Essa é uma ótima Hq on line que encontrei no site de antologia de quadrinhos, o MushiComics. Estava precisando reler, e decidi dividir por aqui.
Aqui vai uma das tirinhas. Para ampliar é só clicar:
Para acessar a página com as tirinhas, é só acessar esse link.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
domingo, 29 de maio de 2011
Um Novo Despertar
Engraçado como as coisas são. Ontem escrevi no blog sobre meu estado de espírito, e como estava passando por uma fase que poderia demorar um pouco para passar. Algumas horas depois, senti vontade de ir ao cinema sozinho, coisa que normalmente nunca faço. Escolhi um filme cuja sinopse me chamava a atenção, mas não podia imaginar como sairia depois dele. Um Novo Despertar não é "apenas" uma película extraordinária: é sobre a transitoriedade da vida, da forma certa de lidar com a depressão, laços de família e muito mais.
Na trama, Walter Black (Mel Gibson) é um empresário a tanto tempo desiludido, que perdeu a identidade e não consegue dar atenção a esposa e os dois filhos. Certo dia, ele encontra um fantoche com a forma de um castor, e após um ato desesperado, começa a manifestar suas ações e pensamentos por uma segunda personalidade através do boneco, como se este o estivesse auxiliando a sair do estado em que se encontra. Walter conseque, então, tocar para frente a empresa de brinquedos que herdou de seu pai, mas não o amor de sua família.
Certo, esse filme é tão impressionante e inteligente que um post completo levaria muitas linhas, então vou tentar me ater ao principal. Para começar, o longa NÃO é uma comédia, como sua premissa pode deixar parecer, mas sim um drama com momentos cômicos; afinal, um homem de meia idade que acredita estar sendo auxiliado por um boneco não é algo que possa ser pesado todo o tempo, devido ao ridículo da situação. Entre os recursos que ajudam a contar e validar a história, um que merece atenção é a genialidade como a película mostra o protagonista contracenando com o fantoche. Ao invés de cortes fechados para o boneco quando este fala, dando a entender que é outro personagem, a câmera quase sempre mostra os dois juntos, dialogando, e a boca do ator Mel gibson se mexendo quando o "Castor" fala. A intenção disso, como o próprio telespectador vai percebendo, é que o filme tenta mostrar que não é Walter Black quem maneja o boneco, mas sim o oposto: o castor é quem manipula o protagonista. Isso, somado a uma direção competente da diretora (e esposa de Black, no longa) Jodie Foster, e de atuações impecáveis de todo o resto do elenco, fazem de Um Novo Despertar uma experiência única.
Bom, talvez eu não tenha conseguido passar o que senti assistindo esse maravilhoso filme, e nem consequeria no momento, dado o cansaço que estou sentindo. Mas posso dizer, sem medo de errar, que essa é uma película extremamente sensível, que fala sobre coisas e fases que todos nós passamos pelo menos uma vez na vida. De como lidar com elas, sem machucar a nós mesmos e quem amamos; e acima de tudo, por maior que seja a dor de alquém, isso não significa que ela deva escolher a solidão.
sábado, 28 de maio de 2011
Rito de passagem
A dor que senti esses dias chegou ao clímax essa semana. Tão forte que quase me fez desistir de mim mesmo, e que algumas vezes, de tão mal, desejei, nem que apenas por alguns segundos, sumir só para não sentir.
Mas as coisas simplesmente não se resolveriam. Meu problema ainda estaria lá, e por mais que estivesse sendo reconfortado pelos poucos, mas sinceros amigos, eu não conseguiria sair dessa areia movediça. Mesmo agora, posso dizer que apenas retirei o torso, e sinto receio de eventuais recaídas, mas preciso seguir em frente.
Guardei expectativas demais de uma ilusão. Decidi dar uma segunda chance e fazer aquilo que disse várias vezes a mim mesmo que nunca mais faria. E mesmo tendo passado por uma situação parecida, com os mesmos resultados que estou tendo agora, eu decidi confiar. Porque acredito que as pessoas podem mudar, se realmente quiserem, e tiverem uma chance. Digo mudar para melhor.
Estou escrevendo esse texto para lembrar a mim mesmo quem sou, e porquê. Sou capaz de dar uma segunda chance a alguém que me magoou, apenas se ela pedir desculpas e prometer não cometer o mesmo erro. Com esse pensamento, já me machuquei muito, principalmente porque alimentei a esperança de alquém poder ser melhor do que realmente gostaria, ou poderia ser. E acredito que ai resida meu erro: passo a confiar muito fácil e rápido em pessoas que me machucaram, simplesmente se elas demonstrarem arrependimento e prometerem me da valor. Só que dificilmente muda-se tão rápido.
