sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Karate Kid (2010)


Quando foi confirmado, como acontece com todos os Remakes, Karate Kid foi execrado
pelos fãs do original: a troca do cenário original para a China, do protagonista por um ator negro, do eterno Senhor Miyagi pelo Senhor Han (vivido por Chackie Chan), nem mesmo sobre Karate o filme é, trocando o estilo de luta por Kung Fu, apenas preservando o título do original. Por essas e outras, a película tinha tudo para fracassar. No entanto, o que se vê aqui é algo raro. "Esse" Karatê Kid não é só um excelente filme. Arrisco dizer que é um dos melhores Remakes já feitos até hoje.


Na trama, Dre Parker (Jaden Smith) é um garoto americano e negro que viaja para China, quando sua mãe é transferida. No entanto, ao se envolver com uma jovem, ele termina sendo alvo de outros estudantes. Todos os dias se tornam um tormento para Dre, que tenta evitar a todo custo encontrar com os valentões, mas na maior parte das vezes sempre termina humilhado e apanhando. As coisas mudam quando o zelador de seu prédio, Senhor Ham (Chackie Chan), o defende em um dos confrontos e termina fazendo uma aposta com o mestre de artes marciais dos rivais de Dre: o menino vai treinar Kung Fu para enfrentá-los, um por um, em um torneio.

De todas as boas notícias que posso dar a cerca desse filme, a melhor de todas é a de que os fãs provavelmente irão gostar do longa, pois ele é, ao mesmo tempo, fiel e original a trama e a essência do original. Que possa me lembrar, nunca vi um Remake tão bem trabalhado: os momentos chaves são exatamente os mesmos do original, apenas adaptados e, se possível, melhorados para a nova versão. Na verdade, há momentos em que esse Karate Kid consegue sermelhor que o original, principalmente em seu desfecho.

Os atores são outro trunfo: Jaden Smith (filho do talentoso e também ator Will Smith), interpreta um Dre Parker mais completo que o Daniel Larusso defendido por Ralph Macchio, do original. Quando chora, ri, ou quando acompanhamos seu drama com o Bullying sofrido no colégio, não há como não se identificar ou sentir como se aquele personagem estivesse realmente vivo. Chackie Chan surpreende em um papel menos pastelão ao qual estamos acostumados em seus filmes, encarnando um mestre disciplinador, mas justo, e que vê em seu jovem pupilo toda a família que lhe resta. E Taraji P. Henson, que interpreta Sherry Parker e mãe de Dre, arrassa quando sua personagem super protetora com o filho aparece em cena.

Resumindo: O novo Karate Kid é uma agradável surpresa. Consegue ser tão bom e,
em alguns momentos, melhor que o original, algo difícil de acontecer. Mesmo longo (quase três horas de filme), é imersivo, prendendo o espectador até o fim. Para mim, é o melhor filme do ano.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O Último Mestre do Ar

Quando a adaptação do desenho americano, de traços japoneses, Avatar (não, sem nenhuma relação com o filme de James Cameron) foi oficializada, os fãs receberam a notícia com entusiasmo, mesmo com o curriculo deplorável de Hollywood para películas desse gênero. O resultado: Mesmo sendo dirigido pelo outrora vindouro diretor M.Night Shyamalan (que, atualmente, também não se encontra em sua melhor fase), O último Mestre do Ar é fraco e meio decepcionante, mas não de todo ruim.

O figurino e a fotografia são um dos poucos trunfos do filme

Na trama, Katara (Nicola Peltz) e Sokka (Jackson Rathbone, o vampiro Jasper da Saga Crepúsculo) são dois caçadores da agonizante tribo da água do Sul. Em seu mundo, existem lutadores de artes marciais que dominam um certo elemento: água, fogo, terra ou ar, que são conhecidos como dobradores. A cada cem anos surge um dobrador capaz de "dobrar" os quatro elementos e que é conhecido como Avatar. No entanto, o último Avatar está desaparecido a uma centena de anos, e outro não surgiu. Nesse tempo, a nação da tribo do fogo começou uma guerra de dominação global, da qual já está quase se consagrando vencedora.

