domingo, 29 de janeiro de 2012

Melhor de 2011

Sim, ano passado o cinema não foi muito marcante para mim. Mesmo com bons filmes, como Capitão América, apenas um realmente mereceu figurar com essa classificação:

The Beaver (um novo despertar):

Um velho e deprimido empresário, dono de uma rede de lojas de brinquedos (Mel Gibson, expetacular) encontra uma forma pouco ortodoxa de expressar suas frustrações: através de uma segunda personalidade encarnada por um fantoche de castor. Através disso, o personagem de Gibson consegue recuperar o controle de sua empresa, mas não de sua família.

Entre os recursos que ajudam a contar e validar a história, um que merece atenção é a genialidade como a película mostra o protagonista contracenando com o fantoche. Ao invés de cortes fechados para o boneco quando este fala, dando a entender que é outro personagem, a câmera quase sempre mostra os dois juntos, dialogando, e a boca do ator Mel gibson se mexendo quando o "Castor" fala. A intenção disso, como o próprio telespectador vai percebendo, é a de que o castor controla o protagonista, e não o oposto. Isso, somado a uma direção competente da diretora Jodie Foster, e de atuações impecáveis de todo o resto do elenco, fazem de Um Novo Despertar uma experiência única.

Menções honrosas

Incêndios



Filme incrivelmente original e impactante, que merecia um post a parte. Infelizmente, é de 2010, por isso a menção.

Cashback


Assim como The Beaver, esse é outro filme que teve muita importância para mim. É a história de um jovem que entra em depressão e perde a vontade por tudo. Insône, ele decide trabalhar em um mercado, sem saber que a mudança de ares e pequenos detalhes farão toda a diferença em sua vida. Acredite, ao contrário da premissa fraca que acabei de escrever, trata-se de um filme excelente.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Aron Wormior VD Capitulo Cinco:Tem coisas que o dinheiro não compra. Só não sei o que...


Levantando do chão e recolhendo mais um dente perdido, Aron lançou um olhar demorado para as pessoas a sua frente: milhares de aprendizes em um fila quilométrica. A fila é tão grande que ia de ponta a ponta do casarão. Uma loucura! tinha gente pisando na outra, montando na outra, roubando da outra (embora fosse a sede da Gilda dos espadachins... mas, pensando bem, eles ainda eram aprendizes, então...), tinha gente até sendo empurrada pelas janelas laterais.

-UAU! –Animou-se Aron. Estava maravilhado com aquele amontoado de pessoas, uma em cima da outra. Feliz, ficou esperando como o ultimo da fila.

7 horas depois, Aron já estava no finalzinho da fila, só restavam 1.555.223 pessoas na sua frente, e 555 pessoas ao seu lado (a sala estava tão cheia que era impossível formar uma fila indiana...). Um dia depois, quando restava apenas uma pessoa a sua frente e 40 ao seu lado, foi impulsionado com força contra uma janela, quebrando-a e fazendo o garoto cair para fora do aposento. Ele levantou-se e viu que era impossível voltar pela entrada da janela, porque ela era muito alta. Aborrecido, contornou a edificação, entrou novamente e voltou para o final da fila.

Na sua frente, uma garota de longos cabelos rosados, túnica branco marfim, esperava aborrecida.

-Mas que droga! Já estou esperando aqui nessa fila a um mês! Brincadeira....

-Eu estou aqui só há um dia e pouco -Disse Aron, encostando o rosto no ombro da garota.

-Gunf! Ninguém pediu a sua opinião! –Ralhou a garota,dando uma cotovelada na boca da barriga de Aron, fazendo este cair de cabeça no chão, apertando a mesma e a barriga com força em posição fetal.

-Ai...Você tem muita força...

-Obrigada, mas não precisa me bajular só porque sou mais forte que você. Essa fila não é o lugar apropriado para uma grande espadachim como eu!

-Você quis dizer futura espadachim, nã...

Aron ainda no chão levou um chute.

-Ninguém pediu sua opinião!

