domingo, 7 de outubro de 2012

Vibração




É doloroso brigar contigo, te ter ao meu lado mas não ter.
Podemos ter gostos e ritmos diferentes, mas não podemos vibrar na mesma sintonia?

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Conflito




Sabe quando você conquista algo tão maravilhoso e ao mesmo tempo tão delicado? Realizar tal coisa é um ápice para os seus sentimentos e desejos, mas também é uma responsabilidade, ou falta dela, que pode colocar tudo a perder. Só esse pensamento já pode colocar tudo a perder.

O receio leva a dúvidas e questionamentos que sufocam. E eu não quero isso. Só quero aproveitar aquele sentimento primordial que levou a todas as coisas, e ao seu lado, de forma positiva. O resto, nesse momento, é irrelevante.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Cachinhos ruivos


Sentimentos são manifestações da alma que nem sempre conseguimos entender.

Por exemplo, o que desperta a atração por alguém? Uma palavra? Uma conversa? Uma simples troca de olhares? Não é uma ciência exata.

Não sei exatamente como surgiu, mas sei exatamente no que se tornou aquilo que sinto por você: uma felicidade muito grande de te ter em minha vida. Sei que é muito cedo, sei que ainda falta muita coisa para se conversar e conhecer, mas covenhamos, essa é a grande graça e química entre nóis dois: o prazer de descobrir cada detalhe, sorriso e toques diferentes a cada momento.

Minha vontade e interesse crescem cada dia mais por essa linda, carinhosa e contagiante mulher que cruzou minha vida. Que parece ser tão encantada por mim quanto sou por ela, o que é tão raro nos dias de hoje. A mulher com sorrido de monalisa, cabelo de Luluzinha e coração com o formato certo para se encaixar com o meu.

Sinceramente, eu não quero tentar enteder ou explicar. Quero apenas te sentir.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Vitória plena


Vou começar com o o óbvio: todos temos um sonho. A diferença é se deixamos ele morrer por dentro, ser corrompido, passando por cima de tudo para consegui-lo, ou simplesmente conquistá-lo. Claro, a busca precisa valer tanto a pena quanto o resultado, mas a consequência de um sonho bem realizado... é indescritível.

Há quase um ano venho trabalhando em meu projeto de Conclusão de curso. Um trabalho complicado, difícil, nunca feito antes e com um tema que a maioria do público não respeita: quadrinhos. Tive que começar um período antes para conseguir tempo hábil para terminá-lo, o que consegui mesmo com todos os revezes.

Durante esse tempo, fui bastante desistimulado. Parece que a maioria das pessoas, além de terem medo de realizar seus verdadeiros objetivos, possuem audácia no mesmo nível para desistimular as outras a lutarem por seus ideais. Sempre passei por isso, mas dessa vez foi mais forte: errar, estragar a minha vida, não ter um emprego "de verdade" ou fixo, entre outros mais.
Ninguém é forte o suficiente para apanhar de todos os lados e não sentir receio, nem uma vez, de que poderemos nos arrepender para sempre, com dedos apontados em nosso rosto e nos obrigando a uma vida medícre, usando nosso fracasso como exemplo eterno.

Mas também tive pessoas que estiveram do meu lado, mesmo que a distância, que me provaram ser verdadeiras amigas simplesmente com uma palavra de afeto aqui ou ali, com pensamentos positivos que me ajudaram a fazer toda a diferença.

A verdade é que, mesmo desanimado poucos dias antes de minha defesa de tese, essas pessoas estiveram comigo até o fim, e não só agradeço de coração, como tenho a honra de dividir com vocês o resultado de todo o esforço de quase um ano de trabalho duro: meu TCC recebeu nota máxima da banca. E não foi só um simples dez, foram comentários da banca que ele estava impecável e que, dado o ineditismo e relevância do projeto, que eu o levasse adiante, apresentando a programas do governo para estimular a leitura em crianças e adolescentes.

Não vou conseguir passar com palavras o que senti na hora e o clima que se formou no local, mas sei que ambos nunca vão ser esquecidos por mim, pois foi um dos maiores e melhores momentos de minha vida. Tive uma idéia original, comecei do zero e não só a levei ate o fim, como fui amplamente reconhecido por isso. Não sei se todos sentem isso pelo menos uma vez, mas é algo bom demais. É algo justo demais. E só posso agradecer a todos que acreditaram em mim, a minha própria persistência e a sorte (que também faz parte do processo) por conseguir essa grande vitória, e me esforçar para que esse não seja o único momento notável em minha existência.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Vocês


Gostaria de fitar seus olhos escuros pela primeira vez, e ver refletido neles todos os sonhos, alegrias e doçura que me cativaram em palavras. Sinto seu carinho e consideração, mas quero sua presença. Quero seu sorriso mais sincero e felicidade embalados em um abraço bem dado.

Você. Vocês. Conquistaram minha confiança e reivindicaram o meu coração, que prontamente decidi repartir igualmente, porque sei que estará em boas mãos.

Vocês. Você. A mulher em corpo de menina, a menina com a voz melodiosa e inspiradora como só os próprios sonhos poderiam ser.

Vocês. Você. A mulher com o olhar e aura encantadores, a perfeita utopia em forma de realidade.

Você. Vocês. São o que há de melhor em mim. Minhas alegrias, minhas inspirações. Minhas amigas. Para sempre.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Eterno finito


Qual a diferença entre viver e sonhar?

Para alguns o sonho é uma utopia ou falácia, a incapacidade de enfrentar a realidade. Para outros, viver é sonhar.

Realmente, acredito que ambos são indivisíveis. Que a existência plena é aquela cheia de propósitos, e não um amontoado de decisões fáceis ou levadas no calor do momento. Não sou muito adepto do "se deixa levar".

Desde pequeno, sempre vi um sentido maior em estar aqui. Não quero ser mais uma pessoa que acha que aproveitar um momento é melhor que aproveitar o todo. Então, para mim, sonhar é inerente a estar vivo. É fazer acontecer não só agora, mas para toda a eternidade enquanto dure.

domingo, 25 de março de 2012

Me dê a mão

Esse vídeo tem toda uma importância para mim. Simplesmente porque eu sou o cara cantando nele.

Há vários motivos para eu tomar a decisão que tomei ao subir no palco. Mas o que importa é que, como resultado, essa será uma recordação maravilhosa que irei guardar: o dia em que subi em um palco, cantei e todos me aplaudiram.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Aron Wormior VD Capitulo Sete: Um novo motivo para lutar




E assim, três dias se passaram.

Era início de um novo dia quando Silphia voltou para a fazenda. Estava exausta. Passara os últimos três dias matando dois Antonios e brigando com um aprendiz para conseguir sua terceira meia furada.  A noite estava sempre em alerta, procurando o caminho de volta ("Puxa, esse campo era maior do que eu imaginei...") e estava agora cortando os arbustos que ficavam a sua frente com uma faca que seu pai lhe dera para prestar o exame. "Preciso me apressar", pensou. "Só tenho até uma hora da manhã para me apresentar ao fiscal do exame, ou então não passarei no teste!".

Faltavam vinte segundos para uma da manhã quando Silphia chegou nos portões da "fazendinha", exausta e caindo de joelhos. Sentiu alguém aproximar-se. Ainda de olhos fechados, agora deitada de barriga para cima, ela disse:

–Puff... aqui estão minhas meias. Lutei muito para consegui-las, mas aqui estão... -Já recuperada, ela levantou-se, limpou a poeira do corpo e, erguendo a cabeça, com os olhos fechados e com um sorriso triunfante, disse:

–Como o senhor pode ver, eu cheguei bem na hora, nem um minuto a mais, nem um minuto a menos. Isso mostra que eu sou mesmo pontual! -Ela sorriso com deboche para o fiscal. -E pelo jeito, fui a única a chegar aqui a tempo, ou seja, somente eu passei no teste, não é mesmo?

O homem de túnica cinza a sua frente coçou a cabeça.

