e mantivemos contato. Certo dia, estávamos conversando sobre o Diário quando ela me pediu para escrever um roteiro para esse em versão impressa, um capitulo especial em formato de fanzine.

Pensa na situação: sou fã do trabalho da moça, acho genial. Tenho a sorte de conseguir fazer uma parceria com ela e, depois, a mesma me pede para roteirizar um capitulo de sua Webcomic de sucesso, indicado ao HQMix desse ano...

Palavras não são o bastante para dizer o quanto fiquei feliz com a proposta! XD

Bom, tietagens a parte, me esforcei bastante para desenvolver uma boa história. A ideia original da Cátia era mostrar uma metáfora para limitação, na qual a personagem se sentisse apertada, sufocada. Ela me disse que havia visualizado uma imagem da Virgínia, vestida de Alice, na cena onde a garota cresce e fica presa em uma sala. Em seguida, ela desenhou e me enviou:




Lembro que o desenho da Virgínia incomodada com as bordas do quadrinho me deu a ideia de aliar a tal metáfora com a limitação dos quadrinhos da versão impressa de uma HQ. Afinal, na Webcomic, Virgínia é livre para ir e vir, como quiser: não é limitada dentro de quadrinhos e, para o leitor acompanhar a personagem, basta usar o direcional ou o mouse do navegador. Vantagens que a personagem não teria em uma versão impressa.

Falei de minha ideia para Cátia e desenvolvi o roteiro, baseado nessa premissa: Virgínia sente-se chateada, encontra a si mesma no espelho, mas sem o cabelo pintado, e acompanha a jornada desse seu "eu" interior rumo ao amadurecimento. No meio, algumas referências a contos de fadas (principalmente Alice).

Quando terminei, a Cátia me perguntou se eu poderia extender a abertura da Hq. Terminei me empolgando e escrevendo mais umas dez páginas, e ainda fiz referências a clássica Hq Little Nemo, da qual ela disse que gostaria de utilizar o estilo no zine. Terminei e enviei.

Encurtando a história, passei a última parte do roteiro pronto para Cátia e esperei pela adaptação. Ela inclusive chegou a me enviar um protótipo da edição do fanzine, para eu dar sugestões.



Pouco tempo depois, ela me mandou um e-mail, pedindo desculpas e dizendo que preferiu adaptar a história para o próximo capitulo on line da HQ, ao invés de impresso.

Bom, desculpe se contei a coisa toda de forma chata, mas queria escrever exatamente da forma que me lembro. Foi um prazer enorme escrever, de forma oficial, o capitulo de uma história que gosto muito, e acompanhar de perto o processo de criação de sua autora.


Só o que posso fazer é agradecer, de coração, pela oportunidade que a Cátia me deu de "brincar" com seus personagens e de tentar escrever uma boa história. Valeu, Cátia! Seria uma honra trabalhar em parceria contigo novamente, quando quiser! ^^

Para ler a série O Diário de Virgínia desde o começo, basta clicar aqui.

Se quiser ir logo para o Capitulo 10, é só dar uma clicada aqui.

Mas se quiser ver o roteiro original da Hq, adaptado para primeira pessoa e narrado pela prórpia protagonista, dá uma olhadinha aqui









domingo, 7 de agosto de 2011

Melancholia



Não estou muito acostumado com o cinema de arte: filmes desse tipo normalmente me dão sono. Acho que películas precisam contar uma boa história, independente da estética utilizada (contanto que esta funcione, é claro). Mesmo assim, quando as primeiras notícias sobre Melancholia surgiram, meu interesse foi tomado por esse longa cujo o estilo não me agrada muito.

A trama é dividida em duas partes. Na primeira, "Justine", a personagem de Kirsten Dunst (a Mary Jane da trilogia do Homem-Aranha) acabou de casar e esta indo para a festa de comemoração. O casamento é organizado pelo marido de sua irmã, John (Kiefer Southerland) na casa do casal. Acontece que, na festa, Justine vai se mostrando insegura, incertezas permeiam seus atos e a mulher começa a distanciar-se de todos, inclusive de seu marido.

Na segunda parte, "Claire", a irmã mais velha de Justine (interpretada por Charlotte Gainsbourg) cuida da irmã mais jovem, devido a problemas emocionais que esta sofreu na primeira parte do longa. Nesse ínterim, o planeta Melancholia (que é apenas citado no começo) começa a aproximar-se da terra, e embora John tente lhe acalmar, Claire preocupa-se com a possibilidade do choque do grande corpo com a nossa terra. Quando o desastre se confirma, o peso de tentar resolver todas as coisas torna-se insuportável para a personagem.

