sábado, 29 de maio de 2010

O escritor Fantasma (The Ghost Writter)



Ewan McGregor é o personagem-título. Literalmente


Não gosto de filmes com tramas políticas, os acho mais "viajados" para minha mente do que os filmes de fantasia que gosto (para se ver como as coisas dependem de um ponto de vista). No entanto Ghost Writter foi uma surpresa para mim, pois mesmo não sendo de um estilo que me agrada, conseguiu me prender e agradar até o fim.

Um escritor fantasma é aquele que escreve biografias e livros do tipo sem ter o seu nome vinculado a obra. O protagonista, vivido por Ewan Mcgregor, nem recebe um nome, um detalhe interessante e ao mesmo tempo irônico do filme: uma pessoa que se "passa" por outra ao escrever as suas memórias, e nem ao menos descobrimos como se chama no filme. Como se apresenta como "Ghost Writter", podemos dizer que esse passa a ser mesmo o seu alter ego.

Pierce Brosnan em excelente atuação (embora na imagem acima esteja um pouco picareta...)

Sim, mas vamos a trama: o escritor de memórias de um político (Pierce Brosnan, em uma atuação muito talentosa), que também é um "ghost writter", morre afogado em uma praia. Como a figura tratada no livro é alguém importante e polêmico, a editora logo trata de encontrar outro para dar um tratamento ao manuscrito pronto, que é o personagem de Mcgregor. Britânico, o escritor se muda para os Estados Unidos, onde o político de sua mesma nacionalidade resolve os problemas políticos. Inicialmente, o trabalho de Mcgregor é fácil, apenas algumas conversas e revisar o que já foi escrito. Mas com o tempo, os problemas do político afloram, a ponto do escritor, que passa a morar na mesma casa, passar a se ver envolvido não só por eles mas também por uma verdadeira teoria da conspiração.

Embora tenha ótimos atores e uma trama de qualidade que prende a atenção do telespectador até o fim, O Escritor Fantasma pode ser um filme cansativo para quem está acostumado com os blockbusters de explosão e cenas de ação que pipocam o tempo todo na tela. No lugar disso, apresenta uma tensão bem explorada, que não te deixa aflito, mas sim curioso para saber como termina. Até mesmo os cenários, que são, vamos dizer assim, "econômicos" para um filme desse tipo, ajudam a contar bem a história.

O filme possui atores muito bons como Olivia Williams (esposa do político vivido por Brosnan) e Tom Wilkinson, que são personagens importantes na trama

Só há um ponto que me deixou um pouco decepcionado em toda a pélicula, que é particularmente seu desfecho. Mas exceto por esse detalhe, é um filme inteligente e um pouco acima da média do que é feito hoje em dia em Hollywood. Ou seja, provavelmente sua bilheteria será ruim.

sábado, 22 de maio de 2010

Fúria de Titãs

A esquerda, cartaz japonês do longa. A direita, desenho feito por Masami Kurumada, criador de Saint Seya (cavaleiros do zodiaco, no Brasil)

Confesso que não estava muito empolgado com esse filme, mesmo após ver o seu trailer, que é muito empolgante. Assistí-lo foi apenas uma desculpa para sair com um amigo que não via a tempos. No fim das contas, Não me surpreendi, mas também não fiquei decepcionado: Fúria de Titãs é apenas regular.

Zeus (Liam Neeson) em sua armadura purpurinada... e depois reclamam dos vampiros de Crepúsculo

Na trama, Perseu (Sam Worthington), filho de Zeus com uma humana, é pego no meio de um fogo cruzado de Hades contra humanos, perdendo sua família adotiva. Por causa de uma cadeia de eventos, ganha a chance de vingar-se e fazer justiça ao mesmo tempo. Para os que gostam de história, Fúria de Titãs poderá irritar profundamente: o filme modifica certas partes da mitologia grega a favor do roteiro que os produtores queriam contar. Então, temos Zeus como o criador da humanidade, apenas para que os roteiristas pudessem fazer uma relação de amor e punição, presentes na visão divina cristã. Outros pontos da história, que na verdade é uma versão da lenda de Perseu e Andrômeda, também foram alterados. É a tal adaptação "Hollywoodana" a todo vapor... só que até mesmo com histórias desse tipo?