–Hum... Beeemm... -Ele saiu da frente de Silphia, e então ela pôde ver: deitado nos degraus da casa que servia como sede da base dos espadachins, lá estava um sonolento Aron Wormior, deitado de cabeça para baixo nas escadarias, um bule de chá junto a uma taça de prata ao seu lado.

–Ele teve que esperar você por três dias -Continuou o homem. -Na verdade, ele está dormindo há três dias também. Pensei que estivesse morto. Na verdade, ele estava deitado no alto das escadarias, mas eu toquei nele e ele caiu de cabeça descendo o corpo pelas escadas. Está bem, fora o fato de ter batido a cabeça muito forte e ter perdido um dente.

Silphia olhava espantada para o jovem garoto de cabelos verdes e túnica laranja deitado nas escadarias baixas da casa. Isso de alguma forma deve ter tido alguma reação em Aron, que pesadamente abriu os olhos deslumbrando o amanhecer junto ao fiscal e a garota de Cabelos rosa que conhecera três dias a trás, Silphia Belnades (Claro, tudo isso de cabeça pra baixo...). Olhou longamente para os dois e soltou um bocejo.

–Uahhh... Bom dia.

–BOM DIA NA CASA DO CARAL... –Esbravejou a garota, apontando para Aron nervosa e assustando o garoto e o fiscal. Ela rapidamente aproximou-se dele e o pegou pela gola da camisa, balançando sua cabeça freneticamente.

–ISSO NÃO É POSSIVEL, É HUMANAMENTE IMPOSSÍVEL QUE VOCÊ TENHA PASSADO NESSE EXAME EM APENAS UM DIA, UM DIA! GRRRR! VOCÊ ROUBOU, NÃO FOI? OU ACHOU UM ATALHO? POR QUE VOCÊ AINDA TÁ CALADO? VAMOS, FALE ALGUMA COISA!

–Ahhh, para com isso Silph, você tá amarrotando minha camisa.

Ela da um soco na cara de Aron.

-EU NÃO PEDI SUA OPINIÃO!

Enquanto olhava aquela bela jovem esfolar aquele pobre rapaz, Jacob estava com os pensamentos longe, embora fossem sobre o jovem a sua frente.

"Verdade, é humanamente impossível que um jovem como esse tenha passado em um teste tão difícil em apenas algumas horas. Mesmo um grande espadachim teria passado um dia inteiro para concluí-lo. Esse garoto deve ter um potencial muito grande mesmo Ou então, poderia ser que ele...?"

Alguns Minutos depois, o fiscal encaminhou Aron e Silphia até o salão anterior. Como ainda era cedo, estava fechado para aventureiros.  O velho homem chegou até o platô onde ficara anteriormente, e abaixo dele, revelou um tipo de compartimento secreto. Retirou então duas grandes caixas e um grande pergaminho de papel. Em seguida virou-se para Aron e Silphia.

–Me dêem suas meias.

Os dois entregam as meias furadas que conseguiram com os Antonios. O homem retirou uma carteira feita de pele de Lunático do bolso, coloco-as e em seguida guardou novamente no bolso. Ele abriu o pergaminho desenrolando um grande rolo de papel que chegou a bater do outro lado da parede, deixando os dois jovens incrédulos.

–Essa é a lista de exame dos jovens que se formaram esse ano na Gilda dos espadachins. As dos anos anteriores encontram-se devidamente guardadas. Enfim -Ele retirou uma pena de um pássaro misterioso que nenhum dos dois aventureiros reconhecia de qual era. -Assinem seus nomes no final da lista.

Os dois jovens rapidamente correram para o outro lado da sala e anotaram seus nomes. Ainda perceberam que havia bastante espaço para outros.

-Muito bem! -Disse o homem, enrolando novamente o pergaminho. Ele o guardou no compartimento e entregou aos jovens duas caixas. -Aqui estão suas primeiras espadas para auxiliá-los nessa nova fase de suas vidas. E lembrem-se: sempre as usem em prol da justiça, nunca para o mal. Sempre Respeitem os códigos, se não os outros espadachins e seus níveis superiores virão atrás de vocês.

–Que códigos?

–Apenas esses, Aron.

–Ahh.... eu não ouvi, pode repetir?

–...Claro.

"Acho que essa pequena cerimônia de graduação vai demorar um pouco" Pensou Silphia, impaciente.

–xxx-


Três Horas depois, Aron corajosamente abriu os Portões que davam para fora da sede dos espadachins (Os mesmos pelo qual ele fora empurrado para dentro por Bulk, e os quais agora era empurrado para fora por Silphia) dando de cara com vários aventureiros que estavam na porta. Eles olhavam primeiro para ele e depois para a bainha de sua espada, a direita de sua cintura, prova máxima que agora ele era um espadachim. Aron olhava para todos com um sorriso alegre (Embora sem alguns dentes...) mas Silphia o puxou para fora da casa.

Estavam andando há algum tempo pelas ruas desertas da cidade de Izlude. Silphia ia toda irritada a frente, enquanto Aron, com os braços cruzados atrás da cabeça, olhava para o sol que começava a aparecer no horizonte, seus raios dourados despontando no céu. Em seguida, como um pensamento repentino, ele parou.

Silphia, já alguns metros, olhou para ele e gritou.

–O que foi?

Aron retirou sua espada da bainha. Era uma arma feita de um material rústico, porém resistente. Começou a balançá-la de um lado para o outro, como se lutando com um inimigo imaginário. Em seguida olhou novamente para a arma, maravilhado.

–Essa espada é demais! Muito boa mesmo! Eu gostei muito de você! Eu A-M-E-I Você!

–Ah...Aron....

–Já sei, eu vou te dar um nome. Um... que tal Felizberta? Isso, Felizberta!

–Aff...Ô Aron...

–Tudo bom, Felizberta? Agora você faz parte da família Wormior! Nos vamos ser bons companheiros junt...

–POR#@RA ARON! -Berrou Silphia, dando mais um soco na cara do infeliz. -Para de ser (censurado)!

–Agh... Essa doeu...

–Que negócio mais idiota! Se vai botar um nome nessa espada, pelo menos coloca um nome decente!

–Qual é o nome da sua espada, Silph?

Ela fez uma cara de esperta.
 
–Um nome simples, porém eficaz. O nome da minha espada é JULIUS ROBERT ALEXANDER VAN BERTH GOGH MAXIMILLIAN PRIMEIRO!

-...

–O que acha?

–Ah... super...
 
E assim os dois saíram da cidade para treinar. Aron teve a grande idéia de pegar o caminho à direita para Payon.

–Aron, tem certeza que esse caminho é seguro?

–É claro que sim!

Não demorou muito e os dois logo estavam perdidos no deserto de Morroc.

–Aron, eu vou MATAR VOCÊ! -Disse a garota, irritada.

–Er... Pois saiba que o meu objetivo era mesmo vir treinar no deserto, viu?

–Olha aqui, Aron: o objetivo da gente era treinar para estar melhor preparados para quando pegássemos nossas missões. Mas se a gente ficar se perdendo assim, como espera que nos tornemos grandes espadachins?

–Ah... CARAMBA, É MESMO, AGORA EU SOU UM ESPADACHIM! HAHAHA!!!
–...

–KKKKK... eu tinha até me esquecido...

–Bah! Tchau Mesmo!

–Espera ai, pra onde você vai?

Aron ficou esperou uma resposta de Silphia que, ao longe, disse:

–A qualquer lugar onde não precise nunca mais olhar pra essa sua cara feia. Adeus!

–xxx-

Agora já passava do meio dia. Silphia estava caída de bruços na areia quente de Morroc. Com um grande esforço, levantou-se, desviando seu olhar para todos os cantos, para o nada.

–Droga, agora estou mais perdida ainda. -Disse, levantando-se e andando trôpega, sem nem ao menos prestar atenção no caminho que seguia. -Aquele Maldito Aron! Sabia que não devia ter seguido ele até aqui. Ai que raiva! Se eu tivesse trazido mais água e comid...