Eu poderia escrever linhas e linhas sobre o filme, pois Melancholia é um longa cheio de camadas. Atendo-se ao que importa, é interessante frisar as escolhas de certos detalhes do diretor Lars Von Trier: a câmera meio amadora, nas primeiras cenas da película, retrata o amadorismo das filmagens feitas para recordação de festas e eventos sociais, feitas por um leigo (como a mãe dos noivos ou outro parente). A história se passa inteiramente na casa de John e Claire, e em seus arredores. Essa escolha de locação, associada a ausência de aparelhos de comunicação (não há uma só Televisão nem rádio ligados) serve não só para baratear os custos do longa, como também para manter a sensação de isolamento: poucos personagens preparando-se para o que pode ser o fim de tudo. Não importa aonde forem, não poderão fugir do inevitável.

As atuações são boas, mas nada realmente digno de nota. O filme é equilibrado e não há um personagem que ofusque os demais, como é comum em blockbusters. Também é importante frisar que a divisão do longa não existe apenas para a mudança de protagonista, mas também de certas prioridades: na primeira parte, o planeta é apenas uma metáfora para o que Justine sente, mas na segunda torna-se um problema mais palpável.

A abertura do filme também é um espetáculo. Não é realmente necessária, mas esta lá por um bom motivo. Para um telespectador desatento, poderá não fazer muito sentido e ser esquecível. Mas para aqueles que realmente gostam de cinema, e não vão para sala escura apenas atrás de efeitos especiais, piadas fáceis e cenas de explosões, fará todo o sentido do mundo até o final, este também excelente.

sábado, 30 de julho de 2011

Capitão América: O Primeiro Vingador








Algum tempo atrás, quando anunciaram o ator Chris Evans para o papel do bandeiroso protagonista desse filme, muitos críticos (inclusive esse que vós escreve) torceram o nariz: como um ator de comédia, conhecido por fazer papéis pequenos e fracos, poderia encarnar um dos personagens mais importantes do universo Marvel? A escalação de Ryan Reynolds, ator de mesmo nível de Evans, para um filme de um herói importante de uma concorrente, Lanterna Verde, fracassou e parecia trazer a confirmação de que nada de bom poderia se esperar de O Primeiro Vingador. Bom, eis que a película estréia, pouco depois de seu concorrente encenado por Reynalds. Coleciona boas críticas, desbanca o último filme de Harry Potter das bilheterias e se sagra como uma agradável surpresa em uma maré de adaptações de quadrinhos no cinema. Mais do que isso: ouso dizer que Capitão América esta no mesmo nível de qualidade da primeira película de sucesso da Marvel, Homem de Ferro, de igual para igual.


Uniforme do personagem no filme...

Na trama, Steve Rogers (Evans) é um homem frágil em pleno período de segunda guerra mundial. Ele sonha em lutar e fazer a diferença, mas seus problemas físicos e de saúde o impedem de ser aprovado nos exames militares. Um dia, Rogers conhece o misterioso Doutor Abrahan Erskine (Stanley Tucci), que lhe concede uma chance de ser um soldado, desde que sirva para um "teste" (que na verdade é um experimento).

O Franzino Steve então recebe o soro do supersoldado, que lhe dá capacidades sobrehumanas. De rato de laboratório, o recém-nomeado Capitão América passa a ser um símbolo, apresentando-se em vários lugares dos E.U.A para inspirar as pessoas. Mas Rogers quer mais do que isso, e quando descobre que seu grande amigo e soldado Bucky (Sebastian Stan) se torna um prisioneiro de guerra, decide ir ao resgate, após os conselhos de sua superiora Peggy Carter (Hayley Atwell).

(Ufa... normalmente, não gosto de entregar muitas informações sobre a trama, mas dessa vez foi necessário para que o leitor tenha, pelo menos, uma ideia da história do filme).


... e uniforme usado pelo Capitão nas HQ´s

Acho que posso começar reafirmando que a Marvel conseguiu o mesmo equilíbrio que fez de seu primeira longa Homem de Ferro excelente, na película do Capitão: um roteiro muito bem amarrado, ótimos diálogos e atuações excelentes. Ninguém compromete, nem o substimado Chris Evans: o personagem parece feito sobre medida para o ator, que esta bastante confortável como o herói. Hugo Heaving encena o vilão Caveira Vermelha em poucas cenas, mas consegue convencer; Hayley Atwell consegue passar toda a força e sensibilidade que sua Peggy Carter necessita; e, finalmente, Stanley Tucci é o homem responsável pela transformação e ideais do Capitão, uma química parecida e tão interessante quanto a de Robert Downey Junior com Shaun Toub, na primeira película do empresário ferroso. Me desculpem, mas a comparação dessas duas películas é inevitável: ambas apresentam os mesmos elementos, de forma destinta e com o mesmo nível de qualidade.


Chris Evans realmente surpreende como o bandeiroso protagonista

Como é de praxe, lá estão as referências de filmes anteriores da Casa das Idéias (a Marvel, caso não saiba), sempre deixando nós fãs com mais àgua na boca. Não leia se não quiser saber de spoilers: a participação do Tocha Humana original, na convenção logo no começo do filme; o destaque dado ao personagem Howard Stark (Dominic Cooper), o pai do futuro Homem de Ferro; e a tão esperada participação dos demais heróis da empresa, juntos, no primeiro Teaser oficial do filme Vingadores, que estréia no próximo ano. Tudo simplesmente sensacional.

