terça-feira, 3 de agosto de 2010

O absolutismo da mídia

Um dos principais motivos que me fez querer ser jornalista era escrever algo baseado naquilo que eu acreditava, mas sem passar por cima de ninguém. O que pude perceber, na verdade muito tempo antes desses meus tempos de faculdade de jornalismo, é que a mídia dificilmente é tão ética quando costuma assegurar ser. Juizos de valor são taxados a todo momento, como se um determinado veículo fosse o absoluto dono da verdade. A Veja, por exemplo, é um caso claro disso: a quantidade de vezes que essa revista já se utilizou desse artifício para obter uma credibilidade cega do leitor são absurdas. Frases como "foram eles", no caso Isabella Nardoni, e ou "já vai tarde", quando Fidel Castro saiu do poder, que são estampadas nas capas, associadas a um texto concervador, têm como objetivo obrigar o leitor, e não convencê-lo, sobre uma determinada notícia. Praticamente uma lavagem cerebral.







Veja: Exemplos de capas que constituem juízos de valores

Eu poderia até me extender sobre a Veja, mas ela é obviamente apenas um (um dos maiores, é verdade) exemplos dessa falta de imparcialidade. No caso dos games, temos, ou melhor, tínhamos, a EGM. Embora tivesse um visual modernoso, era uma publicação que gostava de ditar verdade sobre o que era "bom" e "ruim" no mundo dos games. E se você tinha uma opinião diferente da equipe que assinava a revista, era taxado como "bundão" (como aqueles que gostavam do game Enter the Matrix, segunda a revista), infantil, e coisas do tipo.



Enfim, é isso. Não é do meu feitio atacar nenhum meio de comunicação, mas gostaria de comentar sobre essas duas publicações que, juntas, constituem grande parte do motivo que comentei no começo desse post. A primeira vista, uma revista, um programa de televisão, um livro, seja o que for, pode estar apenas "passando informação", mas lembre-se de que nada no mundo é impacial. Eu mesmo não estou sendo enquanto redijo essas palavras. Mas pelo menos admito que estou apenas expressando minha opinião. Ela não é absoluta, e você pode discordar dela, se quiser. Mas tente não achar que tudo o que vê por ai, mesmo se for de um veículo conceituado, é verdade. Use seu discernimento para saber se você esta sendo convencido daquilo ou forçado a acreditar.

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