De repente, ela sente seu pé direito pisar em algo macio. Primeiro ouviu o grito e então  pulou de susto, olhando horrorizada para aqueles dois metros de patas afiadas e uma bocarra com um olhar coberto de raiva. Ela havia pisado em um Lobo, e dos grandes!

–Er...me desculpa seu lobo! –Silphia foi recuando devagar, totalmente tomada pelo medo. -Me desculpa por ter pisado em seu rabinho, ha ha... não, isso não é engraçado, mas... tô indo embora, adeus!

Ela virou-se para fugir, mas deu de cara com mais lobos, saindo agora de todos os cantos.

Agora sim Silphia percebera a grande besteira que tinha feito: ela pisara na calda da líder de uma matilha!

Exausta, a garota deixou-se cair no chão. Os lobos chegavam cada vez mas perto, esfomeados e separados agora apenas por alguns metros.

-Es-espera ae, vamo conversar... SOCORROOOOOO! -Em pânico, lembrou-se que não havia nada a sua volta, e agora um dos lobos corria em sua direção, pronto para soltar. Silphia já ia abrir a boca para gritar novamente quando o lobo pulou em sua direção. Ela fechou os olhos, esperando o pior. O lobo já estava na metade de seu pulo quando um coco, do nada, acertou-lhe em cheio na cabeça, jogando-o com tudo no chão.

Silphia abriu os olhos surpresa. Os lobos, incrédulos, olhavam para algum ponto. Silphia então percebeu que, em uma rocha um pouco alta, mas não muito longe dali, estava Aron Wormior, a joelhado e jogando um coco para cima e para baixo com a mão direita. Ele sorriu para a garota e piscou um olho.

–Não precisa gritar de novo por socorro! -Disse, dando uma pirueta espetacular até o chão, atingindo mais um lobo certeiramente na cabeça com um coco. Ele aproximou-se de Silphia, enquanto os lobos agora formavam um círculo ao redor deles.

–Aqui tem vários! –Desesperou-se a jovem. -Nós não podemos vencer todos!

Aron, sem nada dizer, desembainhou sua espada.

–Mas nós temos que tentar. -Disse Aron, sério. Silphia jamais imaginara vê-lo daquele jeito. -Eu não vou desistir sem luta!

Os lobos ficaram espreitando os dois, esperando apenas o momento certo para atacar. Silphia, de joelhos, puxou o garoto para o chão.

–Ficou maluco? Eu sei que você não sabe contar, mas já disse, são vários! Como pensa...

–Eu não sei! -Interrompeu Aron. -Sabe, por toda a vida, eu sempre quis chamar a atenção dos outros, na verdade eu sempre quis... que os outros me amassem de verdade. Mas, acima de tudo, você pode ter certeza de uma coisa: eu seria capaz de desistir de minha vida e de todos os meus sonhos, se fosse para salvar outra vida. -E em seguida, ele olhou para Silphia com um olhar bondoso: -Principalmente se essa vida fosse de uma grande amiga minha.

Silphia ficou impressionada com o discurso, e também corada. Ela soltou o rapaz, deixando-o se levantar novamente. Aron olhou para todos os lobos, mas não havia medo em seu rosto. Ao invés disso, ele gritou:

–PODEM VIR, TODOS VOCÊS, DE UMA SÓ VEZ! PODEM ATACAR AO MESMO TEMPO PORQUE NÃO VAI ADIANTAR NADA, EU VOU VENCER, PORQUE EU AGORA... TENHO UM MOTIVO PARA LUTAR!

Como se correspondessem ao desafio do jovem espadachim, todos os lobos juntos pularam em sua direção. Ele preparou sua espada, a expressão obstinada. Silphia fechou os olhos, desesperada. "Seu idiota! Agora você piorou o problema mais ainda! Só podia ser você mesmo..."

Mas quando tudo parecia perdido, uma parede de fogo surgiu e protegeu os dois, jogando os lobos para trás com toda a força. Aron e Silphia ficaram surpresos, e a parede de fogo desapareceu em uma cortina de poeira. Por trás desta apareceu um vulto.

Era um homem alto, de túnica branca, chapéu rosa e luvas. Seu rosto era coberto por uma demoníaca máscara feliz. Ele bateu as mãos para tirar poeira das luvas, e em seguida sorriu:

–Estava passando por aqui e pensei que precisariam de minha ajuda. Muito prazer gatinha, meu nome é Bulk Commoner. Opa, como vai, Aron?


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Aron Wormior VD Capitulo Seis: Más Recordações Natalinas



Aron partiu alegremente pelo longo corredor. No final ficava uma luz que revelava a saída. Ao passar por ela, Aron chegou a uma escadaria que dava para um lugar aberto, uma pequena faixa de terra cortada por tábuas de madeira. Era um tipo de fazendinha. Em sua entrada haviam 13 pessoas, em sua maioria adolescentes de 12 anos, e um homem mais velho de túnica cinza na frete deles.

Aron acenou para eles feliz, mas tropeçou no degrau que conduzia a área aberta, saiu rolando por eles até cair de cabeça no chão. Todos riram. O homem de cinza se esforçou para também não cair na onda. Todo sujo de terra, Aron se uniu aos outros aprendizes.

-Muito bem, como eu estava dizendo -Continuou o homem -Esse será o teste de vocês: Todo dia aplicamos testes diferentes, com diferentes níveis de dificuldade. Como atualmente em Rune Midgard estamos festejando o natal, decidimos fazer algo "Especial".

As crianças se entreolharam assustadas. O que será que ele quis dizer com isso? O homem sorriu da insegurança delas.

-Alguém aqui sabe o que é um Antonio? -Perguntou o homem. Uma jovem aprendiz de longos cabelos rosas e sorriso zombeteiro levantou a mão.

-É um tipo de monstro humanóide natalino. Só aparece no período de Novembro para Dezembro, vestido de Papai Noel, roubando aventureiros e presentes de criança.

-Muito bem! Eu não conseguiria dar uma definição melhor! -Sorriu o homem. Ele piscou um olho para a menina, que abriu um sorriso ainda mais largo, toda orgulhosa. -O objetivo de vocês será bem simples: vocês devem procurar e vencer nessa pequena área de treinamento três Antonios, e recuperar os itens que ficam com eles. Não vou fornecer nenhum tipo de arma, nem alimento. Vocês terão que arrumá-los por conta própria.

Um urro de manifesto cortou o ar. De crianças a adolescentes, todos estavam horrorizados com o objetivo do teste. "Só podem estar brincando!" Disse uma jovem de cabelos loiros que aparentava ter seus 14 anos. O homem de túnica cinza nem se abalou. Olhou para o sol, seus raios dourados despontando, fazendo luz aos seus olhos, e em seguida voltou o olhar novamente para o grupo de aprendizes.

-Têm mais uma coisa: Nesse campo atrás de você há apenas nove Antonios, o que siginifica que apenas três de vocês podem completar o desafio. -Os aprendizes tentaram protestar, mas o homem levantou a mão, em sinal de que ainda tinha mais a dizer. -Mais uma coisa: vocês têm apenas três dias para completarem essa missão. Desejo a todos uma boa sorte! -Em seguida, contornou a grande fileira de jovens e abriu o portão para a área de treinamento.

-Lembrem-se bem: vocês têm até as 6 horas do terceiro dia para me trazer os itens recuperados, e depois disso não irei aceitar mas os itens de ninguém. Por isso, é melhor se apressarem! Aqueles que me trazerem os três itens irão passar no teste e terão o direito de trocá-los por sua primeira espada como prêmio. Agora eu declaro esse teste Natalino para espadachim valendo. Podem ir.

Decepcionados os jovens foram a passos pesados em direção a entrada da área de treinamento. A garota de Cabelo rosa que anteriormente explicara o que era um Antonio olhou na multidão para ver se encontrava algum rosto conhecido, até avistar Aron, que estava de costas. "Quase me esqueci dele", pensou sorrindo. "Vou até lá tirar um sarro com a cara dele!". Ela aproximou-se do Rapaz e colocou a mão em seu ombro direito.

-Eu não acredito que você chegou até aqui. Você subornou o Guard...? –De repente, ela viu de relance o rosto de Aron e perde a voz, surpresa.