Ralph Fiennes é Hades, senhor dos mortos


O roteiro também é simplista demais. O começo desenvolve-se tão rápido que seus eventos soaram meio forçados. Outras passagens também são assim, algumas nem se dão ao trabalho de serem explicadas, fora as cenas de luta que são confusas... enfim, se a intenção é assistir ao filme para comparar com sua versão original de 1981 (essa é um remake), ou para quem gosta de história grega, não é a melhor pedida. Ainda assim, Fúria de Titãs consegue divertir e não é cansativo.

domingo, 9 de maio de 2010

Chegou meu R4! o/ (E o "bug do do primeiro portal ")


Já fazia um bom tempo que eu almejada esse cartucho. Para quem não sabe, serve para colocar roms (jogos, no caso de Nintendo Ds) baixadas na internet e jogar no aparelho. Em outras palavras, não preciso mais me preocupar em comprar jogos! (exceto Pokémon Soulsilver e Platinum... mas ai é outra história, é porque eu quero mesmo).

O R4 é um cartucho normal de NDS, com um espaço para se colocar uma memória flash. Ele ainda acompanha um pendrive para a memória, então é só ligá-la no computador e passar as roms. Assim mesmo, simples e fácil. Embora seja bom formatar primeiro a memória. Para isso, basta apenas apertar com o terceiro botão do mouse no ícone dela no pc, escolher a opção "formatar" e em seguida, escolher em uma das caixas da janela que aparecerá a opção "Fat 32". No link abaixo, pode-se ter uma melhor ideia dos primeiros passos com o cartucho:

http://www.scribd.com/doc/45919/Guia-Definitivo-do-R4-DS

Bem, sou uma pessoa metódica que só coloca um game por vez, a medida que vou zerando o anterior. Então pensei, qual seria o jogo que estrearia no meu R4? Na hora em que liguei a memória no pc optei por este, não sei se vocês conhecem (irônia mode ON):


Considerado um dos melhores games de todos os tempos, Chrono Trigger é original de 1995 e produzido pelo "time dos sonhos", como foi chamado na época: Hironobu Sakaguchi (produtor da série Final Fantasy), Yuji Horii (diretor da série de jogos Dragon Quest), Akira Toryama (criador dos mangás Dragon Ball e Dr. Slump), o produtor Kazuhiko Aoki e Nobuo Uematsu (músico de Final Fantasy). Tive o prazer de ver esse jogo no meu Super Nintendo quando era pequeno (tudo bem que o cartucho era dos meus primos, mas foi algo ainda assim marcante) e jogá-lo depois em um emulador, embora sem som.Tremendamente divertido, a versão para DS ainda conta com uma tonelada de extras (como um bestiário, um mini-game para cuidar de um monstro e cenas em animação feitas pela Bird Studio, a empresa de Akira Toryama, originais do remake do clássico para Playstation. Entre outros) e um final a mais, que cria uma conexão com a continuação Chrono Cross. Tudo estava indo bem, quando descobri uma coisa desagradável:Baixei uma versão em espanhol para treinar o idioma, quando o jogo travou exatamente no primeiro portal, no início do jogo. Fuçando na net, descobri que a Square (produtora do jogo) criou uma trava anti-pirataria, que travava a rom exatamente nesse ponto. Mas depois de muito procurar, achei um link com uma versão de Chrono Trigger que pega no R4 sem problemas (pelo menos até agora), e que ainda é em português. O site é o seguinte:

http://www.gamestark.org/index.php?act=roms_nds (a versão livre do problema é a que tem os dizeres "com fix", no final).

Ainda é cedo para dizer, mas acho que comprar um R4 vale a pena. Ainda mais porque, como pararam de ser produzidos, o preço caiu mais da metade (antes era cento e cinquenta reais. Comprei o meu por cinquenta!). Encomendei pela internet, mas não sugiro isso. O melhor é comprar em alguma importadora ou no shopping mesmo (se nesse último o preço não for muito alto).

É isso. Até a próxima!

sábado, 1 de maio de 2010

As Tartarugas Ninjas de Eastman e Laird´s



As Tartarugas em sua versão original e pouco conhecida


Quem foi jovem nas décadas de oitenta e noventa cresceu, ou pelo menos ouviu falar, nas aventuras do quarteto de quelônios que lutavam e tinham pizza como o prato predileto. Definições a parte, As Tartarugas Ninja (ou "Teenage Mutant Ninja Turtles, no original) foram um fenômeno de licenciamento como poucos na história. Praticamente tudo que carregava a marca dos personagens vendia e muito, sejam filmes, desenhos animados, lancheiras...

Essa é a versão da primeira animação, que popularizou os personagens

Acontece que, com a a primeira adaptação para a tv, os personagens foram infantilizados. Não estou dizendo que isso foi de todo ruim, afinal as tartarugas marcaram a infância de muita gente, sobretudo a minha. Tiveram sua importância, mas e a HQ da qual foram inspiradas? Fui atrás e li a scan do primeiro número, pois queria avaliar por mim mesmo as diferenças sobre as duas versões, assunto que já li bastante.