A garota olhava para frente da fila. No mínimo haviam umas trocentas pessoas a sua frente, na mesma situação que ela e Aron. Ela pensou, pensou um pouco, e então teve uma ideia:

-Ahhh -Gritou a garota bem alto. Por ser a penúltima da fila, poucas pessoas ouviram. Furiosa,ela subiu na cabeça de uns aprendizes a sua frente, deu uma cambalhota no ar até o teto, segurou o lustre de metal, fazendo-o balançar freneticamente.

-EU DISSE: AHHHHHHHHH! –Berrou. Dessa vez, todos olharam para ela.

-Ahãm (Tosse fingida): Aquilo ali embaixo não é um poring?

Pânico total no estabelecimento.

-AHHHHHH, UM PORING, UM PORING MALVADO! TIRA ELE DE MIM, TIRA! AHHH –Desesperou-se um homem alto,forte e musculoso, aparentando ter uns 20 anos e ainda aprendiz, correndo em direção a saída junto com uma multidão assustada (Nem é preciso dizer que Aron, por ser o último, foi pisoteado por todos, não é?)
-Ha, sempre funciona! -Disse a menina, dando novamente uma cambalhota e caindo de pé, junto a um Aron pisoteado.

Na frente dos dois havia apenas 12 participantes. Agora que a fila diminuiu, dava para se ver o final da sala: na frente dos aprendizes havia um homem de aparência rudimentar, careca e de barba mal feita, vestindo uma túnica cinza. Ele se demorava falando com o aprendiz que estivesse na frente da fila e depois o mandava para uma sala atrás de si.

Algumas horas depois chegou a vez da garota que estava a frente de Aron.

-Bom dia! -Disse o homem, lhe dando um sorriso.

-Bom dia um CARA... quer dizer, Ha-ha-ha, bom dia para o sr. também, seu moço.

-Nome?

A garota fez uma pose.

-Silphia Belnades, a melhor Espadachim de Rune Midgar...

-Idade?

-Ah? Er...12 anos.

-Certo. É só passar por essa portinha aqui atrás. Boa sorte!

Silphia parecia decepcionada pelo homem não ter prestado atenção. Ela passou pela entrada atrás do homem.

Era a vez de Aron.

-Nome?

-Aron Wormior.

-Idade?

-17 Anos.

O homem olhou de relance para Aron.

-Já prestou alguma vez o exame para Espadachim?

-Na verdade, eu nunca prestei exame nenhum.

O homem parecia surpreso.

-Não me diga que você... você optou por ser aprendiz por 5 anos?

-Ah? Como assim?

-Garoto, em que mundo você vive?

-Ah... Plutão?

O homem colocou a mão no rosto. "Mais um maluco que me aparece. Odeio esse emprego..."

-Er... meu jovem, alguém só é declarado oficialmente Aprendiz aos 12 anos, isso com uma declaração dos pais. Após um ano com o certificado em mãos e com mais de 8 trabalhos realizados para os reis ou habitantes de cidade é que você pode vir aqui tirar o seu ticket para participar do teste para espadachim. Se não, qualquer um poderia se tornar um espadachim,e não é isso que queremos,entendeu?

-Ahhh. -Disse Aron,decepcionado. -Mas o meu amigo Bluik disse que eu só precisava dar esses troços aqui para poder me escrever...

Os olhos do homem soltaram faíscas ao verem os milhares de Zenys nas mãos de Aron. Era tanto que ele estava com as mãos em forma de concha para segura-los.

-Er... por outro lado -Disse o homem, com a voz cheia de bondade -Isso pode resolver um pouco as coisas! -Ele tomou todos os Zenys das mãos de Aron e os colocou com dificuldade em sua bolsa.

-Isso quer dizer que eu posso passar? -Sorriu Aron.

-É claro.

-Ueba! -Aron corre em direção a entrada, mas foi barrado pelo homem.

-Espere! Não é assim tão fácil...

-Ah? Como assim, o sr. disse que...

-Sim, mas você não pode entrar assim sem mais nem menos. Já sei, vou fazer um pequeno jogo de perguntas e respostas com você! Se passar, você pode ir fazer o teste. Se perder, Infelizmente terá que ir embora.

-Com os meus Zeny?

-Er... sinto muito, não faço devoluções.

-Mas você disse que...

-Preparado para primeira pergunta?

-Tô!

-Muito bem, primeira pergunta: O que é Ragnarok?

