quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Nosso Lar
Quando André Luiz (Renato Prieto) morre, ele não imaginava que pudesse existir "vida após a vida". Essas são as palavras do próprio personagem na película Nosso Lar, o mais caro filme nacional da história. Com um orçamento inflado de 20 milhões de reais, o filme é uma revolução em termos de efeitos visuais, mas ainda sofre com os mesmos problemas de todas as nossas produções.
O roteiro, baseado na obra de Chico Xavier, não é muito claro e tem certos problemas de continuidade. Na verdade, ele parece não saber em que se prender, já que momentos que deveriam ser importantes para a trama são, em sua maioria, passados de forma muito rápida. Personagens desaparecem em determinado momento sem explicação nenhuma.
Com certeza, o maior ponto negativo do filme é a direção: mais uma vez, a linguagem novelística se faz presente, uma linguagem que cansa e não combina com produções cinematográficas, pois são meios completamente diferentes. No entanto, talvez por ser feito para um público maior, teimou-se em utilizar esse tipo de visão, e o resultado é que temos um filme bom, mas muito aquém do que poderia ter sido.
Bem, eu não li o livro, então não posso dizer o quanto o filme é fiel. Mas sozinho, Nosso Lar até funciona, mas defeituoso: há problemas de continuidade no roteiro, na direção e nos próprios atores, que são bons, mas parecem que estão mais encenando uma peça de teatro do que atuando em uma película. Se há algo impecável com certeza são os efeitos visuais. Então, se comparado com muitos filmes hollywoodianos, Nosso Lar comete os mesmos erros.
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