segunda-feira, 26 de setembro de 2011

My Little Pony: Friendship is magic





Tá vendo que tudo pode ficar bom dependendo da perspectiva?

Ok, antes de acenderem as tochas e me chamarem por qualquer apelido depreciativo que for, peço para que dêem uma chance tanto ao artigo quanto a seu conteúdo. Afinal de contas, o desenho do qual vou falar agora é produzido por Lauren Faust, que dirigiu e roteirizou episódios de séries clássicas da animação como Mansão Foster para Amigos Imaginários e Meninas Super Poderosas. Então, temos uma mistura curiosa aqui: um nome de peso na produção criativa de um programa que é a adaptação de um produto do qual não se esperava algo tão interessante: My Little Pony. E o que temos como resultado dessa equação é uma agradável surpresa, capaz de agradar a todos os tipos de público.

Na trama, Twilight (voz de Tara Strong, a dubladora original da Ravena de Jovens Titãs) é uma pônei unicórnio que é enviada pela princesa de seu mundo para morar em uma pequena cidade deste, chamada Ponyville. Enquanto todos pensam em fazer amizades e festas, a protagonista se preocupa com uma profecia que pode trazer um antigo mal de volta. Sem entrar muito em detalhes, a tal profecia trás uma referência muito interessante a mitologia nórdica, mas não é isso o que importa para esse texto. Ao contrário da maioria das animações infantis atuais, Friendship is Magic tem roteiros realmente criativos que podem ser vistos por qualquer pessoa, não só por meninas. Até onde vi, há até uma piada com contexto adulto que pega o telespectador totalmente desprevinido.

Pinkie Pie é a hiperativa maluca do grupo de amigas

O humor, somado a personagens muito bem construídas e que conseguem passar lições de moral em todo episódio de forma interessante e sem parecer forçado, já fazem desse desenho um clássico de berço, na minha opinião. A animação até mesmo se preocupa, em certos momentos, em explicar certas coisas para não deixar buracos no roteiro. Em um dos episódios, há um temporal e as amigas de Twilight vão para sua casa, que é uma árvore. Uma delas pergunta se não havia possibilidade de um raio cair ali, já que árvores atraem descargas elétricas, e a unicórnio explica que tem um para-raio. Poucos desenhos se preocupam tanto com certos detalhes que atrapalhariam a imersão na trama, e olhe que estamos falando de um exemplo que provavelmente só os adultos irão entender.

Ao todo, o desenho conta com seis personagens importantes: a protagonista, pesquisadora e maga nas horas vagas, Twilight; a fresca e estilista Rarity; a que vive na fazenda e é meio "cowpony" Applejack; a hiperativa e meio doida Pinkie Pie; a empolgada e convencida Rainbow Dash e... a amarelinha cujo o nome termina com "shy" e é tímida. Nos episódios que vi na primeira temporada, todas ganham destaque e são muito bem aproveitadas, seja em momentos chaves na trama de um episódio ou em um alívio cômico que vale a pena.


"A gente vai mostrar quem são os pôneis malditos. Ou melhor, a gente sabe de onde vai tirar um. Esqueça a cara de boba alegre da Pinkie"...

Enfim, não sei se consegui passar metade do que queria, mas My Little Pony: Friendship is Magic é uma animação espetacular em todos os pontos, para qualquer sexo e idade. É só esquecer o preconceito e se divertir.

O primeiro episódio pode ser conferido aqui.

domingo, 25 de setembro de 2011

Novas Aventuras do Superman Número 1


Quando soube que a Abril ia relançar as HQ´s de Super-heróis em formatinho, só me empolguei pela revista do escoteiro azul: cinco histórias do personagem adaptadas do já clássico e ótimo desenho da década de 90 e, tão bom quanto, com roteiros de Mark Millar, autor de séries próprias pelo selo Marvel Icon como Kick-Ass e Procurado. Mesmo sendo tão cara quanto qualquer publicação de hoje em dia (R$ 7,95 dói no bolso de todo mundo) a edição, pelo menos essa primeira, vale cada centavo.

Sem querer entregar muito, cada história tem um plot interessante: de uma história inusitada do Azulão agindo em Gothan, até uma brilhante (ao meu ver) contando as motivações do porquê do Luthor da série odiar tanto o herói. O que faz essa última tão boa não é nem o capitulo como um todo, mas sim seu desfecho, que faz uma metáfora interessante na relação do Super com seu nêmesis.

Em tempos de "Relaunch" e modificações que só confundem ainda mais personagens e leitores, são histórias como as contidas em Novas Aventuras do Superman número 1 que nos lembram que o importante não são mudanças drásticas e radicais no visual ou na essência de um personagem, mas sim bons e inspirados roteiros que fazem a diferença.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O primeiro episódio da nona temporada de Two and a Half-Men (ou "A tempora sem Charlie")



Acho que só escrevi sobre seriados por aqui uma vez, mas esse caso aqui valeu um post. O seriado número um dos E.U.A., Two and a Half-men, chegou a sua nova temporada em um impasse: Charlie Sheen, que interpretava um dos três protagonistas, se desentendeu com o produtor do programa, Chuck Lorre, e foi demitido. Ao invés de decretar o cancelamento, no entanto, a emissora decidiu continuar, acrescentando um novo protagonista ao trio: Walden, interpretado por Ashton Kutcher.

E quanto a Charlie Harper, personagem de Sheen? Esse passou desta para melhor, como mostra o início do episódio. Rose (Melanie Lynskey), a garota neurótica que casou-se com o Bon vivant na temporada passada, comenta que este "acidentalmente" escorregou e caiu na trilha de um trem, "explodindo como um balão de carne". Isso um dia depois de Rose pegá-lo com outra mulher no banho. "Trágica" irônia, não? (percebeu quantas aspas utilizei aqui?)

Mas vamos ao que interessa: o primeiro episódio da nona temporada, mesmo sem Charlie Sheen, consegue honrar muito bem o humor do seriado. Os demais personagens continuam funcionando, com destaque, obviamente, para Alan Harper. Como sempre, Jon Cryer mostra porque a sua atuação como o irmão azarado e cheio de toques lhe rendeu um Emmy.

Com certeza, a novidade que mais surpreendeu mesmo foi Ashton Kutcher. O ator aparece a vontade com seu personagem, um milionário deprimido (e bem dotado, segundo o Alan...) que, mesmo evidentemente estando ali só para substituir o garanhão anterior, demonstra personalidade e humor próprios. Se isso será bem desenvolvido ou não, só o tempo dirá.

Você pode assistir ao episódio legendado no youtube aqui.