segunda-feira, 13 de junho de 2011

X-Men First Class





Taí uma coisa que nunca pensei que diria em uma frase: esse filme de X-men é bom, acima da média, de verdade. Poderia ser perfeito, mas ainda assim, ao contrário dos outros, conseguio me agradar.

A trama se passa na década de 60 e mostra o primeiro encontro do Professor Xavier (James McAvoy) com Erik Lehnsherr (Michael Fassbender, que rouba a cena com sua atuação). Ainda mistura elementos reais da guerra fria com referências a filmes de espiões antigos, como os do agente 007. E acredite, é nisso que está a beleza de First Class: o pano de fundo criado é perfeito para ambientar a história dos mutantes, seus uniformes (e não aquelas roupas toscas de motoqueiros dos primeiros filmes...) e a tensão sobre o preconceito dos humanos contra os Homo Superior. Embora ainda tome muitas liberdades criativas em relação aos quadrinhos, como Xavier conhecer Mística desde criança e o papel do Clube do Inferno, ainda assim eles são adaptados de forma conveniente para a história, acrescentando e não forçando.

Por falar nos pontos fortes, é necessário falar sobre o mais importante deles e que, na minha opinião, foi aquilo que determinou o êxito que este filme teve em relação aos outros: a trama dá destaque a todos os personagens, e não apenas a um, como era no caso de Wolverine nos anteriores. Temos então uma perfeita construção da amizade de Professor X com o futuro Magneto, o rompimento dessa amizade, um Fera (Hank McCoy) com a história quase inalterada, entre outros fatores. Nem tudo é perfeito e ainda há personagens que são desperdiçados, mas é um grande avanço em relação aos anteriores.

No fim, X-men First Class ainda não é uma obra muito fiel a Hq original, nem a mini-série que lhe dá nome. No entanto, ainda é milhas de distância melhor que os anteriores, principalmente para aqueles que nunca gostaram dos outros filmes, como eu. Não há um personagem "apelão" que brilha mais que os outros, e os integrantes do grupo são melhor aproveitados. O mais importante de tudo é que funciona como uma boa diversão sem forçar nem desperdiçar (muitos) personagens, como as demais películas. E isso já é um avanço.

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