O garoto estava pálido, com as mãos e os olhos semicerrados, parecia estar sofrendo de alguma dor incomum.

-Você esta bem? -Perguntou a garota, preocupada. Como se saído de um transe, Aron abriu os olhos e sorriu para ela, sua cor levemente voltando ao normal.

- Melhor, impossível!

-Nem vem! Agora mesmo cê tava ai se segurando, como se alguma coisa tivesse te incomodando.

-Ah...

-Então, vai dizer o que é?

Nem Aron mesmo sabia direito o que estava sentindo. Quando ouviu o homem falar sobre o natal e papai noel, uma coisa estranha começou a passar por sua cabeça, uma sensação incômoda, como se uma antiga lembrança amarga estivesse tentando voltar a tona. Aron preferiu não tocar no assunto com a garota, e ao invés disso preferiu inventar uma mentirinha besta que não atingisse ninguém.

-Então, vai falar ou eu...

-Eu... ah... ESTOU COM GASES!!!!

-?

-Er... Culpa da taverna que tem lá na esquina, ouvi falar que eles servem bife de Peco Peco estragado no jantar.

-Oque? Ora, mas eu jantei lá e ainda não senti nada de estranho!

-Ha Ha Ha... então,cuidado! -Disse Aron, saindo estrategicamente em direção a área de treinamento, tropeçando numa pedra e batendo de boca em uma das tábuas de madeira que a cercam,perdendo mais um dente e deixando uma confusa Silphia Belnades para trás.

-xxx-

Já havia se passado uma hora desde o inicio do teste. Aron estava andando pelos campos sem fazer por$# nenhuma, pensando se ele conseguia contar quantas minhocas tinham naquele gramado, quando der repente ele esbarrou em alguma coisa e caiu de costas no chão.

Na sua frente havia uma criatura horrível, apavorante, vestida com uma túnica e o gorro vermelho. Havia um gancho no lugar de uma de suas mãos. Ela vira-se todo enfurecida para atacar Aron, mas esse rapidamente se levantou e segurou o seu gancho, balançando freneticamente pra cima e pra baixo, todo emocionado.
-Eu não acredito... o senhor é ...o senhor é... PAPAI NROE... quer dizer, PRAPAI NOUE... quer dizer... er... AQUELE-CARA-QUE-ENTREGA-PRESENTES-NO-NATAL!

O Antonio olhou surpreso e confuso para Aron. Com certeza não esperava uma reação tão amistosa.

-Poxa, sr.CARA-QUE-ENTREGA-PRESENTES-NO-NATAL, eu sempre quis conhecer o sr.pessoalmente, É muita honra pra mim. Por que o senhor nunca respondeu as cartinhas que eu escrev... ah é, eu não sei escrever... mesmo assim é muita emoção conhece-lo, sr... sr... Quem é o sr. mesmo?

E antes que Aron pudesse fazer qualquer coisa, O Antonio levantou a garra que o garoto estava segurando e a arremessou com força para baixo, jogando Aron com um grande impacto no chão. Em seguida a criatura começou a chutá-lo, fazendo Aron se contorcer no chão.

Algo começou a incomodar Aron. Não os chutes (Já estava habituado a apanhar desde novo) Mas algo em sua mente, em sua memória, começou a pressioná-lo com mais força, forçando-o a se lembrar de algo,algo que aconteceu a muito tempo e com muito custo ele tentou esquecer...

-XXX-

Era Natal nas ruas geladas e desertas de Alberta, a noite. Todos, inclusive muitos guardas, estavam em suas casas festejando o natal junto de suas famílias. Aron devia ter os seus quatro anos de idade. Estava com muita fome e muito frio, por isso estava se refugiando dentro de um barco nas docas, até um homem corpulento de vestes imundas encontrá-lo e enxotá-lo. Ainda caído no chão após o murro que levara do homem, Aron, ainda de bruços, chorava.

“Mamãe, Onde está a Senhora? Onde está o Papai? Por que vocês me deixaram sozinho? Por que me abandonaram? Vocês... não gostam de mim? Assim como todo mundo, vocês não gostam de mim? É isso, mamãe? Por favor, me responda... por favor, onde estiver, me responda”....

Naquele momento, de uma das tavernas saiu um homem, totalmente bêbado com uma garrafa de cerveja na mão. Era velho, tinha uma longa Barba Branca e vestia-se totalmente de vermelho. Estava vindo para as docas, totalmente fora de si, fingindo que brigava com alguma coisa invisível. Ao ouvir os passos e a voz, Aron rapidamente levantou a vista e olhou para a frente. Agora, em vez de lagrimas, um sorriso brotou em seu rosto.

"Ah, Papai Noel!"

Ainda trôpego, levantou-se e correu até o homem. Este, ao ver aquela coisinha pequena correndo até ele no meio da noite, em seu febril delírio, imaginou que fosse alguma coisa maléfica que queria fazer-lhe mal.

-Papai Noel, Papai Noel,Papai Noe....

O homem rapidamente jogou longe a garrafa de cerveja e segurou o garoto com toda a força.

-Ahh... -Gemia Aron, de dor e de medo. O homem retribuiu o olhar, seus olhos perversos contra aqueles frágeis olhinhos molhados. Ele o encarou demoradamente e, depois, com uma expressão de raiva, porém tranqüila, simplesmente disse:

-Suma. -E com toda a força, jogou o jovem Aron nas geladas águas de Dezembro das docas de Alberta.

Sim, pois todos sabem que entrar nas águas,seja de qualquer rio que fosse em Rune Midgard nos meses de Novembro e Dezembro era um completo suicídio. Aron sentiu isso na pele. Antes ele não imaginava que podia sentir ainda mais frio, mas agora vira o quanto estava enganado.

A água era de um frio tão gelado e forte, congelando cada célula de seu corpo, que para Aron a sensação era de mil facas o apunhalando bem rápido. Ele fechou os olhos... pensou em sua mãe, em seu pai, onde quer que estivessem. Como eles deveriam ser?

“Jamais irei saber... ai, é muita dor. Ninguém vai sentir minha falta... todos na cidade me odeiam, até mesmo o papai noel me odeia. eu não tenho motivos pra viver”...

Mas algo de repente começou a crescer na criança naquele momento. Um sentimento que até então jamais tinha demonstrado.

"Então...é assim que termina? Eu... ainda estou vivo? Por que... eu... eu não quero morrer! (Ele começou a mexer seus braços e pernas rapidamente, desesperadamente). Eu não quero morrer, não assim... meus pais, o povo da vila, até o papai Noel não gostam de mim... mas eu... eu... eu não quero morrer, quero viver! Eu vou provar a todos eles o meu valor! Eu vou... eu vou fazer com que eles me amem... eu vou... sobreviver!”

Assim, com um novo sentimento de esperança e coragem invadindo-o, o jovem de apenas 4 anos conseguiu o impossível: escapou da morte nadando até a superfície das águas das docas de Alberta, e prometeu a si mesmo que, não importa o que acontecesse, iria conquistar a confiança e amizade de todos que conhecia, nem que para isso fosse necessário fazer o possível e o impossível para realizar os seus sonhos.

-XXX-

O Antonio continuava a chutar com cada vez mais força o jovem garoto de cabelos verdes aninhado no chão. Ele parecia estar desacordado. A criatura cansara-se. Resolveu acabar logo com isso, e com o seu gancho preparou um ataque que atingiria o estômago do rapaz, rasgando-lhe a pele sem dificuldade. O Antonio preparou o golpe. Já estava a pouco de atingir o seu alvo, quando algo pesado, com toda a força, atingiu-lhe o ventre.

Atordoado com a dor, a criatura recuara alguns passos, com uma das mãos no local atacado. Ela olhava novamente para sua vitima e vira que o garoto, antes aparentemente desacordado, havia lhe aplicado um chute com toda a força com os dois pés.