A. Batalha de humanos contra monstros
B. O nome de uma cidade
C. O nome do meu tio
D. Uma marca de carro

Aron pensou um pouco.

-Gelatina!

-Er... só pode ser uma das alternativas...

-ah...

-Então, qual das alternativas é a certa?

-Ah, eu num ouvi, quais foram?

-Ai meu deus...

O homem repetiu as alternativas.

-Gelatina!

-Eu já disse, só pode ser uma das quatro!
-Quatro o que?

-QUATRO ALTERNATIVAS QUE EU DEI!

-Que alternativas?

-TÁ, OLHA, VOCÊ PASSOU, PODE IR,VAI! -Disse o homem empurrando Aron,que feliz correu em direção a porta que ficava atrás do homem.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Aron Wormior VD Capitulo Quatro: Lições de Comércio por Bulk Commoner



P.s: Cito alguns lugares que não existem no game, mas faço isso para incrementar e enriquecer ainda mais a historia e o mundo de Rune Midgard.

...

Mentira, era porque eu não conhecia muito bem as localizações do jogo e tomei várias liberdades criativas. Mas foi essa a desculpa que usei da primeira vez, então...

Ok, vamos lá!

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Na saída dos esgotos de Prontera, lá estavam Aron e Bulk na frente de um monte de guardas.

Por demorarem uma semana para saírem do esgoto, os guardas haviam montado acampamento na frente da saída e todos os dias armaram festas enquanto esperavam os fugitivos. Duas semanas após se estabelecerem no local, os guardas estavam enchendo a cara de poção vermelha, deitados no chão da floresta, recuperando-se de uma festa (leia “orgia”) que teve na noite anterior, quando todos ficaram dançando com umas garotas "contratadas especialmente para a ocasião"; quando um homem de túnica branca, chapéu rosa e uma máscara de aparência demoníaca (um sorriso amarelo... quer dizer, amarela com um sorriso) saiu dos esgotos correndo todo alegre e, agachando-se e encostando o rosto no chão, o esfregou na terra. O cara tava tão alucinado que nem percebeu a presença dos guardas.

Após esse, um garoto saiu dos esgotos. Com um curto cabelo verde e túnica laranja surrada, todo sujo (Que nem o seu companheiro) ele começou um diálogo com o homem de branco. Sorrindo, o garoto mostrava os poucos dentes que ainda restavam em sua boca.

-Ei, Galadary -Cochichou um dos guardas. -Vamos aproveitar que eles ainda não perceberam nossa presença e vamos emboscá-los!

-Boa. - Galadary balançou a cabeça. -Onde está o mestre Gorry?

O primeiro guarda apontou para debaixo de uma árvore.

-Mas ali só tem um monte de garrafas de bebidas jogadas!

-O mestre Gorry está debaixo delas.

-Certo, eu vou acordá-lo. Você reúne os outros homens, certo?

-Não posso, já marquei de levar as "meninas" pra casa delas. Sabe como é, andar por aqui é perigoso, pode ter um monstro ou um Ladino espreitando pelos cantos...

-Então eu vou ter que acordar todo mundo sozinho?

-Vai. Faz de conta que a gente tá no colégio de espadachins novamente,quando eu te batia e obrigava a limpar o meu quarto,minhas roupas, e a me dar aquele banho uma noite antes da formatura quando eu fiquei bêbado após encher a cara com o vinho que eu roubei do professor.

-...Valeu por lembrar dos meus traumas de infância...

-Que nada Bro, tô aqui pra ajudar mesmo -Disse o primeiro guarda,dando um tapinha nas costas de Galadary. -Agora eu tô indo. Tem umas meias minhas sujas que eu deixei jogadas por ai pra tu lavar e... ah, hoje é o dia de você lavar a roupa da tropa toda, então não nos desaponte ,o rei conta com você!

-Droga de vida...

Algum tempo depois, lá estavam todos os guerreiros em prontidão (Meio zonzos) cercando os fugitivos. O líder Gorry, um homem ruivo de estatura média, estava segurando uma garrafa de bebida em uma mão e sua espada (pela lâmina) na outra.

- Guardas, nos achamos nossos fugitivos. Podem prendê-los!