Mas voltando aos dois primeiros personagens: Katara é uma jovem e inexperiente dobradora de água, a única de sua tribo. Quando ela e seu irmão saem em um dia de caça, acabam acidentalmente libertando Aang (Noah Ringer, em seu primeiro papel para o cinema), um garoto dobrador de vento que estava aprisionado em uma esfera de gelo, junto com seu bisão voador Appa. Pelas tatuagens no corpo do garoto, por ele ser o último membro vivo de sua tribo e pelo Avatar que desaparecera ser um dobrador de vento, todos acreditam que Aang possa ser o Avatar desaparecido. O problema é que esse é um destino do qual o jovem não quer aceitar. No entanto, quando o filho da nação do fogo, Príncipe Zuko (Dev Patel, o protagonista de Quem quer ser um milionário) coloca em perigo os novos amigos de Aang, ele percebe que a única esperança de parar a guerra reside em seus ombros.

Enfim, posso ter me estendido, mas essa é basicamente a trama do filme (que teve seu título trocado para O Último Mestre do Ar porque James Cameron havia patenteado o nome para o seu filme primeiro), agora vamos a análise. O roteiro do filme é apressado, amarrando os fatos da primeira temporada do desenho com pouco zelo pela história, se importanto apenas em compactá-la. O resultado é que se perde completamente a magia e a essência de sua versão original, mesmo que aja um certo esforço em tentar transmiti-la em alguns fatores: nas coreografias, na fotografia... enfim, em elementos estéticos, esquecendo o mais importante: os personagens.



Sokka (Jackson Rathbone): alívio cômico ainda está no filme, mesmo que reduzido

Essa é a maior falha, não só de The Last Airbender, mas da maioria das adaptações cinematográficas de animações: não conseguir passar com fidelidade as características mais marcantes das personas de sua contraparte original. Nesse caso, o filme não só perde, como também tolhe a parte leve e divertida do desenho, o que o deixa massante e cansativo. Exceto por uma menção ou duas, como com o personagem Sokka, que algumas vezes é alvo da falta de habilidade de sua irmã manipulando o elemento água, o filme é tão sério que se torna irritante.
Nenhum dos atores consegue encarnar com perfeição os papeis dos quais foram escalados para interpretar. Como disse, há alguns esforços, como do ator Shaun Toub: mesmo sendo fisicamente diferente de sua versão animada, ele passa credibilidade ao papel quando o roteiro lhe permite.

Noah Ringer: inexperiente demais para o papel principal

A decisão menos acertada com certeza foi na do personagem principal. Noah Ringer não convence como o jovem Aang, atuando de forma artificial em um papel tão importante e difícil. Não por coencidência, o protagonista pouco fala e atua no filme, tendo as tramas paralelas ganhando mais destaque. Eu poderia me estender mais sobre a longa lista de diferenças entre a película e o desenho (as coreografias dos dobradores não são sincronizadas com os elementos, algo que incomoda bastante e eu não poderia, também, deixar de citar), mas acho que já é o suficiente para se ter uma ideia: O Último Mestre do Ar é decepcionante, não honra sua versão original, mas não é tão ruim assim. É uma película esforçada, consegue passar alguns fatos da animação (mesmo que resumidos), entretém (principalmente se você nunca assistiu o desenho...) e não é uma total perda de tempo, se você não exigir demais. No entanto, é um filme esquecível.


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Meu Malvado Favorito

Bom, o que esperar de uma animação que tem o hilário ator do seriado The Office, Steve Carrel, dublando o protagonista? Meu Malvado Favorito é um filme diferente e até interessante: No longa, Gru (Carrel), é um vilão experiente, mas de pouco êxito, que tem a mirabolante ideia de roubar a lua, após o aparecimento de um misterioso rival que se sobressai após roubar uma das pirâmides de Gizé. No meio do caminho, ele termina topando com as pequenas orfãs Margo (Miranda Cosgrove), Edith (Dana Gaier) e Agnes (Elsie Fisher), e precisa decidir se coloca em prática esse plano que lhe dará a chance de ter o sonho de sua vida, ou a convivência com as meninas.