Aron colocou-se de pé, arfando, como se estivesse fazendo um esforço muito grande para isso, e bradou:

-Esse... ainda... não é ...o fim! –disse com dificuldade, se apoiando com uma das mãos no chão. -Ainda não será dessa vez... -Ele olhou zombeteiro para criatura, que novamente estava surpresa. -Sinto muito, mas ainda não é dessa vez que eu irei morrer! Ainda tenho algumas coisas para provar, alguns sonhos para realizar (E piscou o olho para o Antonio)
e alguns monstros para destruir!

A criatura não quis nem saber. Novamente saiu em direção de Aron, com o gancho em posição de ataque. Aron só Esperou. Quando a criatura, que era mas alta que ele, abaixou-se para desferir-lhe um golpe com o gancho, rapidamente Aron pulou, subiu em seu braço e, com um movimento acrobático incrível, saltou para trás, ficando de cabeça para baixo no ar, fazendo os pés baterem com toda a força no queixo da criatura,que com o impacto caiu para trás no chão, derrotada.

"Eu Consegui! Eu venci minha primeira lut..." Pensou Aron, alegre, esquecendo-se que ainda estava no ar, caindo de boca no chão e, pra variar, perdendo mais um dente. Levantando-se, ele revirou o corpo da criatura, a procura do item perdido.

-Que item será que eu irei recuperar? –Perguntou-se Aron. Ele abriu a sacola que o monstro segurava, encontrando dentro uma velha meia furada.

-Er... bunitinha...

-xxx-

Mais três horas se passaram desde que o exame havia começado. O homem de túnica marrom, agora em companhia do outro homem que estava na entrada e que usava vestes parecidas, conversavam animadamente nas escadarias da sede dos espadachins, a mesma escadaria que ficava de frente a área de treinamento. O sol começava a esconder-se no horizonte atrás das montanhas ao Norte.

-Que preguiça! -Despreguiçando-se o primeiro. -Então Brutus, o que acha do grupo de jovens que estão ai prestando o exame hoje?

-Todos uns inúteis. Para dizer a verdade, teve uma menininha de cabelos rosas que me pareceu ser a mais qualificada para passar no teste. Se a aprovação dependesse só de mim, ela seria a única aprovada.

-Sei. Então me diga: o que você achou daquele garoto de trajes alaranjado?

-O de cabelos verdes?

-Esse.

-Puff, só mais um perdedorzinho que não têm a mínima chance. Quem é ele?

-Chama-se Aron Wormior. Acredita que ele tem 17 anos e nunca prestou exame algum?

-Sério?

-Pois é! -Riram os dois. -Ah, só você mesmo para me fazer rir, Jacob. Bem, vamos nos retirar?

-Está bem -Os dois começaram a se levantar devagar.

-Ei Jacob, você já ouviu aquela piada do Poring, do Lunático e do Baphomet que chegaram... -Mas aonde eles chegaram, Brutus jamais soube. Uma sombra no cair da tarde projetou-se acima das outras, atrás deles. Assustados, os dois olharam para trás. Ali em pé, projetando a sombra naquele final de tarde, estava Aron, triufante, segurando as três meias e com um sorriso maroto.

-Ok, eu passei no teste. Onde está a minha espada?

domingo, 29 de janeiro de 2012

Melhor de 2011

Sim, ano passado o cinema não foi muito marcante para mim. Mesmo com bons filmes, como Capitão América, apenas um realmente mereceu figurar com essa classificação:

The Beaver (um novo despertar):

Um velho e deprimido empresário, dono de uma rede de lojas de brinquedos (Mel Gibson, expetacular) encontra uma forma pouco ortodoxa de expressar suas frustrações: através de uma segunda personalidade encarnada por um fantoche de castor. Através disso, o personagem de Gibson consegue recuperar o controle de sua empresa, mas não de sua família.

Entre os recursos que ajudam a contar e validar a história, um que merece atenção é a genialidade como a película mostra o protagonista contracenando com o fantoche. Ao invés de cortes fechados para o boneco quando este fala, dando a entender que é outro personagem, a câmera quase sempre mostra os dois juntos, dialogando, e a boca do ator Mel gibson se mexendo quando o "Castor" fala. A intenção disso, como o próprio telespectador vai percebendo, é a de que o castor controla o protagonista, e não o oposto. Isso, somado a uma direção competente da diretora Jodie Foster, e de atuações impecáveis de todo o resto do elenco, fazem de Um Novo Despertar uma experiência única.

Menções honrosas

Incêndios



Filme incrivelmente original e impactante, que merecia um post a parte. Infelizmente, é de 2010, por isso a menção.

Cashback


Assim como The Beaver, esse é outro filme que teve muita importância para mim. É a história de um jovem que entra em depressão e perde a vontade por tudo. Insône, ele decide trabalhar em um mercado, sem saber que a mudança de ares e pequenos detalhes farão toda a diferença em sua vida. Acredite, ao contrário da premissa fraca que acabei de escrever, trata-se de um filme excelente.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Aron Wormior VD Capitulo Cinco:Tem coisas que o dinheiro não compra. Só não sei o que...


Levantando do chão e recolhendo mais um dente perdido, Aron lançou um olhar demorado para as pessoas a sua frente: milhares de aprendizes em um fila quilométrica. A fila é tão grande que ia de ponta a ponta do casarão. Uma loucura! tinha gente pisando na outra, montando na outra, roubando da outra (embora fosse a sede da Gilda dos espadachins... mas, pensando bem, eles ainda eram aprendizes, então...), tinha gente até sendo empurrada pelas janelas laterais.

-UAU! –Animou-se Aron. Estava maravilhado com aquele amontoado de pessoas, uma em cima da outra. Feliz, ficou esperando como o ultimo da fila.

7 horas depois, Aron já estava no finalzinho da fila, só restavam 1.555.223 pessoas na sua frente, e 555 pessoas ao seu lado (a sala estava tão cheia que era impossível formar uma fila indiana...). Um dia depois, quando restava apenas uma pessoa a sua frente e 40 ao seu lado, foi impulsionado com força contra uma janela, quebrando-a e fazendo o garoto cair para fora do aposento. Ele levantou-se e viu que era impossível voltar pela entrada da janela, porque ela era muito alta. Aborrecido, contornou a edificação, entrou novamente e voltou para o final da fila.

Na sua frente, uma garota de longos cabelos rosados, túnica branco marfim, esperava aborrecida.

-Mas que droga! Já estou esperando aqui nessa fila a um mês! Brincadeira....

-Eu estou aqui só há um dia e pouco -Disse Aron, encostando o rosto no ombro da garota.

-Gunf! Ninguém pediu a sua opinião! –Ralhou a garota,dando uma cotovelada na boca da barriga de Aron, fazendo este cair de cabeça no chão, apertando a mesma e a barriga com força em posição fetal.

-Ai...Você tem muita força...

-Obrigada, mas não precisa me bajular só porque sou mais forte que você. Essa fila não é o lugar apropriado para uma grande espadachim como eu!

-Você quis dizer futura espadachim, nã...

Aron ainda no chão levou um chute.

-Ninguém pediu sua opinião!

A garota olhava para frente da fila. No mínimo haviam umas trocentas pessoas a sua frente, na mesma situação que ela e Aron. Ela pensou, pensou um pouco, e então teve uma ideia:

-Ahhh -Gritou a garota bem alto. Por ser a penúltima da fila, poucas pessoas ouviram. Furiosa,ela subiu na cabeça de uns aprendizes a sua frente, deu uma cambalhota no ar até o teto, segurou o lustre de metal, fazendo-o balançar freneticamente.

-EU DISSE: AHHHHHHHHH! –Berrou. Dessa vez, todos olharam para ela.

-Ahãm (Tosse fingida): Aquilo ali embaixo não é um poring?

Pânico total no estabelecimento.

-AHHHHHH, UM PORING, UM PORING MALVADO! TIRA ELE DE MIM, TIRA! AHHH –Desesperou-se um homem alto,forte e musculoso, aparentando ter uns 20 anos e ainda aprendiz, correndo em direção a saída junto com uma multidão assustada (Nem é preciso dizer que Aron, por ser o último, foi pisoteado por todos, não é?)
-Ha, sempre funciona! -Disse a menina, dando novamente uma cambalhota e caindo de pé, junto a um Aron pisoteado.