-Opa, podem parar! -Disse Bulk,se levantando. -Eu não pretendo voltar para cadeia tão cedo! Aron, Estratégia de ataque armada numero 2!

-Estratégia de ataque numero 2? Eu nem sabia que a gente tinha isso! Qual é...

Buck passa correndo, pega a mão de Aron e corre para a floresta.

-CALA A BOCA E CORRE! -Gritou Bulk, levando Aron, que tropeçou e caiu no chão, sendo arrastado a força por Bulk por toda a floresta.

-Ei, vocês!-Ordenou o líder Gorry, apontando o cabo da espada para os dois -Voltem aqui! Guardas! -Mas os guardas estavam chapados demais para correr. Então Gorry deixou-se jogar no chão com toda a força,cansado.

-Ah, deixa pra lá,no estado em que estão eles não podem sobreviver muito tempo nessa floresta mesmo.PODEM CONTINUAR CORRENDO,SEUS MONTE DE...

Em seguida, ele se vira para os guardas.

-Muito bem, quem tem um baseado pra me emprestar?

***
Depois de um tempo correndo, finalmente Bulk para e solta Aron.

-É, Puf, Puf... acho que... estamos seguros... aqui -Suspirou Bulk, colocando as mãos no joelho,cansado.

-Num sei não... -Gemeu Aron, levantando-se e limpando o rosto. -Será que eles não podem seguir esse rastro de sangue do meu rosto que ficou ai no chão quando você me arrastou por ele?

-Bah Aron, você se preocupa muito com detalhes. Vamos em frente, tenho um bom pressentimento sobre esse lugar.

-Posso ir mesmo com você?

-Mas é claro!

-Poxa Bluik, eu nunca tive um amigo antes...

-É Bulk.

-Que seja. Vamos?

-Simbora.

Após mais um dia de caminhada, eles chegaram na cidade de Izlude. Reunidos ali, nos portões da cidade, estavam todos os tipos de aventureiros,vendedores e aprendizes, que de tão novatos não sabiam nem onde era a entrada.

-Ei Aron, olha só aquele monte de aprendizes, huahua, num sabem nem como entrar na cidade.

-Ha Ha, é mesmo! –De repente, Aron ficou sério -Ah...

-O que foi?

-Me lembrei, eu também sou aprendiz.

-É mesmo? Eita, nem percebi. -disse Bulk,surpreso. -O que você pretende ser?

-Limpador de cascos de Nav...

-Eu tô falando de uma profissão heróica.

-Ah... ainda não tinha pensado nisso. Talvez espadachim...

-Certo. Bem, então estamos com sorte, essa cidade é a Gilda dos espadachins. É isso mesmo que você quer ser?

-...

-Aron?

-Tá, é isso mesmo.

-Certo. Eu te levo lá e espero você acabar os seus testes, mas para fazer o exame, você precisa de dinheiro.

-Dinheiro?

-zeny.

-Ahhh... mas como vamos fazer pra conseguir?

Bulk sorri.

-Ha! Veja e aprenda.

Bulk falou com um guarda dos portões. Depois, com uma placa nas mãos, ele chegou perto de Aron, sentou-se no chão e fincou a placa no seu lado.

CURA PLZ -Só 50Z.(Baratinhu!)


-E ae, quem vai ser o primeiro idiota a entrar na fila?

Um idiota entrou na fila.

-Eu! Eu!

-Aff! Você não Aron,outro idiota!

-Ah...

Um idiota saiu da fila.

Duas horas depois, Bulk já estava com 2k* no bolso, sem um pingo de mana e com as mãos formigando. Ele levou Aron ate a cidade, onde lá entraram em uma taberna, tomaram banho e comeram algo.

Depois de dormirem um pouco, finalmente Bulk levou Aron até a Gilda dos espadachins.

-Bem Aron, é aqui. A grande Gilda de espadachins de Payon. Aqui está o dinheiro, boa sort.. NÃO ARON, ISSO NÃO É PRA COMER!

Aron retirou uma das moedas da boca, junto com um dente.

-Doeu!

-Aff! Entra Logo! -Mandou Bulk, empurrando Aron para dentro da Gilda.

