quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Megamente



É difícil fazer um longa sobre super-heróis hoje em dia, dado o número de películas e sequências sobre o tema. Comédia então, pior ainda. Minha Super Ex-namorada, com Uma Thurman, e Super-herói o filme, são dois ótimos exemplos sobre como NÃO fazer paródias com super seres. Megamente é uma das poucas exceções a regra.


Na trama, o personagem de mesmo nome (dublado em sua versão original por Will Ferrell) e Metro Man (Brad Pitt) São os últimos sobreviventes de seus respectivos planetas. Ambos fogem ao mesmo tempo da tragédia que dizima seus mundos, e tornam-se rivais desde esses primeiros minutos. Na terra, Metro torna-se o Super-herói de Metro City, e Megamente, sempre a sombra, decide ser um vilão. Após um de seus planos darem certo, o protagonista consegue matar seu adversário e dominar a cidade absolutamente. Pouco tempo depois, deprimido e sem desafios, o vilão decide criar seu próprio super-herói, mas vê o tiro sair pela culatra quando o escolhido para o cargo usa seus poderes para o mal. Agora, relutantemente, Megamente deve ocupar o lugar de seu antigo inimigo e salvar a todos.

O filme dirigido por Tom McGrath (de Madagascar) tem vários trunfos: consegue inovar em um estilo já saturado nas salas de cinema, ao colocar o nêmesis do herói como protagonista e mostrar o seu lado da história, ao mesmo tempo que faz piadas e homenageia longas de heróis clássicos como o Superman de 78 e Homem de Ferro (por falar nesse primeiro, é ótima a referência ao ator Marlon Brando e a outra obra do roteirista do filme do homem de aço, Mario Puzo e seu Poderoso Chefão). Também encontra tempo para fazer referências ao estilo clássico dos quadrinhos (a rivalidade entre Megamente e Metro Man, mais para descobrir quem é o melhor de ambos do que uma luta sobre o bem e o mal) e o estilo mais contemporâneo, hardcore (quando o vilão Titan sai expalhando o caos descerebradamente, e é até capaz de matar, como nas HQ´s pouco inspiradas atuais). Brilhantemente, e sem entregar muito spoilers, a película faz menção, e obviamente brinca, até com um padrão negativo criado por uma saga dos quadrinhos, O Retorno do Super-Homem. Para quem é fã de banda desenhada, os detalhes da película são interessantes e prazerosos.

Enfim, Megamente é mais uma animação de qualidade da Dreamworks, dos ótimos Como treinar seu Dragão e Shrek. É um filme divertido e de roteiro bem amarrado, prato cheio tanto para fãs ou não de Super-heróis. Ou vilões.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O nascimento de uma nova década


Não tenho feito muita coisa ultimamente, a não ser me dedicar extremamente a meus projetos e tirado um tempo para descanso. Acho que estava precisando dessas duas coisas.

Mudando um pouco de assunto, fico pensando nessa nova década que se inicia. Ao longo dos próximos dez anos, terei terminado a faculdade e definido aquilo que quero ser para o resto da vida. Se tudo der certo, é claro. Será que irei alcançar meus sonhos, ou irei tropeçar pelo caminho? A gente sempre tem medo do amanhã.

Independente disso, estamos no final do ano, e natal e ano novo são minhas épocas favoritas. Tentarei deixar os receios e a tristeza de lado, pelo menos por enquanto, para aproveitar esse tempo presente, que nunca mais será da mesma forma.

Para você que estiver lendo essa mensagem, se eu não escrever mais até o final do ano, desejo um ótimo natar e ano novo para você. Até a próxima.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Muita Calma Nessa hora




Vou tentar resumir, porque estou bem cansado... Enfim, Muita Calma Nessa Hora É a primeira entrada do cinema nacional em um filme realmente só permeado por estrelas, onde parece que cada cena e personagem foram pensados para cada ator. Pelo começo meio fraco, até pensei que se trataria de mais uma película ao estilo "seriado da globo", mas não. Quer dizer, me surpreendi porque ele era melhor do que eu esperava, mas apenas mediano. Complicado? Vou explicar melhor.


Primeiro, a trama: Tita (Andréia Horta), Mari (Gianni Albertoni) e Aninha (Fernanda Souza, do extinto seriado Toma Lá da Cá), são amigas de infância. Quando a primeira pega o marido traindo no apartamento em que estão dividindo, decide ir com as outras duas a Búzios, onde passaria a lua de mel, para poderem se divertir e esquecer por um tempo os problemas. No caminho, conhecem a Hippie Estrella (Débora Lamm), que está indo para a mesma praia conhecer o pai. E por lá, no meio de luais e muita "pegação", é onde a trama se desenrola.


As três amigas: A indecisa (Fernanda Souza), a gostosona que dá pra todo mundo (Gianne Albertoni) e a certinha que agora quer dar pra todo mundo (Andréia Horta)

O filme não apresenta nada de novo. As mesmas fórmulas, a trama básica da amizade entre amigas, um argumento que lembra levemente o do primeiro filme de Sex and The City, embora possa ser apenas coencidência... enfim, a diferença é que, ao contrário de muitos filmes brasileiros nos últimos anos, Muita Calma Nessa Hora Funciona como película, tanto na linguagem, ritmo e no humor que se propõe a mostrar, mesmo que seja apenas comum e esquecível. É um amadurecimento do cinema nacional.