Na frente dos dois havia apenas 12 participantes. Agora que a fila diminuiu, dava para se ver o final da sala: na frente dos aprendizes havia um homem de aparência rudimentar, careca e de barba mal feita, vestindo uma túnica cinza. Ele se demorava falando com o aprendiz que estivesse na frente da fila e depois o mandava para uma sala atrás de si.

Algumas horas depois chegou a vez da garota que estava a frente de Aron.

-Bom dia! -Disse o homem, lhe dando um sorriso.

-Bom dia um CARA... quer dizer, Ha-ha-ha, bom dia para o sr. também, seu moço.

-Nome?

A garota fez uma pose.

-Silphia Belnades, a melhor Espadachim de Rune Midgar...

-Idade?

-Ah? Er...12 anos.

-Certo. É só passar por essa portinha aqui atrás. Boa sorte!

Silphia parecia decepcionada pelo homem não ter prestado atenção. Ela passou pela entrada atrás do homem.

Era a vez de Aron.

-Nome?

-Aron Wormior.

-Idade?

-17 Anos.

O homem olhou de relance para Aron.

-Já prestou alguma vez o exame para Espadachim?

-Na verdade, eu nunca prestei exame nenhum.

O homem parecia surpreso.

-Não me diga que você... você optou por ser aprendiz por 5 anos?

-Ah? Como assim?

-Garoto, em que mundo você vive?

-Ah... Plutão?

O homem colocou a mão no rosto. "Mais um maluco que me aparece. Odeio esse emprego..."

-Er... meu jovem, alguém só é declarado oficialmente Aprendiz aos 12 anos, isso com uma declaração dos pais. Após um ano com o certificado em mãos e com mais de 8 trabalhos realizados para os reis ou habitantes de cidade é que você pode vir aqui tirar o seu ticket para participar do teste para espadachim. Se não, qualquer um poderia se tornar um espadachim,e não é isso que queremos,entendeu?

-Ahhh. -Disse Aron,decepcionado. -Mas o meu amigo Bluik disse que eu só precisava dar esses troços aqui para poder me escrever...

Os olhos do homem soltaram faíscas ao verem os milhares de Zenys nas mãos de Aron. Era tanto que ele estava com as mãos em forma de concha para segura-los.

-Er... por outro lado -Disse o homem, com a voz cheia de bondade -Isso pode resolver um pouco as coisas! -Ele tomou todos os Zenys das mãos de Aron e os colocou com dificuldade em sua bolsa.

-Isso quer dizer que eu posso passar? -Sorriu Aron.

-É claro.

-Ueba! -Aron corre em direção a entrada, mas foi barrado pelo homem.

-Espere! Não é assim tão fácil...

-Ah? Como assim, o sr. disse que...

-Sim, mas você não pode entrar assim sem mais nem menos. Já sei, vou fazer um pequeno jogo de perguntas e respostas com você! Se passar, você pode ir fazer o teste. Se perder, Infelizmente terá que ir embora.

-Com os meus Zeny?

-Er... sinto muito, não faço devoluções.

-Mas você disse que...

-Preparado para primeira pergunta?

-Tô!

-Muito bem, primeira pergunta: O que é Ragnarok?

A. Batalha de humanos contra monstros
B. O nome de uma cidade
C. O nome do meu tio
D. Uma marca de carro

Aron pensou um pouco.

-Gelatina!

-Er... só pode ser uma das alternativas...

-ah...

-Então, qual das alternativas é a certa?

-Ah, eu num ouvi, quais foram?

-Ai meu deus...

O homem repetiu as alternativas.

-Gelatina!

-Eu já disse, só pode ser uma das quatro!
-Quatro o que?

-QUATRO ALTERNATIVAS QUE EU DEI!

-Que alternativas?

-TÁ, OLHA, VOCÊ PASSOU, PODE IR,VAI! -Disse o homem empurrando Aron,que feliz correu em direção a porta que ficava atrás do homem.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Aron Wormior VD Capitulo Quatro: Lições de Comércio por Bulk Commoner



P.s: Cito alguns lugares que não existem no game, mas faço isso para incrementar e enriquecer ainda mais a historia e o mundo de Rune Midgard.

...

Mentira, era porque eu não conhecia muito bem as localizações do jogo e tomei várias liberdades criativas. Mas foi essa a desculpa que usei da primeira vez, então...

Ok, vamos lá!

-----------------------

Na saída dos esgotos de Prontera, lá estavam Aron e Bulk na frente de um monte de guardas.

Por demorarem uma semana para saírem do esgoto, os guardas haviam montado acampamento na frente da saída e todos os dias armaram festas enquanto esperavam os fugitivos. Duas semanas após se estabelecerem no local, os guardas estavam enchendo a cara de poção vermelha, deitados no chão da floresta, recuperando-se de uma festa (leia “orgia”) que teve na noite anterior, quando todos ficaram dançando com umas garotas "contratadas especialmente para a ocasião"; quando um homem de túnica branca, chapéu rosa e uma máscara de aparência demoníaca (um sorriso amarelo... quer dizer, amarela com um sorriso) saiu dos esgotos correndo todo alegre e, agachando-se e encostando o rosto no chão, o esfregou na terra. O cara tava tão alucinado que nem percebeu a presença dos guardas.

Após esse, um garoto saiu dos esgotos. Com um curto cabelo verde e túnica laranja surrada, todo sujo (Que nem o seu companheiro) ele começou um diálogo com o homem de branco. Sorrindo, o garoto mostrava os poucos dentes que ainda restavam em sua boca.

-Ei, Galadary -Cochichou um dos guardas. -Vamos aproveitar que eles ainda não perceberam nossa presença e vamos emboscá-los!

-Boa. - Galadary balançou a cabeça. -Onde está o mestre Gorry?

O primeiro guarda apontou para debaixo de uma árvore.

-Mas ali só tem um monte de garrafas de bebidas jogadas!

-O mestre Gorry está debaixo delas.

-Certo, eu vou acordá-lo. Você reúne os outros homens, certo?

-Não posso, já marquei de levar as "meninas" pra casa delas. Sabe como é, andar por aqui é perigoso, pode ter um monstro ou um Ladino espreitando pelos cantos...

-Então eu vou ter que acordar todo mundo sozinho?

-Vai. Faz de conta que a gente tá no colégio de espadachins novamente,quando eu te batia e obrigava a limpar o meu quarto,minhas roupas, e a me dar aquele banho uma noite antes da formatura quando eu fiquei bêbado após encher a cara com o vinho que eu roubei do professor.

-...Valeu por lembrar dos meus traumas de infância...

-Que nada Bro, tô aqui pra ajudar mesmo -Disse o primeiro guarda,dando um tapinha nas costas de Galadary. -Agora eu tô indo. Tem umas meias minhas sujas que eu deixei jogadas por ai pra tu lavar e... ah, hoje é o dia de você lavar a roupa da tropa toda, então não nos desaponte ,o rei conta com você!

-Droga de vida...

Algum tempo depois, lá estavam todos os guerreiros em prontidão (Meio zonzos) cercando os fugitivos. O líder Gorry, um homem ruivo de estatura média, estava segurando uma garrafa de bebida em uma mão e sua espada (pela lâmina) na outra.

- Guardas, nos achamos nossos fugitivos. Podem prendê-los!

-Opa, podem parar! -Disse Bulk,se levantando. -Eu não pretendo voltar para cadeia tão cedo! Aron, Estratégia de ataque armada numero 2!

-Estratégia de ataque numero 2? Eu nem sabia que a gente tinha isso! Qual é...

Buck passa correndo, pega a mão de Aron e corre para a floresta.

-CALA A BOCA E CORRE! -Gritou Bulk, levando Aron, que tropeçou e caiu no chão, sendo arrastado a força por Bulk por toda a floresta.