Então, dito dessa forma, e depois de várias semanas remoendo o que aconteceu e provavelmente nunca poderia ter sido, acho que estou preparado para continuar seguindo em frente. Sinto o peso novamente afrouxar em minhas costas e recuperar os passos, mesmo que ainda meio vacilantes. Porque não posso parar, não posso sofrer por aquilo que nunca tive. E principalmente, não posso fazer de meu porto seguro pessoas em que não tenho certeza se posso confiar, ou me dar valor da mesma forma, mesmo que meu coração tente escolher por mim. Não vou endurecê-lo, nem deixar de ser eu mesmo. Mas não posso, pelo menos não devo, fazer do centro de minha vida pessoas que não têm certeza do que sentem, ou que me tratem como opção.
Ainda assim, não me arrependo de ter me machucado, por mais masoquista que possa parecer, pois a dor nos lembra de porque não podemos cometer os mesmos erros sempre. Pelo menos, eu quero aprender com os meus. Os dias serão difíceis, recaídas podem vir, mas isso é só uma fase, passa. E chegará um determinado momento que todo o sentimento negativo de agora será apenas uma vaga lembrança, talvez até um comparativo com as pessoas que estarão na minha vida e me considerem, afinal de contas, sem hipocresia, eu me esforço para dar valor a quem me dar valor. Quando esse momento chegar, eu finalmente terei recuperado totalmente minha paz de espírito.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Classificados
domingo, 15 de maio de 2011
Para sempre
Com a cabeça apoiada entre os braços, ele esperava, pacientemente, durante todos os dias. Ao menos, o que pareciam ser dias. Desde que chegara aquele lugar, era impossível ter uma noção de quanto tempo se passara. Mesmo assim, não tinha pressa.
Tudo era branco, do chão até onde a vista pudesse alcançar. Poderia ter mudado isso várias vezes se quisesse, mas não. Era melhor assim.
Então, do nada, um homem de roupa azul materializou-se a sua frente.
-Olá! -Saudou o visitante. O homem sentado no chão, soltando um longo suspiro, disse:
-Olá. Sim, eu sei quem é você, Miguel.
Sem esboçar nenhuma expressão, Miguel sentou-se a sua frente.
-Precisa parar. Tem ideia do que está fazendo? Está negando a si mesmo uma nova chance...
-Me desculpe, mas não quero e nem vou esquecê-la.
-Pare de complicar as coisas. Não seria o fim. Se o amor de vocês dois for tão forte quanto é por sua parte, poderão ficar juntos novamente. Essa é a ordem natural.
Mas ele nada ouvia. continuou em silêncio, fitando o vazio. Miguel resolveu tentar de outro jeito:
-Aqui está muito solitário. Não gostaria de ter uma casa, um lago para se refrescar, ou a visão de um pôr-do-sol no final de cada dia? Sabe que posso arranjar isso.
Fingiu não ouvir. Sabia que o objetivo disso era distraí-lo para, sem perceber, começar a esquecer. Preferia o nada, pois assim tinha tempo de sobra para pensar.
-Só precisa pedir.
Pela primeira vez, seus olhos se cruzaram.
-Qualquer coisa?
-Não! -Enfatizou, com a voz cansada, Miguel. -Quase qualquer coisa. Sabe que não posso lhe dar informações sobre aqueles que estão na mesma condição que você, ou que já voltaram.
-Então vou pedir de uma forma diferente: deixe-me vê-la uma última vez.
-Muito bem -concordou Miguel, levantando-se. -Posso fazer, mas com uma condição: você me dará todas as memórias relacionadas a ela depois disso. De acordo?
Internamente, o homem passara de um rápido momento de excitação para frustração. Poder vê-la novamente era como realizar um sonho. Mas valeria a pena pagar tão alto preço?
-Não. -Decidiu. -Não vale a pena. Obrigado.
-Francamente! -Exaltou-se Miguel. Tentanto manter a calma, continuou: -Não percebe que estou fazendo isso por você mesmo? Como pode manter uma existência tão sofrida? Essas memórias que carrega estão te sufocando, te prendendo nesse espaço que deveria ser apenas uma passagem para uma nova vida. Precisa aceitar a renovação!
-Obrigado, de coração, pela preocupação. Mas esse é apenas um ponto de vista.
Miguel passou a mão sobre o rosto, contrariado.
-Está certo. Sabe que não poderá sair enquanto não esquecer de tudo. Voltarei daqui há algum tempo.
Miguel desmaterializou-se. O homem fechou os olhos. Visualizou aquela figura feminina de vestido branco, cabelos curtos, óculos e sorriso contagiante, quase como se pudesse tocá-la. Não se arrependera de sua decisão, e nunca se arrependeria. Pois, para ele, perder essa lembrança era como morrer para sempre.