Enfim, Capitão América é um filme expetacular, que consegue ser tão bom quanto Homem de Ferro, quando a Marvel começou a produzir seus próprios filmes. É empolgante, envolvente, divertido, e tem um ótimo roteiro para conduzir a história, diferente de muitos longas atuais. A Casa das Ideias conseguiu repetir, pelo menos em mim, a mesma sensação de novidade, diversão e qualidade conseguidos apenas com a primeira película do Tony Stark. E que venham os Vingadores!

domingo, 24 de julho de 2011

Morte, a ironia da vida




Quantas vezes será que nos apaixonamos e amamos em um intervalo curto de existência?

A taquicardia, a expectativa pela presença da outra, a consumação dos sentimentos na troca de olhares, beijos e toques. Lembranças que marcam o corpo e a mente.

Quem dera tais momentos pudessem atravessar a barreira do físico rumo a eternidade. Que fosse uma descoberta alva ou vespertina no encontro entre duas partes simbióticas.

Infelizmente, tal como um instante no tempo, o resultado da maioria desses relacionamentos é passageiro, podendo até ser traumático. A inversão do polo emocional pode levar as recordações e esperanças de uma nova epifania amorosa desfiladeiro abaixo.

Por isso, não importa o quanto a paixão e o amor possam massagear o espírito, não se deve vendar os olhos e se permitir andar levianamente pela estrada do destino. Confiança, repeito e companheirismo são mais importantes que palavras de significado vazio.

A única verdade absoluta que se pode esperar é o fim do caminho. Nele, todas as emoções, escolhas e jubilos desaparecem para sempre.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ela precisa de um lar


Bom, esse é um post um pouco fora do usual, mas necessário. Mel é essa linda cachorrinha Basset, tem cinco para seis meses de idade, foi encontrada próximo ao GOT e precisa de um lar. Sua atual dona, Neuma Cordeiro, do Movimento de Defesa Animal, já tem alguns cães em casa e procura urgentemente alguém que possa cuidar e dar todo o amor que Mel precisa. Então, se você estava pensando em adotar um amigo, essa é a sua chance.

Você pode entrar em contato com Neuma através dos respectivos números de celular e endereço de e-mail:

Fone: 9239 6674

E-mail: neuma.cordeiro@hotmail.com

E se quiser saber mais sobre o Movimento de Defesa Animal de Pernambuco, é só clicar aqui.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Transformers: o lado oculto da lua







É triste ver uma série com tanto potencial ser banalizada em dois filmes tão fracos (só o primeiro da trilogia se salva). O Lado Oculto da Lua tem uma boa história, mas uma condução de roteiro tão fraca que deixa a desejar.

Na trama, Sam Witwick (Shia LaBeouf), agora dividindo um apartamento com uma namorada nova (a modelo da Victoria´s Secret, Rosie Huntington-Whiteley) é recusado em todas as entrevistas de emprego. Enquanto o jovem se tortura porque é sua paquera quem paga as contas, e os pais dele pegam no seu pé por estar desempregado, um novo segredo sobre a presença dos transformers na terra vem a tona. Um segredo que marca o verdadeiro objetivo do porquê o homem pisou na lua originalmente.


A personagem Carly (Rosie Huntington) é o novo parzinho romântico de Sam Flitz... Wickle... de Sam

Claro, ocultando detalhes para não estregar muito, Transformers 3 tem uma historia realmente interessante e atraente, que a película simplesmente não consegue contar direito. O começo se estende de forma desnecessária, pois pouco depois esse mesmo início é reexplicado de forma mais rápida e útil para a trama. Mas com certeza, o pior no roteiro, além dos diálogos quase infantis e dos alívios cômicos forçados, são os personagens. A maioria são caricaturais e inverossímeis. Ken Jeong, de Se Beber Não Case, paga um mico enorme como um superior no mesmo trabalho de Sam; John Malkovich é desperdiçado e John Turturro está de volta como Simmons, o ex-agente chato do governo que esta lá só para render mais "piadinhas" para o filme.

O novo robô Sentinel Prime é peça importante na trama

Para quem vai no cinema só para ver os efeitos especiais, no entanto, O Lado Oculto da Lua é o mais visualmente perfeito da série. Também há ideias muito boas nas cenas de ação quando, por exemplo, os carros se transformam em robôs ejetando seus passageiros, para depois se transformarem novamente em veículos com seu colegas humanos a salvo dentro. Fora que agora na forma de transporte eles também têm armamentos, o que faz sentido caso eles precisem se defender nessa forma.

Enfim, Transformers 3 é um filme abaixo da média do qual, mesmo com o anterior sendo tão fraco, eu ainda esperava que pudesse ser bom (malditos trailers mentirosos). Há uma boa trama, mas um roteiro ineficiente demais para contá-la, embora aja boas ideias e esforço para tentar fazer desse uma experiência interessante como película. Infelizmente, ainda não foi dessa vez que os robôs da Hasbro tiveram um novo filme decente nas telonas.