quinta-feira, 25 de agosto de 2011
O que vale a pena?
"Nunca é muito tarde ou muito cedo para ser quem você quer ser. Não há tempo limite: você para quando quiser. Pode mudar ou ficar igual, não há regras para isso. Nós podemos tirar o melhor ou o pior. Espero que você tire o melhor. Espero que você veja coisas que te deixem sobressaltada. Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes, conheça pessoas com um ponto de vista diferente do seu. Espero que viva uma vida da qual se orgulhe, e se achar que não esta vivendo, espero que tenha forças para recomeçar tudo novamente".
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
sábado, 13 de agosto de 2011
Bruce Timm
Bom, hoje assisti o filme "A Àrvore da vida" e deveria fazer uma resenha crítica por aqui. Mas como esse é um filme cheio de metáforas sobre a vida, morte e a busca pelo divino, e eu o assisti meio cansado por não ter dormido muito bem na noite anterior, decidi fazer um outro post. Um especial para mim, por ser tratar de meu desenhista/animador favorito: Bruce Timm! =)
Bom, o Sr. Timm nasceu em 8 de Fevereiro de 1961, nos E.U.A. Embora tenha um traço excelente, cheio de carisma, volúpia e, em certos casos, carregados de um clima noir, é como animador e produtor que o artista se destaca. Em seu currículo, há trabalhos na produção de clássicos como He-man e os defensores do universo, She-ra a Princesa do Poder, Tiny Toon adventures, Freakzoid e, principalmente, Batman Animated Series e Justice League unlimited.
Se para muita gente, Christopher Nolan e Heath Ledger fizeram a melhor versão do Coringa no filme O Cavaleiro das Trevas, Bruce Timm praticamente reinventou o morcego, na animação de 1992. O desenho deveria ser uma expansão do filme dirigido por Tim Burtom, mas conseguiu ir além, tornando-se uma série própria e um clássico, durando até 99. O Batman produzido por Timm era soturno, de poucas palavras, e desaparecia sem vestígios por debaixo do nariz de seus adversários e aliados. Suas referências eram as histórias escritas por Frank Miller, no final da década de 80, e o clima sujo, preto e branco e policialesco dos filmes noir. Isso tudo, somado ao traço caricatural e incrível de Bruce Timm, e a roteiros brilhantes, fizeram dessa a melhor animação e (na minha humilde opinião) melhor versão do homem morcego de todos os tempos. Tanto que, de todas as séries de desenho do universo DC produzidas por Timm, essa foi a que durou mais e ganhou dois prêmios Emmy (um deles, pelo episódio "Coração de gelo", mostrando uma versão atormentada do vilão Sr.frio).
Na rivalidade entre a Marvel e DC comics, a segunda sempre levou vantagem no campo da animação, e não é exagero dizer que foi graças a atuação de Timm como produtor dessas séries: começando com Batman, seu primeiro trabalho nesse campo, passando por Superman, Batman Beyond até Justice League, reconhecidas pela qualidade e fidelidade a essência desses personagens.
Infelizmente, depois da série da Liga, a Warner (dona da DC Comics) decidiu recomeçar a série de animações, com outros produtores como Sam Register... que não são ruins, pelo contrário (É de Register a série Jovens Titãs, de que gosto muito também) mas que não carregam a mesma sofisticação nos roteiros e aprofundamento nos personagens. Bruce Timm ainda dirige longas de animação anuais da DC, adaptando HQ´s clássicas e mini-séries, como A Nova Fronteira e O Cavaleiro das Trevas, obviamente não o filme, mas baseado em uma das HQ´s ocidentais mais importantes de todos os tempos, também do morcego.
Bem, eu poderia continuar aqui, escrevendo linhas sobre esse animador/diretor fantástico, nerd (como se verá a seguir) e de um estilo inovador. Mas acho que esta bom, pelo menos por enquanto =P
Abaixo, algumas Pin-up´s feitas por Timm, tanto de personagens DC como de outros meios:
Bom, o Sr. Timm nasceu em 8 de Fevereiro de 1961, nos E.U.A. Embora tenha um traço excelente, cheio de carisma, volúpia e, em certos casos, carregados de um clima noir, é como animador e produtor que o artista se destaca. Em seu currículo, há trabalhos na produção de clássicos como He-man e os defensores do universo, She-ra a Princesa do Poder, Tiny Toon adventures, Freakzoid e, principalmente, Batman Animated Series e Justice League unlimited.