(escrito originalmente no Domingo do dia 19 de Setembro de 2010, as 5:10 da tarde)
Tudo era branco, do chão até onde a vista pudesse alcançar. Poderia ter mudado isso várias vezes se quisesse, mas não. Era melhor assim.
Então, do nada, um homem de roupa azul materializou-se a sua frente.
-Olá! -Saudou o visitante. O homem sentado no chão, soltando um longo suspiro, disse:
-Olá. Sim, eu sei quem é você, Miguel.
Sem esboçar nenhuma expressão, Miguel sentou-se a sua frente.
-Precisa parar. Tem ideia do que está fazendo? Está negando a si mesmo uma nova chance...
-Me desculpe, mas não quero e nem vou esquecê-la.
-Pare de complicar as coisas. Não seria o fim. Se o amor de vocês dois for tão forte quanto é por sua parte, poderão ficar juntos novamente. Essa é a ordem natural.
Mas ele nada ouvia. continuou em silêncio, fitando o vazio. Miguel resolveu tentar de outro jeito:
-Aqui está muito solitário. Não gostaria de ter uma casa, um lago para se refrescar, ou a visão de um pôr-do-sol no final de cada dia? Sabe que posso arranjar isso.
Fingiu não ouvir. Sabia que o objetivo disso era distraí-lo para, sem perceber, começar a esquecer. Preferia o nada, pois assim tinha tempo de sobra para pensar.
-Só precisa pedir.
Pela primeira vez, seus olhos se cruzaram.
-Qualquer coisa?
-Não! -Enfatizou, com a voz cansada, Miguel. -Quase qualquer coisa. Sabe que não posso lhe dar informações sobre aqueles que estão na mesma condição que você, ou que já voltaram.
-Então vou pedir de uma forma diferente: deixe-me vê-la uma última vez.
-Muito bem -concordou Miguel, levantando-se. -Posso fazer, mas com uma condição: você me dará todas as memórias relacionadas a ela depois disso. De acordo?
Internamente, o homem passara de um rápido momento de excitação para frustração. Poder vê-la novamente era como realizar um sonho. Mas valeria a pena pagar tão alto preço?
-Não. -Decidiu. -Não vale a pena. Obrigado.
-Francamente! -Exaltou-se Miguel. Tentanto manter a calma, continuou: -Não percebe que estou fazendo isso por você mesmo? Como pode manter uma existência tão sofrida? Essas memórias que carrega estão te sufocando, te prendendo nesse espaço que deveria ser apenas uma passagem para uma nova vida. Precisa aceitar a renovação!
-Obrigado, de coração, pela preocupação. Mas esse é apenas um ponto de vista.
Miguel passou a mão sobre o rosto, contrariado.
-Está certo. Sabe que não poderá sair enquanto não esquecer de tudo. Voltarei daqui há algum tempo.
Miguel desmaterializou-se. O homem fechou os olhos. Visualizou aquela figura feminina de vestido branco, cabelos curtos, óculos e sorriso contagiante, quase como se pudesse tocá-la. Não se arrependera de sua decisão, e nunca se arrependeria. Pois, para ele, perder essa lembrança era como morrer para sempre.
(escrito originalmente no Domingo do dia 19 de Setembro de 2010, as 5:10 da tarde)
sexta-feira, 13 de maio de 2011
O desabafo do ouriço
Bom, já que o blogger apagou meu post de alguns dias (valeu mesmo, heim!) e eu não consigo escrevê-lo de novo por ser algo muito espontâneo, decidi falar sobre outra coisa.
Estive pensando sobre mim mesmo e as pessoas, o quanto sou diferente comparado a outros de minha idade. Não é arrogância, elitismo, nada disso: simplesmente não consigo emular certos comportamentos e prioridades. Não conheço ninguém, mas ninguém mesmo, com menos de trinta anos que nunca tenha ido a uma boate de verdade e dançado. Por mais que diga que não, também nunca vi um conhecido que não seja capaz de pelo menos pular ao som de uma música que gosta. O que tem de incomum nisso, você pergunta? Simples: EU não consigo! Sem exageros, simplesmente me sinto mal, triste, o oposto do que devia sentir em um lugar assim. E não é só isso.