Gru (Steve Carrel) é o vilão do filme e pai adotivo de primeira viagem

Certo, mas nem tudo são flores: o filme começa fraco e tem muitas piadas forçadas de tão exageradas. Como assisti a dublagem brasileira, não dá para dizer se Steve Carrel deu conta do recado, mas aqui seu trabalho foi interpretado por Leandro Hassum (do programa Os caras de pau, que passa aos domingos na Globo), que fez um trabalho regular. Pelo menos na versão tupiniquim de Meu Malvado Favorito, os destaques mesmo são as personagens Agnes (a mais novinha das três meninas) e o antagonista Vetor (dublado na versão original pelo comediante Jason Siegel, e na brasileira pelo companheiro de programa de Hassum, Marcius Melhem): a primeira apresenta uma inocência e fofura cativantes, e o segundo, muitas vezes, consegue ser mais interessante e divertido que o protagonista.


As três orfãs (na ordem): Margo, Agnes e Edith...


...E Vetor, um personagem as vezes mais interessante que o protagonista

Então, resumindo, Meu Malvado Favorito é um filme que começa fraco e tem algumas piadas forçadas, mas que no meio se recupera e consegue divertir e convencer de sua premissa. É a primeira animação da Illumination Entertainment, e como tal merece até um certo crédito pelo esforço.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Toy Story 3 é o nono filme mais assistido do planeta!


Segundo o Box Office Mojo, o novo filme de Wodd e cia. já arrecadou 940 milhões mundialmente, o que o coloca como o nono filme mais assistido do planeta, e a animação de maior bilheteria de todos os tempos.

Vamos a matemática: só nos EUA, o longa fez 400 milhões, sendo o segundo longa da Disney a ultrapassar essa bilheteria em casa ( o primeiro foi Pirates do Caribe: o Bau da morte). No resto do mundo, o filme dos brinquedos fez 539 milhões. Agora, para entrar para a lista dos filmes que ultrapassaram um bilhão de doláres, faltam 60 milhões... será que ele conseque?

Para ter acesso a lista com as 100 maiores bilheterias de todos os tempos, organizada semanalmente pelo Box Office Mojo, basta visitar o site:

http://boxofficemojo.com/alltime/world/

P.s: Lembrando que Toy Story pode ganhar uma nova sequência, como falei brevemente nesse post:

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Veja uma foto do filho do Capitão Nascimento em "Tropa de Elite 2"

O estreante Pedro Van-Held será Rafael, filho do consagrado Capitão Nascimento, em Tropa de Elite 2. O jovem era modelo fotográfico e trabalhou em comerciais antes do filme, além de estar cotado para a nova temporada de Malhação como Arthur, um garoto tímido.

Na trama, o filho adolescente de Nascimento vive uma relação conflituosa com o pai. A única coisa que possuem em comum é o interesse pelo Jiu Jitsu, sendo no tatame que trocam idéias e resolvem diferenças.

Wagner Moura, que interpreta o pai de Pedro na película, comentou sobre o rapaz:

"O Pedrinho é um menino muito corajoso. Encarou a dureza que foi o processo de Tropa de Elite 2 com um destemor raro para um cara da idade dele. Tenho muito carinho pelo Pedro, que fez um trabalho muito bonito no filme e foi um ótimo companheiro de jornada. Um garoto doce e corajoso que merece todo respeito”

Tropa de Elite 2 estréia dia 8 de Outubro desse ano nos cinemas. Para mais informações:

http://www.tropa2.com.br/









quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Elogio a loucura

Bem, essa é a primeira HQ adaptada de um roteiro meu. É uma one-shot (uma edição única). Decidi que seria baseada em um personagem da Turma da Mônica, e... bem, acho que o nome já entrega tudo! XD