-Ei, vocês!-Ordenou o líder Gorry, apontando o cabo da espada para os dois -Voltem aqui! Guardas! -Mas os guardas estavam chapados demais para correr. Então Gorry deixou-se jogar no chão com toda a força,cansado.

-Ah, deixa pra lá,no estado em que estão eles não podem sobreviver muito tempo nessa floresta mesmo.PODEM CONTINUAR CORRENDO,SEUS MONTE DE...

Em seguida, ele se vira para os guardas.

-Muito bem, quem tem um baseado pra me emprestar?

***
Depois de um tempo correndo, finalmente Bulk para e solta Aron.

-É, Puf, Puf... acho que... estamos seguros... aqui -Suspirou Bulk, colocando as mãos no joelho,cansado.

-Num sei não... -Gemeu Aron, levantando-se e limpando o rosto. -Será que eles não podem seguir esse rastro de sangue do meu rosto que ficou ai no chão quando você me arrastou por ele?

-Bah Aron, você se preocupa muito com detalhes. Vamos em frente, tenho um bom pressentimento sobre esse lugar.

-Posso ir mesmo com você?

-Mas é claro!

-Poxa Bluik, eu nunca tive um amigo antes...

-É Bulk.

-Que seja. Vamos?

-Simbora.

Após mais um dia de caminhada, eles chegaram na cidade de Izlude. Reunidos ali, nos portões da cidade, estavam todos os tipos de aventureiros,vendedores e aprendizes, que de tão novatos não sabiam nem onde era a entrada.

-Ei Aron, olha só aquele monte de aprendizes, huahua, num sabem nem como entrar na cidade.

-Ha Ha, é mesmo! –De repente, Aron ficou sério -Ah...

-O que foi?

-Me lembrei, eu também sou aprendiz.

-É mesmo? Eita, nem percebi. -disse Bulk,surpreso. -O que você pretende ser?

-Limpador de cascos de Nav...

-Eu tô falando de uma profissão heróica.

-Ah... ainda não tinha pensado nisso. Talvez espadachim...

-Certo. Bem, então estamos com sorte, essa cidade é a Gilda dos espadachins. É isso mesmo que você quer ser?

-...

-Aron?

-Tá, é isso mesmo.

-Certo. Eu te levo lá e espero você acabar os seus testes, mas para fazer o exame, você precisa de dinheiro.

-Dinheiro?

-zeny.

-Ahhh... mas como vamos fazer pra conseguir?

Bulk sorri.

-Ha! Veja e aprenda.

Bulk falou com um guarda dos portões. Depois, com uma placa nas mãos, ele chegou perto de Aron, sentou-se no chão e fincou a placa no seu lado.

CURA PLZ -Só 50Z.(Baratinhu!)


-E ae, quem vai ser o primeiro idiota a entrar na fila?

Um idiota entrou na fila.

-Eu! Eu!

-Aff! Você não Aron,outro idiota!

-Ah...

Um idiota saiu da fila.

Duas horas depois, Bulk já estava com 2k* no bolso, sem um pingo de mana e com as mãos formigando. Ele levou Aron ate a cidade, onde lá entraram em uma taberna, tomaram banho e comeram algo.

Depois de dormirem um pouco, finalmente Bulk levou Aron até a Gilda dos espadachins.

-Bem Aron, é aqui. A grande Gilda de espadachins de Payon. Aqui está o dinheiro, boa sort.. NÃO ARON, ISSO NÃO É PRA COMER!

Aron retirou uma das moedas da boca, junto com um dente.

-Doeu!

-Aff! Entra Logo! -Mandou Bulk, empurrando Aron para dentro da Gilda.

*2k = 2.000 em dinheiro.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Aron Wormior VD Capitulo três: Sentido inútil



Ainda rodando Aron cai, pra variar, de cara no esgoto. Limpando o sangue do rosto e recolhendo mais um dente perdido, ele se encontrava em um lugar imundo, cheio de... ãh..."detritos" humanos. Sentado em um monte cinzento a sua frente estava o homem com máscara do coisa-ruim.

Você está bem? -Perguntou o homem, sentado numa boa, como se isso fosse mais uma pergunta banal do que por preocupação.

–Estou -Respondeu Wormior. -Você não se machucou na descida?

–Não. Eu tive sorte de cair bem em cima desse Peco Peco morto. Ai eu puxei pra cá e fiquei aqui esperando sentado até você cair.

–Ah...

–Bem -Começou o homem se levantando. –Deixa eu me apresentar. Meu nome é Bulk Commoner, e sou noviço. E você é...?

–Eu sou Aron Wormior! -Bradou o garoto, levantando-se todo feliz -E eu sou um limpador de cascos de Navio!

–Sei...

–legal, né? =D

–É...

-E ai, você sabe como fazemos pra sair daqui?

–Hum... bem... -O homem, que estava de frente para Aron, virou para a esquerda, até uma entrada escura. Ele colocou a cabeça lá dentro, como se na esperança de ver algo.
–De acordo com os meus cálculos... -Depois,virou o rosto para Aron. -A saída é por aqui!

–legal! –Animou-se Aron, pulando que nem uma gazela, ou um Peco Peco bêbado, em direção ao noviço, mas perto deste ele parou e perguntou,com o rosto surpreso.

–Mas como você sabe disso?

–Há! (Bulk cruzou os braços): Eu tenho uma intuição são muito bons! Ela sempre me salvou dos grandes perigos. Já cruzei o deserto todinho até a cidade de Morroc só usando ela. Pode confiar!

–Hum... -Aron apontou pra outra caminho a direita -Tem certeza que a saída não é essa?
Eu acho que consigo ver uma luz bem fraca saindo por ali...

–Putz, mas como você é chato! Eu já não disse que tenho certeza que essa é a saída daqui? Bem, mas se você quiser, pode ficar aí parado!

–...

–E ai, vamos nessa?

–Vamos.

–Você vai ver, minha intuição nunca me deixou na mão antes!

*Duas semanas depois...*

Suados, enlameados, enfim, totalmente imundos, os dois continuavam andando no escuro do esgoto...

–Agh! -Ralhou Bulk. -EU TE DISSE que era pra gente virar naquela entrada a direita, logo no começo, que eu pensei ter visto uma luz fraca saindo de lá. Mas...nããããoooo.... você quis vir por aqui, porque "tinha certeza que era por aqui, que essa tua intuição idiota tava te dizendo que era por aqui.

–Desculpe.

–Desculpe nada! A culpa é toda sua!

–Foi mal...

–Aghhh! Eu posso até sentir a barba roçando dentro da minha másc ...Ahhhhh! A saída!

–Ond...? É mesmo!

Uma pequena luz podia ser vista a frente um pouco longe deles.

–HA-HA-HA-HA-HA! -Riu Bulk, todo feliz, correndo que nem um alucinado -EU NÃO TE DISSE que a saída era por aqui?

–Foi mesmo! –Seguiu Aron, todo feliz.

Os dois correram em direção a luz.

–Liberdade, aqui vou e...-Ele parou de repente, atônito.

–E ae, cadê a saíd... eiiiiiii.... -Aron saiu correndo até um monte cinzento. -Esse Peco Peco morto não parece com aquele Peco Peco morto que tu tava sentado antes?

–Bem, Aron...-Disse Bulk, com a voz tristonha. -É porque é ele mesmo! NÓS VOLTAMOS PRA MESMA SALA EM QUE ENTRAMOS!

Aron foi até a saída da direita.

–Ei Bulk, vem ver isso aqui, rápido!

-BUUUUUAAAAAA! Eu só tenho 45 anos, sou muito novo pra morreeerrrr....BUUAAAAAAA!

–Ei Bulk!

–E eu tinha tantos planos... eu queria tanto conhecer a filha gostosona do rei de Prontera... chuif, chuif, dizem que ela dá pra todo mundo, era com ela que eu queria perder minha virgindad...

–Bulk,eu achei a saída!

–SÉRIO? -Bulk saiu correndo, atropelou o coitato do Aron e entrou pela passagem a direita, indo até o final.