Mestre Splinter era o mentor dos personagens


A primeira edição trás duas histórias. A segunda é apenas enfocada em uma noite costumeira de um personagem, mas é a na primeira que vemos o motivo pelo qual as tartarugas também se tornaram fenômenos nos fanzines, onde surgiram pela primeira vez (é a hq informal mais vendida da história, só esse número vendeu mais de um milhão de cópias!). O traço, embora bom, não é muito limpo e apresenta pouco movimento, mas os diálogos e o roteiro são tão perfeitos que mal se sente esse detalhe. Da primeira luta dos personagens, ao flashback do Mestre Splinter contando suas origens, há uma sensação de imerção criada pela hq que pouco se vê nos dias de hoje. Me senti como se estivesse lendo alguma hq dos bons tempos de Frank Miller, o que não é uma coencidência: os criadores dos personagens, Kevin Eastman e Peter Laird, eram fãs do roteirista, e tentaram recriar sua atmosfera obscura nos diálogos e no traço da hq. O resultado ainda assim é uma obra incrivelmente original e autoral. Nada mal para dois autores que criaram o primeiro esboço dos personagens em uma brincadeira enquanto estavam bêbados.

Bem, isso é tudo o que posso falar sem estragar muitos detalhes. Para baixar a primeira edição o link é:

http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://img198.imageshack.us/img198/1514/008739795.jpg&imgrefurl=http://blog.thecenturions.net/tag/tmnt/page/2/&usg=__Zu4ULvrHhcq5920MDak9PrzduDw=&h=464&w=640&sz=212&hl=pt-BR&start=17&sig2=KL72PHmjkG0Ttz6CUKtYNw&itbs=1&tbnid=E_-ANTdRRSngsM:&tbnh=99&tbnw=137&prev=/images%3Fq%3DTMNT:%2BBodycount%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1&ei=4DLWS4D5MMOBlAfwoqC8Dg

Se gostar, o primeiro volume dos personagens, já publicado no Brasil, pode ser adquirido no site da Comix Book Shop:

http://www.comix.com.br/product_info.php?products_id=5387

Até a próxima!

Homem de Ferro 2






Primeiro, vamos falar um pouco de outro herói que fez história nos cinemas, o Homem-Aranha. O personagem fez um bom primeiro filme, um excelente segundo... mas um desastroso terceiro longa. Se você é fã do aracnídeo, talvez tenha se decepcionado um pouco com este último, como eu fiquei. Se a resposta for afirmativa, lembra o que sentiu? Pois eu sim. Porque passei por situação parecida assistindo a Homem de Ferro 2.

Enquanto o Iron Man original apresentava uma trama esquilabrada, tanto nas cenas de ação quanto nas demais, e diálogos inteligentes e marcantes, o novo simplesmente não conseque mostrar a que veio: é cansativo na maior parte do tempo, e a pouca ação do filme se resume a cenas de quebra-quebra desmiolada e explosões estilo "Michael Bay" (como todo mundo insiste em rotular, apenas para dar uma ideia). Mesmo os objetivos principais que a película se compromete a desenvolver são esticados ao extremo, causando fadiga. Sério, esse não é um filme para assistir duas vezes no cinema sem sentir vontade de sair da sala!

Outro ponto incômodo: parece que o diretor jon favreau se preocupou em preencher a maior parte do longa com humor, pois existem mais cenas inteiras destinadas a isso do que qualquer coisa. E olha que era para ser uma trama levada a sério! Tudo bem que não chega a se tornar uma palhaçada sem sentido como os filmes de Batman de joel schumacher, mas atrapalham bastante. Parece até que a intenção foi diminuir a qualidade para trazer mais pessoas que vão ao cinema apenas para não pensar muito, e que não ligam para o que estão assistindo.

Por calsa desses problemas, o personagem foi afetado e a atuação de Robert Downey Jr. não ficou tão perfeita quanto no primeiro, salvo raras exceções. O destaque mesmo vão para a personagem Viuva Negra (scarlett johansson, cujo o codinome nem ao menos é citado) em suas cenas de luta, que são MELHORES que a dos robôs, e para a atuação de mike rourke como o vilão whiplash (cujo o nome também não é mencionado), que mesmo roubando a cena não é bem aproveitado e tem um final idem. Além disso, como já adiantado nos parênteses, o filme deixa alguns buracos no roteiro.

Mike Rourke como o vilão Whiplash. Excelente, mas mal aproveitado

Enfim, não consigo deixar de encontrar pontos fracos em Iron Man 2. Não sei dizer se isso é resultado da pressa para finalizar o longa (menos de três anos) ou qualquer outro motivo, mas não me agradou em nada. Saí tão decepcionado quanto na seção de Spider-man 3, há alguns anos atrás. Será que Vingadores (próximo filme em que o ferroso aparecerá) poderá trazer de volta a imagem do personagem da primeira película? Só vendo...