*2k = 2.000 em dinheiro.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Aron Wormior VD Capitulo três: Sentido inútil



Ainda rodando Aron cai, pra variar, de cara no esgoto. Limpando o sangue do rosto e recolhendo mais um dente perdido, ele se encontrava em um lugar imundo, cheio de... ãh..."detritos" humanos. Sentado em um monte cinzento a sua frente estava o homem com máscara do coisa-ruim.

Você está bem? -Perguntou o homem, sentado numa boa, como se isso fosse mais uma pergunta banal do que por preocupação.

–Estou -Respondeu Wormior. -Você não se machucou na descida?

–Não. Eu tive sorte de cair bem em cima desse Peco Peco morto. Ai eu puxei pra cá e fiquei aqui esperando sentado até você cair.

–Ah...

–Bem -Começou o homem se levantando. –Deixa eu me apresentar. Meu nome é Bulk Commoner, e sou noviço. E você é...?

–Eu sou Aron Wormior! -Bradou o garoto, levantando-se todo feliz -E eu sou um limpador de cascos de Navio!

–Sei...

–legal, né? =D

–É...

-E ai, você sabe como fazemos pra sair daqui?

–Hum... bem... -O homem, que estava de frente para Aron, virou para a esquerda, até uma entrada escura. Ele colocou a cabeça lá dentro, como se na esperança de ver algo.
–De acordo com os meus cálculos... -Depois,virou o rosto para Aron. -A saída é por aqui!

–legal! –Animou-se Aron, pulando que nem uma gazela, ou um Peco Peco bêbado, em direção ao noviço, mas perto deste ele parou e perguntou,com o rosto surpreso.

–Mas como você sabe disso?

–Há! (Bulk cruzou os braços): Eu tenho uma intuição são muito bons! Ela sempre me salvou dos grandes perigos. Já cruzei o deserto todinho até a cidade de Morroc só usando ela. Pode confiar!

–Hum... -Aron apontou pra outra caminho a direita -Tem certeza que a saída não é essa?
Eu acho que consigo ver uma luz bem fraca saindo por ali...

–Putz, mas como você é chato! Eu já não disse que tenho certeza que essa é a saída daqui? Bem, mas se você quiser, pode ficar aí parado!

–...

–E ai, vamos nessa?

–Vamos.

–Você vai ver, minha intuição nunca me deixou na mão antes!

*Duas semanas depois...*

Suados, enlameados, enfim, totalmente imundos, os dois continuavam andando no escuro do esgoto...

–Agh! -Ralhou Bulk. -EU TE DISSE que era pra gente virar naquela entrada a direita, logo no começo, que eu pensei ter visto uma luz fraca saindo de lá. Mas...nããããoooo.... você quis vir por aqui, porque "tinha certeza que era por aqui, que essa tua intuição idiota tava te dizendo que era por aqui.

–Desculpe.

–Desculpe nada! A culpa é toda sua!

–Foi mal...

–Aghhh! Eu posso até sentir a barba roçando dentro da minha másc ...Ahhhhh! A saída!

–Ond...? É mesmo!

Uma pequena luz podia ser vista a frente um pouco longe deles.

–HA-HA-HA-HA-HA! -Riu Bulk, todo feliz, correndo que nem um alucinado -EU NÃO TE DISSE que a saída era por aqui?

–Foi mesmo! –Seguiu Aron, todo feliz.

Os dois correram em direção a luz.

–Liberdade, aqui vou e...-Ele parou de repente, atônito.

–E ae, cadê a saíd... eiiiiiii.... -Aron saiu correndo até um monte cinzento. -Esse Peco Peco morto não parece com aquele Peco Peco morto que tu tava sentado antes?

–Bem, Aron...-Disse Bulk, com a voz tristonha. -É porque é ele mesmo! NÓS VOLTAMOS PRA MESMA SALA EM QUE ENTRAMOS!

Aron foi até a saída da direita.

–Ei Bulk, vem ver isso aqui, rápido!

-BUUUUUAAAAAA! Eu só tenho 45 anos, sou muito novo pra morreeerrrr....BUUAAAAAAA!

–Ei Bulk!

–E eu tinha tantos planos... eu queria tanto conhecer a filha gostosona do rei de Prontera... chuif, chuif, dizem que ela dá pra todo mundo, era com ela que eu queria perder minha virgindad...