Se para muita gente, Christopher Nolan e Heath Ledger fizeram a melhor versão do Coringa no filme O Cavaleiro das Trevas, Bruce Timm praticamente reinventou o morcego, na animação de 1992. O desenho deveria ser uma expansão do filme dirigido por Tim Burtom, mas conseguiu ir além, tornando-se uma série própria e um clássico, durando até 99. O Batman produzido por Timm era soturno, de poucas palavras, e desaparecia sem vestígios por debaixo do nariz de seus adversários e aliados. Suas referências eram as histórias escritas por Frank Miller, no final da década de 80, e o clima sujo, preto e branco e policialesco dos filmes noir. Isso tudo, somado ao traço caricatural e incrível de Bruce Timm, e a roteiros brilhantes, fizeram dessa a melhor animação e (na minha humilde opinião) melhor versão do homem morcego de todos os tempos. Tanto que, de todas as séries de desenho do universo DC produzidas por Timm, essa foi a que durou mais e ganhou dois prêmios Emmy (um deles, pelo episódio "Coração de gelo", mostrando uma versão atormentada do vilão Sr.frio).
Na rivalidade entre a Marvel e DC comics, a segunda sempre levou vantagem no campo da animação, e não é exagero dizer que foi graças a atuação de Timm como produtor dessas séries: começando com Batman, seu primeiro trabalho nesse campo, passando por Superman, Batman Beyond até Justice League, reconhecidas pela qualidade e fidelidade a essência desses personagens.
Infelizmente, depois da série da Liga, a Warner (dona da DC Comics) decidiu recomeçar a série de animações, com outros produtores como Sam Register... que não são ruins, pelo contrário (É de Register a série Jovens Titãs, de que gosto muito também) mas que não carregam a mesma sofisticação nos roteiros e aprofundamento nos personagens. Bruce Timm ainda dirige longas de animação anuais da DC, adaptando HQ´s clássicas e mini-séries, como A Nova Fronteira e O Cavaleiro das Trevas, obviamente não o filme, mas baseado em uma das HQ´s ocidentais mais importantes de todos os tempos, também do morcego.
Bem, eu poderia continuar aqui, escrevendo linhas sobre esse animador/diretor fantástico, nerd (como se verá a seguir) e de um estilo inovador. Mas acho que esta bom, pelo menos por enquanto =P
Abaixo, algumas Pin-up´s feitas por Timm, tanto de personagens DC como de outros meios:
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
O Diário de Virgínia: Making Of do Capitulo 10
Já comentei por aqui antes sobre o quanto adoro o trabalho da talentosa Cátia Ana, da Webcomic O Diário de Virgínia. A sensibilidade que a autora consegue passar em seu traço e personagens, associado a uma abordagem criativa da distribuição dos acontecimentos da Hq na tela do navegador, fazem da jornada de auto-conhecimento da protagonista uma história interessante, sempre apresentando possibilidades diferentes.
No final do ano passado, entrei em contato com a Cátia, para saber se ela aceitava encomenda de trabalho como desenhista. Desenvolvemos a One Shot "War of Girlfriends" (mais detalhes aqui) e mantivemos contato. Certo dia, estávamos conversando sobre o Diário quando ela me pediu para escrever um roteiro para esse em versão impressa, um capitulo especial em formato de fanzine.
Pensa na situação: sou fã do trabalho da moça, acho genial. Tenho a sorte de conseguir fazer uma parceria com ela e, depois, a mesma me pede para roteirizar um capitulo de sua Webcomic de sucesso, indicado ao HQMix desse ano...
Palavras não são o bastante para dizer o quanto fiquei feliz com a proposta! XD
Bom, tietagens a parte, me esforcei bastante para desenvolver uma boa história. A ideia original da Cátia era mostrar uma metáfora para limitação, na qual a personagem se sentisse apertada, sufocada. Ela me disse que havia visualizado uma imagem da Virgínia, vestida de Alice, na cena onde a garota cresce e fica presa em uma sala. Em seguida, ela desenhou e me enviou:
Lembro que o desenho da Virgínia incomodada com as bordas do quadrinho me deu a ideia de aliar a tal metáfora com a limitação dos quadrinhos da versão impressa de uma HQ. Afinal, na Webcomic, Virgínia é livre para ir e vir, como quiser: não é limitada dentro de quadrinhos e, para o leitor acompanhar a personagem, basta usar o direcional ou o mouse do navegador. Vantagens que a personagem não teria em uma versão impressa.
Falei de minha ideia para Cátia e desenvolvi o roteiro, baseado nessa premissa: Virgínia sente-se chateada, encontra a si mesma no espelho, mas sem o cabelo pintado, e acompanha a jornada desse seu "eu" interior rumo ao amadurecimento. No meio, algumas referências a contos de fadas (principalmente Alice).
