sexta-feira, 13 de maio de 2011
O desabafo do ouriço
Bom, já que o blogger apagou meu post de alguns dias (valeu mesmo, heim!) e eu não consigo escrevê-lo de novo por ser algo muito espontâneo, decidi falar sobre outra coisa.
Estive pensando sobre mim mesmo e as pessoas, o quanto sou diferente comparado a outros de minha idade. Não é arrogância, elitismo, nada disso: simplesmente não consigo emular certos comportamentos e prioridades. Não conheço ninguém, mas ninguém mesmo, com menos de trinta anos que nunca tenha ido a uma boate de verdade e dançado. Por mais que diga que não, também nunca vi um conhecido que não seja capaz de pelo menos pular ao som de uma música que gosta. O que tem de incomum nisso, você pergunta? Simples: EU não consigo! Sem exageros, simplesmente me sinto mal, triste, o oposto do que devia sentir em um lugar assim. E não é só isso.
Vou resumir certos padrões que obviamente não são absolutos, mas pelo que vejo, são maioria: pessoas da minha idade querem sair, viajar, ter montes de amigos, e pouco se importam se esses realmente podem ser classificados como tal ou se são apenas "interessantes, divertidos, bonitos ou fazem algo legal como tocar um instrumento musical ou coisa assim". Ou seja, não separam coleguismo de amizade. Mesmo o mais tranquilo dos meus amigos, daqueles que posso chamar assim, tem pelo menos uma dessas características. A questão é: eu não. Simplesmente não consigo ver valor nessas coisas. Sou muito caseiro, praticamente não saio de casa e preferiria um rodízio ou simplesmente conversar do que fazer qualquer coisa da lista acima. Mal tenho amigos, mas simplesmente porque sei, hoje, o quanto é difícil alguém te considerar da mesma forma, e não apenas ver em você um "número" para a próxima festinha ou reunião do grupo. E por que beleza e aptidão para música, humor ou coisa assim, são mais importantes do que o caráter de alguém? Essas características não deveriam ser apenas um complemento, e não o todo?
O que me incomoda não é ser diferente, mas sim não ter encontrado, em meus 23 anos de vida, alguém que não tivesse o padrão descrito acima. Será que estou pedindo demais, e o problema sou mesmo eu? Mas essa realidade me parece tão plástica, falsa... não parece, é, eu sei. Afinal, convivo com pessoas assim sempre: que não dão valor ao outro ao seu lado, aos momentos com essas pessoas que realmente gostam de você, preferindo a equação que citei. E um dia, pelo menos algumas delas acordam com um vazio que não sabem discirnir, e talvez nunca saibam.
Estou sendo chato? Talvez. Mas prefiro ser um chato sincero comigo mesmo, do que mais uma cara repetida por ai, emulando os mesmos padrões. É por isso que estou sozinho, provavelmente, para sempre.
Observação (alguns minutos depois do texto redigido): O post que mencionei no começo desse texto foi "O Dilema do Ouriço", que esta abaixo e misteriosamente reapareceu aqui no blog. Fico me perguntando que Bug danado foi esse. Ficam os dois, então.
Observação#2: Quero deixar claro que esse texto é apenas um desabafo, e não é direcionado a ninguém, de verdade.
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