–Bulk,eu achei a saída!

–SÉRIO? -Bulk saiu correndo, atropelou o coitato do Aron e entrou pela passagem a direita, indo até o final.

No fim, ele saiu em um lugar ao ar livre, cheio de árvores. Bulk jogou-se de joelhos no chão, e começou a esfregar a cara (com a máscara) na terra.

Aron chegou pouco depois.

–Puxa Bulk, bem que você disse. A saída era aqui mesmo!

–Ah? Ah! -Ele se levantou. -É claro que era aqui! Minha intuição nunca erra!

–Você tem um sentido muito bom.

–É, tenho mesmo. –Gabou-se Bulk. -Agora, ele tá dizendo pra irmos por aqui, vam...-Mas de repente, ele caiu de costas no chão. Bulk olhou para frente e viu vários guerreiros: um de cabelo ruivo chegou a frente dos outros, a espada em uma mão e uma garrafa de cerveja na outra...

–Puxa! Mas vocês demoraram! -Disse o homem, zombando. -O que ficaram fazendo ai dentro por duas semanas?

–Procurando a saída! -Disse Aron.

–O que? Que tipo de idiota não pegaria um caminho com um nome bem grande em vermelho escrito "SAÍDA", bem em cima?

–Tava escrito saída? -Perguntou Aron. -Ah, é mesmo, eu não poderia saber, eu não sei ler...
–Opa, eu também não! -Disse o noviço, levantando a mão.

o cavaleiro ruivo os olhou com desprezo.

–Tá bom... guardas, nós achamos nossos fugitivos. Podem prendê-los.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Medo



(Encontrei esse texto em uma antiga anotação de um diário, que escrevi por volta de 2001 para 2004. Achei interessante o suficiente para registrá-lo aqui).

Medo. Um ato de sobrevivência presente na maioria dos seres vivos da terra atual. Sem o medo, lutaríamos com alguém mais forte do que nós, desafiaríamos bandidos e pularíamos em precipícios sem segurança nenhuma.

Realmente, o medo faz parte de nossa vida em muitos momentos: quandos estamos sozinhos, quando está de noite e andamos em uma rua escura, quando pensamos na morte... enfim, as variações desse sentimento são quase infinitas.

Sinto medo quando atravesso ruas movimentadas. Sinto medo quando recebo o boletim e tenho que entregá-lo aos meus pais. Sinto medo quando imagino quantas pessoas matam e morrem pela religião ou por dinheiro. Sinto medo quando leio todos os dias os jornais e percebo que a humanidade continua em um lento processo de autodestruição e, ainda, levando o planeta junto...

Mas ainda sinto esperança quando ligo a tv e vejo pessoas desaparecidas serem encontradas, quando vejo o excelente trabalho de ONGs e quando fico perplexo ao ver as maravilhas da ciência moderna rumo, espero, a imortalidade.

Sim, eu admito que sou medroso, eu admito. Mas não sou covarde. Um medroso se preocupa apenas em se defender, já o covarde é aquele que se deixa dominar pelo medo e se aproveita dos outros para chegar aonde quer. Como se pode ver, há uma grande diferença entre os dois.

Essa é a minha sincera opinião.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Aron Wormior VD Capitulo dois: Entrando pelo ralo!





E assim, os guardas levaram o pobre Aron que não havia feito nada demais (A não ser ter nacido) para a prisão. Chegando lá, um dos guardas percebe que perdera a chave da cela, então os dois decidem expremer Aron até que ele finalmente passe pelas grades, só com pequenas escoriações, ematomas e alguns ossos quebrados.

Sentindo-se melhor, o garoto levantou e observou sua nova casa. Lá dentro haviam mais três detentos: um com as roupas em frangalhos, sentado na privada pública da cela e dormindo apoiado com a cabeça na parede; outro, com uma fantasia de Peco Peco, ficava pulando e circulando a cela; o terceiro, e pior de todos, usava uma túnica totalmente branca, e uma terrível, bizarra e aparentemente diabólica máscara amarela com um sorriso alegre. Ainda no chão, Aron teve certeza que aquilo devia ser de alguma ceita de adoradores de demonio, pois ninguém teria tanto mal gosto...