Quando terminei, a Cátia me perguntou se eu poderia extender a abertura da Hq. Terminei me empolgando e escrevendo mais umas dez páginas, e ainda fiz referências a clássica Hq Little Nemo, da qual ela disse que gostaria de utilizar o estilo no zine. Terminei e enviei.
Encurtando a história, passei a última parte do roteiro pronto para Cátia e esperei pela adaptação. Ela inclusive chegou a me enviar um protótipo da edição do fanzine, para eu dar sugestões.
Pouco tempo depois, ela me mandou um e-mail, pedindo desculpas e dizendo que preferiu adaptar a história para o próximo capitulo on line da HQ, ao invés de impresso.
Bom, desculpe se contei a coisa toda de forma chata, mas queria escrever exatamente da forma que me lembro. Foi um prazer enorme escrever, de forma oficial, o capitulo de uma história que gosto muito, e acompanhar de perto o processo de criação de sua autora.
Só o que posso fazer é agradecer, de coração, pela oportunidade que a Cátia me deu de "brincar" com seus personagens e de tentar escrever uma boa história. Valeu, Cátia! Seria uma honra trabalhar em parceria contigo novamente, quando quiser! ^^
Para ler a série O Diário de Virgínia desde o começo, basta clicar aqui.
Se quiser ir logo para o Capitulo 10, é só dar uma clicada aqui.
Mas se quiser ver o roteiro original da Hq, adaptado para primeira pessoa e narrado pela prórpia protagonista, dá uma olhadinha aqui
domingo, 7 de agosto de 2011
Melancholia
Não estou muito acostumado com o cinema de arte: filmes desse tipo normalmente me dão sono. Acho que películas precisam contar uma boa história, independente da estética utilizada (contanto que esta funcione, é claro). Mesmo assim, quando as primeiras notícias sobre Melancholia surgiram, meu interesse foi tomado por esse longa cujo o estilo não me agrada muito.
A trama é dividida em duas partes. Na primeira, "Justine", a personagem de Kirsten Dunst (a Mary Jane da trilogia do Homem-Aranha) acabou de casar e esta indo para a festa de comemoração. O casamento é organizado pelo marido de sua irmã, John (Kiefer Southerland) na casa do casal. Acontece que, na festa, Justine vai se mostrando insegura, incertezas permeiam seus atos e a mulher começa a distanciar-se de todos, inclusive de seu marido.
Na segunda parte, "Claire", a irmã mais velha de Justine (interpretada por Charlotte Gainsbourg) cuida da irmã mais jovem, devido a problemas emocionais que esta sofreu na primeira parte do longa. Nesse ínterim, o planeta Melancholia (que é apenas citado no começo) começa a aproximar-se da terra, e embora John tente lhe acalmar, Claire preocupa-se com a possibilidade do choque do grande corpo com a nossa terra. Quando o desastre se confirma, o peso de tentar resolver todas as coisas torna-se insuportável para a personagem.
Eu poderia escrever linhas e linhas sobre o filme, pois Melancholia é um longa cheio de camadas. Atendo-se ao que importa, é interessante frisar as escolhas de certos detalhes do diretor Lars Von Trier: a câmera meio amadora, nas primeiras cenas da película, retrata o amadorismo das filmagens feitas para recordação de festas e eventos sociais, feitas por um leigo (como a mãe dos noivos ou outro parente). A história se passa inteiramente na casa de John e Claire, e em seus arredores. Essa escolha de locação, associada a ausência de aparelhos de comunicação (não há uma só Televisão nem rádio ligados) serve não só para baratear os custos do longa, como também para manter a sensação de isolamento: poucos personagens preparando-se para o que pode ser o fim de tudo. Não importa aonde forem, não poderão fugir do inevitável.
As atuações são boas, mas nada realmente digno de nota. O filme é equilibrado e não há um personagem que ofusque os demais, como é comum em blockbusters. Também é importante frisar que a divisão do longa não existe apenas para a mudança de protagonista, mas também de certas prioridades: na primeira parte, o planeta é apenas uma metáfora para o que Justine sente, mas na segunda torna-se um problema mais palpável.
A abertura do filme também é um espetáculo. Não é realmente necessária, mas esta lá por um bom motivo. Para um telespectador desatento, poderá não fazer muito sentido e ser esquecível. Mas para aqueles que realmente gostam de cinema, e não vão para sala escura apenas atrás de efeitos especiais, piadas fáceis e cenas de explosões, fará todo o sentido do mundo até o final, este também excelente.
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