Enfim, as páginas estão abaixo, desenhadas pelo Richardy, um talentoso desenhista. Espero que alguém goste! ^^





terça-feira, 3 de agosto de 2010

O absolutismo da mídia

Um dos principais motivos que me fez querer ser jornalista era escrever algo baseado naquilo que eu acreditava, mas sem passar por cima de ninguém. O que pude perceber, na verdade muito tempo antes desses meus tempos de faculdade de jornalismo, é que a mídia dificilmente é tão ética quando costuma assegurar ser. Juizos de valor são taxados a todo momento, como se um determinado veículo fosse o absoluto dono da verdade. A Veja, por exemplo, é um caso claro disso: a quantidade de vezes que essa revista já se utilizou desse artifício para obter uma credibilidade cega do leitor são absurdas. Frases como "foram eles", no caso Isabella Nardoni, e ou "já vai tarde", quando Fidel Castro saiu do poder, que são estampadas nas capas, associadas a um texto concervador, têm como objetivo obrigar o leitor, e não convencê-lo, sobre uma determinada notícia. Praticamente uma lavagem cerebral.







Veja: Exemplos de capas que constituem juízos de valores

Eu poderia até me extender sobre a Veja, mas ela é obviamente apenas um (um dos maiores, é verdade) exemplos dessa falta de imparcialidade. No caso dos games, temos, ou melhor, tínhamos, a EGM. Embora tivesse um visual modernoso, era uma publicação que gostava de ditar verdade sobre o que era "bom" e "ruim" no mundo dos games. E se você tinha uma opinião diferente da equipe que assinava a revista, era taxado como "bundão" (como aqueles que gostavam do game Enter the Matrix, segunda a revista), infantil, e coisas do tipo.



Enfim, é isso. Não é do meu feitio atacar nenhum meio de comunicação, mas gostaria de comentar sobre essas duas publicações que, juntas, constituem grande parte do motivo que comentei no começo desse post. A primeira vista, uma revista, um programa de televisão, um livro, seja o que for, pode estar apenas "passando informação", mas lembre-se de que nada no mundo é impacial. Eu mesmo não estou sendo enquanto redijo essas palavras. Mas pelo menos admito que estou apenas expressando minha opinião. Ela não é absoluta, e você pode discordar dela, se quiser. Mas tente não achar que tudo o que vê por ai, mesmo se for de um veículo conceituado, é verdade. Use seu discernimento para saber se você esta sendo convencido daquilo ou forçado a acreditar.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Algumas coisas...


Férias é um período de tempo que esperamos assiduamente. Sempre imagino como serão as minhas: divertidas, ou chatas por causa de alguma obrigação, etc. Bem, essas que acabam hoje foram da segunda opção.

Meus "Peter Parker´s Losers Days" foram constantes: passei o começo das férias sem minha noiva ao meu lado (ela fez uma viagem para São Paulo), e me senti vazio e triste... na verdade, as vezes, quando passo por um período ruim minha estima baixa tanto que fico com medo de realmente entrar em uma depressão braba. Mas isso nunca acontece, tipo... quando estou no ápice disso, é como se eu me agarrasse nos pensamentos positivos que pudesse, por menores que sejam, e sempre saiu disso. Sozinho.

Hum... só para terminar de vez os "assuntos dramáticos" desse post, isso que descrevi acima chegou mesmo ao ápice nesse mês. Tanto que teve um dia que mal consegui me controlar... me senti desconfortável como as vezes me sinto quando estou no limite disso, e terminei passando por um dos piores dias da minha vida... um dos piores dias e uma das piores situações, em dias diferentes. Complicado, não?

Mas chega disso. Bom, o Arquivo Ideológico faz dois anos esse mês. Ele começou como um "Myspace" e migrou para o Blog, acho que ano passado. Então estou mudando o visual para dar uma cara diferente ( e para desfarçar melhor que tenho preguiça de organizar o texto antes de postar XD). O curso de férias de Espanhol acabou, mas penso em continuar. Tipo, esse curso de férias na verdade era o Básico um, o primeiro semestre, e quem gostar pode continuar indo para o segundo. Vamos ver.

Que mais... Ha, eu finalmente estou conseguindo adaptar os meus roteiros de HQ. O primeiro já está pronto, e talvez o poste ainda essa semana. Espero que alguém possa gostar.

Bem, minhas aulas começam amanhã, e eu acordei um pouco morgado hoje. Não consigo mesmo disfarçar isso. Mas estou bem, não estou mais me sentindo como nessas férias.

Só espero que as coisas melhorem.