No fim, ele saiu em um lugar ao ar livre, cheio de árvores. Bulk jogou-se de joelhos no chão, e começou a esfregar a cara (com a máscara) na terra.

Aron chegou pouco depois.

–Puxa Bulk, bem que você disse. A saída era aqui mesmo!

–Ah? Ah! -Ele se levantou. -É claro que era aqui! Minha intuição nunca erra!

–Você tem um sentido muito bom.

–É, tenho mesmo. –Gabou-se Bulk. -Agora, ele tá dizendo pra irmos por aqui, vam...-Mas de repente, ele caiu de costas no chão. Bulk olhou para frente e viu vários guerreiros: um de cabelo ruivo chegou a frente dos outros, a espada em uma mão e uma garrafa de cerveja na outra...

–Puxa! Mas vocês demoraram! -Disse o homem, zombando. -O que ficaram fazendo ai dentro por duas semanas?

–Procurando a saída! -Disse Aron.

–O que? Que tipo de idiota não pegaria um caminho com um nome bem grande em vermelho escrito "SAÍDA", bem em cima?

–Tava escrito saída? -Perguntou Aron. -Ah, é mesmo, eu não poderia saber, eu não sei ler...
–Opa, eu também não! -Disse o noviço, levantando a mão.

o cavaleiro ruivo os olhou com desprezo.

–Tá bom... guardas, nós achamos nossos fugitivos. Podem prendê-los.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Medo



(Encontrei esse texto em uma antiga anotação de um diário, que escrevi por volta de 2001 para 2004. Achei interessante o suficiente para registrá-lo aqui).

Medo. Um ato de sobrevivência presente na maioria dos seres vivos da terra atual. Sem o medo, lutaríamos com alguém mais forte do que nós, desafiaríamos bandidos e pularíamos em precipícios sem segurança nenhuma.

Realmente, o medo faz parte de nossa vida em muitos momentos: quandos estamos sozinhos, quando está de noite e andamos em uma rua escura, quando pensamos na morte... enfim, as variações desse sentimento são quase infinitas.

Sinto medo quando atravesso ruas movimentadas. Sinto medo quando recebo o boletim e tenho que entregá-lo aos meus pais. Sinto medo quando imagino quantas pessoas matam e morrem pela religião ou por dinheiro. Sinto medo quando leio todos os dias os jornais e percebo que a humanidade continua em um lento processo de autodestruição e, ainda, levando o planeta junto...

Mas ainda sinto esperança quando ligo a tv e vejo pessoas desaparecidas serem encontradas, quando vejo o excelente trabalho de ONGs e quando fico perplexo ao ver as maravilhas da ciência moderna rumo, espero, a imortalidade.

Sim, eu admito que sou medroso, eu admito. Mas não sou covarde. Um medroso se preocupa apenas em se defender, já o covarde é aquele que se deixa dominar pelo medo e se aproveita dos outros para chegar aonde quer. Como se pode ver, há uma grande diferença entre os dois.

Essa é a minha sincera opinião.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Aron Wormior VD Capitulo dois: Entrando pelo ralo!





E assim, os guardas levaram o pobre Aron que não havia feito nada demais (A não ser ter nacido) para a prisão. Chegando lá, um dos guardas percebe que perdera a chave da cela, então os dois decidem expremer Aron até que ele finalmente passe pelas grades, só com pequenas escoriações, ematomas e alguns ossos quebrados.

Sentindo-se melhor, o garoto levantou e observou sua nova casa. Lá dentro haviam mais três detentos: um com as roupas em frangalhos, sentado na privada pública da cela e dormindo apoiado com a cabeça na parede; outro, com uma fantasia de Peco Peco, ficava pulando e circulando a cela; o terceiro, e pior de todos, usava uma túnica totalmente branca, e uma terrível, bizarra e aparentemente diabólica máscara amarela com um sorriso alegre. Ainda no chão, Aron teve certeza que aquilo devia ser de alguma ceita de adoradores de demonio, pois ninguém teria tanto mal gosto...

Aron levantou-se e chegou perto do segundo detento, o da privada, e em seguida deitou no chão novamente.

"Tenho que arranjar uma forma de escapar daqui!" Pensou o garoto. "Mas como? Nunca estive preso antes, sempre que os guardas me pegavam e me levavam pra cadeia, não sei porque os detentos ficavam em pânico e ameaçavam fazer rebelião lá dentro. Era muito estranho... acho que eu tive sorte nesses dias. Mas bem, se eu quiser fugir daqui, acho que vou precisar pedir ajuda a esses caras... mas vou perguntar deitado mesmo, que esse osso que tá exposto na minha perna tá me incomodando..."

Aron virou-se para o cara da privada.

-Aew! -Disse Aron, mas o cara nem reagiu.

-Eu disse... aew! -Mas o cara continuou durmindo.

Então, Aron levantou-se e, mancando, chegou perto do homem.

-O moço... -Ele disse, tocando no detendo, que desequilibrou-se e caiu no chão de cabeça.

-Caramba! Olha seu moço, por favor, me desculpa, foi sem querer, eu não fiz por mal!!!

-Zzzz...
-...

Nesse momento, o detento vestido de Peco Peco esbarrou em Aron, Jogando o garoto de cara na privada pública. Ele levantou-se, um líquido estranho pingando de seu rosto.

-Er... com licença... o senhor sabe me avisar... -Mas o cara vestido de Peco Peco passou girando e esbarrou em Aron novamente, dessa vez jogando ele sentado na privada, mas como o garoto é um pouco magro, praticamente entala nela, se sujando com todo o líquido ali reunido.

Levantando-se e limpando, Aron vira para o dentento com máscara de demônio:

-Com licença...o senhor podia me ajudar?

-Claro meu filho -Diz a figura demoníaca. -Em que posso ajudá-lo?

-É que eu estou aqui por um crime que eu não cometi.

-Todos nós meu filho, todos nós.

-E queria saber se tem alguma forma de escapar daqui. Eu sei que isso é uma pergunta boba, mas... o senhor tem alguma ideia?

-Claro!

-Sério?

-Não -Disse o homem, dando de ombros. -Mas você começou.

-Ah... beleza, então...

Assim, Aron tentou colocar a cabeça, a parte mas dura de seu corpo, para pensar... então ele lembrou-se do homem sentado na privada anteriormente, com a cabeça na parede, e tem uma grande ideia. O homem da máscara-marela-demoníaca percebe o olhar de Aron para a privada, e se levanta satisfeito.

-É mesmo! Puxa,garoto, você é mesmo um gênio! É só agente entrar naquela privada e puxar...

-Iaaahhhhh -Grita Aron, correndo em direção a parede com toda a força, empinando a cabeça como um touro. Ele bate a cabeça com toda a força na parede, e depois cai pra trás, segurando-a em posição fetal no chão. Ele tenta se levantar, mas o homem vestido de Peco Peco passa correndo e o atira no chão novamente, fazendo Aron bater a cabeça na privada, que com dor novamente a segura em posição fetal no chão.

Homem da máscara demoníaca:

-Ah... e se nos simplesmente não subíssemos na privada e dessemos descarga?

-Ah? -Perguntou Aron totalmente desnorteado, com um dente perdido na cabeçada.

-Assim! -Respondeu o homem, pisando em Aron, entrando na privada e dando descarga. Em seguida ele começa a girar bem rápido.

-Te esperrooo lá embaixxooooooo -E desapareceu lá dentro.

-Legal! -Animou-se Aron. Ele levantou, entrou na privada, mas de repente o cara vestido de Peco Peco (De novo...) pulou em cima do garoto, atirando-o no chão.

-AFFF!!!! -Reclamou o rapaz, irritado. -Você é um super Babaca!

-EU SOU O SUPER BABACAAA! -Gritou o homem, levantando os braços para cima e pra baixo e circulando novamente feliz a cela.

Sem nada dizer, Aron entrou novamente na privada, deu descarga e começou a girar rapidamente. Só que nessa velocidade ele bateu novamente a cabeça na caixa d água enquanto entrava pelo ralo.


Perfil do desenhista no deviantart aqui.