Vou resumir certos padrões que obviamente não são absolutos, mas pelo que vejo, são maioria: pessoas da minha idade querem sair, viajar, ter montes de amigos, e pouco se importam se esses realmente podem ser classificados como tal ou se são apenas "interessantes, divertidos, bonitos ou fazem algo legal como tocar um instrumento musical ou coisa assim". Ou seja, não separam coleguismo de amizade. Mesmo o mais tranquilo dos meus amigos, daqueles que posso chamar assim, tem pelo menos uma dessas características. A questão é: eu não. Simplesmente não consigo ver valor nessas coisas. Sou muito caseiro, praticamente não saio de casa e preferiria um rodízio ou simplesmente conversar do que fazer qualquer coisa da lista acima. Mal tenho amigos, mas simplesmente porque sei, hoje, o quanto é difícil alguém te considerar da mesma forma, e não apenas ver em você um "número" para a próxima festinha ou reunião do grupo. E por que beleza e aptidão para música, humor ou coisa assim, são mais importantes do que o caráter de alguém? Essas características não deveriam ser apenas um complemento, e não o todo?
O que me incomoda não é ser diferente, mas sim não ter encontrado, em meus 23 anos de vida, alguém que não tivesse o padrão descrito acima. Será que estou pedindo demais, e o problema sou mesmo eu? Mas essa realidade me parece tão plástica, falsa... não parece, é, eu sei. Afinal, convivo com pessoas assim sempre: que não dão valor ao outro ao seu lado, aos momentos com essas pessoas que realmente gostam de você, preferindo a equação que citei. E um dia, pelo menos algumas delas acordam com um vazio que não sabem discirnir, e talvez nunca saibam.
Estou sendo chato? Talvez. Mas prefiro ser um chato sincero comigo mesmo, do que mais uma cara repetida por ai, emulando os mesmos padrões. É por isso que estou sozinho, provavelmente, para sempre.
Observação (alguns minutos depois do texto redigido): O post que mencionei no começo desse texto foi "O Dilema do Ouriço", que esta abaixo e misteriosamente reapareceu aqui no blog. Fico me perguntando que Bug danado foi esse. Ficam os dois, então.
Observação#2: Quero deixar claro que esse texto é apenas um desabafo, e não é direcionado a ninguém, de verdade.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
O Dilema do ouriço
Então é nisso que se resume a vida?
Estou tão cansado, tão doente e ela nem ao menos dá indícios de que vai mudar. Os dias perdem novamente o sabor da mudança, enquanto luto sem vontade contra meu lençol, apenas para recomeçar a equação cíclica.
Não sei se estou isolado ou se prefiro me isolar. Mas sei que, quando mais preciso, algo dá errado e dificilmente consigo sair. Se não procuro, só recebo companhia da solidão. E sempre foi assim: o telefone que jamais toca, o e-mail nunca recebido e a mensagem perdida para sempre.
Será que isso muda, ou irei continuar apenas dando voltas?
Turma da Mônica Jovem em animação 3D
Há duas horas atrás, Maurício de Souza revelou, em seu twitter, o treino em um programa de modelagem que provavelmente será usado para a animação da Turma da Mônica Jovem, Hq de sucesso onde seus personagens aparecem adolescentes.
O desenho, ainda sem data definida, estreará primeiro no canal de tv por assinatura Cartoon Network.
domingo, 8 de maio de 2011
Água para elefantes
Ok, eu admito: não estava com a mínima vontade de ver esse filme, e paguei com muita má vontade o ingresso. Mas água para elefantes me cativou pela sua simplicidade e ótimas atuações.
Na trama, Jacob (Robert Pattinson) é um jovem estudante de veterinária que, em uma única tacada, perde tudo o que lhe é mais importante na vida, e justamente durante a grande depressão norte americana. Desiludido, termina embarcando inadvertidamente em um trem circense, torna-se o médico dos animais e ajudará com uma futura grande atração, ao mesmo tempo que apaixona-se pela esposa do chefe linha dura do espetáculo.
Como mencionei antes, água para elefantes é simples, mas longe de ser cansativo, como sua premissa pode fazer parecer. O diretor Francis Lawrence (do ótimo Eu sou a Lenda, com Will Smith) nos faz sentir a magia do circo, ao mesmo tempo que mostra os bastidores desse mundo; seja o lado alegre e colorido quanto o desumano e cruel.
Jacob (Robert) é responsável por cuidar de Rosie, a elefanta. Mas do jeito que dá bebida alcoólica pra ela, bem que o título do filme poderia ser "Cachaça para elefantes"
Outro ponto forte são as atuações. Robert Pattinson surpreende, mostrando, com êxito, o amadurecimento de um jovem que precisa sobreviver e lidar com injustiças. Não decepciona nem se apaga ao lado da talentosa Reese Whitherspon, ganhadora do oscar de melhor atriz por Johnny e June. E Christopher Waltz, que interpreta o ganancioso e violento dono do circo, consegue estrair ainda mais sentimento de seu conturbado personagem.
Enfim, água para elefantes é uma película que se mostra mais interessante do que parece ser a primeira vista, que conta com ótimas atuações e um domínio de ritmo que a impede de ser tediosa, mantendo a atenção do telespectador até o fim.
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