Aron levantou-se e chegou perto do segundo detento, o da privada, e em seguida deitou no chão novamente.

"Tenho que arranjar uma forma de escapar daqui!" Pensou o garoto. "Mas como? Nunca estive preso antes, sempre que os guardas me pegavam e me levavam pra cadeia, não sei porque os detentos ficavam em pânico e ameaçavam fazer rebelião lá dentro. Era muito estranho... acho que eu tive sorte nesses dias. Mas bem, se eu quiser fugir daqui, acho que vou precisar pedir ajuda a esses caras... mas vou perguntar deitado mesmo, que esse osso que tá exposto na minha perna tá me incomodando..."

Aron virou-se para o cara da privada.

-Aew! -Disse Aron, mas o cara nem reagiu.

-Eu disse... aew! -Mas o cara continuou durmindo.

Então, Aron levantou-se e, mancando, chegou perto do homem.

-O moço... -Ele disse, tocando no detendo, que desequilibrou-se e caiu no chão de cabeça.

-Caramba! Olha seu moço, por favor, me desculpa, foi sem querer, eu não fiz por mal!!!

-Zzzz...
-...

Nesse momento, o detento vestido de Peco Peco esbarrou em Aron, Jogando o garoto de cara na privada pública. Ele levantou-se, um líquido estranho pingando de seu rosto.

-Er... com licença... o senhor sabe me avisar... -Mas o cara vestido de Peco Peco passou girando e esbarrou em Aron novamente, dessa vez jogando ele sentado na privada, mas como o garoto é um pouco magro, praticamente entala nela, se sujando com todo o líquido ali reunido.

Levantando-se e limpando, Aron vira para o dentento com máscara de demônio:

-Com licença...o senhor podia me ajudar?

-Claro meu filho -Diz a figura demoníaca. -Em que posso ajudá-lo?

-É que eu estou aqui por um crime que eu não cometi.

-Todos nós meu filho, todos nós.

-E queria saber se tem alguma forma de escapar daqui. Eu sei que isso é uma pergunta boba, mas... o senhor tem alguma ideia?

-Claro!

-Sério?

-Não -Disse o homem, dando de ombros. -Mas você começou.

-Ah... beleza, então...

Assim, Aron tentou colocar a cabeça, a parte mas dura de seu corpo, para pensar... então ele lembrou-se do homem sentado na privada anteriormente, com a cabeça na parede, e tem uma grande ideia. O homem da máscara-marela-demoníaca percebe o olhar de Aron para a privada, e se levanta satisfeito.

-É mesmo! Puxa,garoto, você é mesmo um gênio! É só agente entrar naquela privada e puxar...

-Iaaahhhhh -Grita Aron, correndo em direção a parede com toda a força, empinando a cabeça como um touro. Ele bate a cabeça com toda a força na parede, e depois cai pra trás, segurando-a em posição fetal no chão. Ele tenta se levantar, mas o homem vestido de Peco Peco passa correndo e o atira no chão novamente, fazendo Aron bater a cabeça na privada, que com dor novamente a segura em posição fetal no chão.

Homem da máscara demoníaca:

-Ah... e se nos simplesmente não subíssemos na privada e dessemos descarga?

-Ah? -Perguntou Aron totalmente desnorteado, com um dente perdido na cabeçada.

-Assim! -Respondeu o homem, pisando em Aron, entrando na privada e dando descarga. Em seguida ele começa a girar bem rápido.

-Te esperrooo lá embaixxooooooo -E desapareceu lá dentro.

-Legal! -Animou-se Aron. Ele levantou, entrou na privada, mas de repente o cara vestido de Peco Peco (De novo...) pulou em cima do garoto, atirando-o no chão.

-AFFF!!!! -Reclamou o rapaz, irritado. -Você é um super Babaca!

-EU SOU O SUPER BABACAAA! -Gritou o homem, levantando os braços para cima e pra baixo e circulando novamente feliz a cela.

Sem nada dizer, Aron entrou novamente na privada, deu descarga e começou a girar rapidamente. Só que nessa velocidade ele bateu novamente a cabeça na caixa d água enquanto entrava pelo ralo.


Perfil do desenhista no deviantart aqui.