sábado, 12 de fevereiro de 2011

Existe idade para casar?


Quando comento que vivi uma fase em que quase me casei, todos, sejam novos ou mais velhos, dizem a mesma coisa: "você é jovem demais para isso". Sinceramente, não acho que casamento seja uma questão de idade, mas sim de cabeça e ideais. Há pessoas que nunca firmaram matrimônio na igreja e são exemplos de felicidade, assim como há pessoas que casam em pouco tempo, menos de um ano de relacionamento, e também são felizes até hoje. Conheço casos desses dois exemplos.

Enfim, só queria exprimir minha opinião sobre isso: casamento não deveria ser um tabu, ou uma limitação por idade ou seja o que for. É um símbolo, uma prova de que aquela é a pessoa com quem você quer acordar e dormir todos os dias, pro resto de sua vida. Obviamente, também é uma questão de opinião, e há aqueles com relacionamentos duradouros que passaram longe do altar. O que importa, acho, é ser feliz com a pessoa que você escolheu para sí, e proporcioná-la o mesmo.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Panty & Stocking with Gaterbelt






Como posso começar... Panty Stocking with Gaterbelt é um animê experimental da Gainax, mesmo estúdio do consagrado Neon Gêneses Evangelion. As semelhanças entre as duas franquias são apenas superficiais: as duas usam a temática sobre anjos e deixam pontas soltas nunca resolvidas, para que os fãs tirem suas próprias conclusões. Mas, ao contrário de NGE, que tinha uma trama mais séria e até dramática (mesmo com os raros alivios cômicos), PSWG é uma animação confessadamente escrachada.


Chuck, o bizarro bichinho de estimação das anjas, enfrentando seu rival Fastener

Na trama, as personagens título, Panty e Stocking, são anjas expulsas do paraíso. A primeira é uma verdadeira tarada sexual (todos se referem a ela no desenho como "vadia", inclusive a mesma), e a segunda é viciada em doces. Para comprar a volta para casa, precisam acumular um tipo de "moeda celestial", conseguida após derrotar fantasmas. A quantidade de moedas é de acordo com o desafio. Enquanto estão na terra, elas precisam morar e se sujeitar aos sermões de Gaterbelt, um padre de tendências homesexuais, e aturar Brief, ou o "Geek boy", como é chamado, um nerd que é apaixonado pela Panty.

A animação faz referência aos clássicos cartoons da década de noventa que utilizavam o animê como base, criando um amálgama de traços. Um exemplo seria As Meninas Super Poderosas


O estilo dessa animação é diferente da japonesa tradicional. É mais puxado para o cartoon americano. Na verdade, seria uma mistura de ambos os estilos, uma referência as clássicas animações gringas da década de 90 que utilizavam o traço japonês como base, como Laboratório de Dexter e Meninas Super Poderosas (Há até uma rápida referência a South Park). Mas não espere o mesmo nível de qualidade no roteiro que nos exemplos citados: PSWG não decepciona (muito), mas também não é brilhante como poderia ser.

Gaterbelt, o padre com tendências homosexuais, e Brief, o "Geek boy" (eu não queria estar no lugar dele...)

Como mencionei no primeiro parágrafo, esse é um animê experimental, mais para testar esse tipo de estilo em um padrão japonês do que para fazer sentido, então não espere uma trama que faça muito sentido. Alguns episódios nem se conectam ao resto do desenho, parecendo mais histórias ambientadas em um universo alternativo. Os primeiros episódios apelam para o humor escatalógico, com temas como fezes, urina e até meleca de nariz. Cada episódio da série normalmente apresentam duas histórias curtas de dez minutos, então as coisas só começam a melhorar de verdade no episódio seis, que seria na verdade o onze ou o doze. Apartir de então, os roteiros passam a ser mais coesos e interessantes, sem precisar apelar tanto para o mal gosto.

Um dos maiores problemas do animê é que ele se foca demais no fan service* com a personagem Panty, deixando os demais de lado

*Fan service: É quando um programa se utiliza de coisas apelativas, como a sexualidade, para conseguir atenção.

Enfim, eu poderia listar uma grande quantidade de problemas que vi na animação, mas a verdade é que, embora apenas a Panty seja bem aproveitada na animação (por motivos óbvios...) PSWG não é um animê de todo ruim. Ele foi feito para não se pensar muito e rir um pouco, uma diversão descompromissada como aquelas comédias americanas non sense. Aliás, as referências e paródias ao ocidente estão presentes até nos títulos dos episódios, como em "Era uma vez em Gaterbelt" e "Chuck volta para o futuro".


Preview do primeiro episódio do desenho na revista Newtype

Ah, e se o final do desenho se confirmar, talvez tenhamos uma segunda temporada, quem sabe com roteiros melhores... (Spoiler leve On): se eles inventarem uma boa desculpa para o gancho deixado no final, que parece ter sido criado apenas para se fazer uma piada fraca (Spoiler leve Off).