Se Beber não case, ou The Hangover, no original, para mim foi um filme melhor do que o esperado. Quer dizer, senti interesse após o que li e ao acompanhar o material promocional da película, mas assisti-lo foi uma experiência divertida e imersiva como poucas no cinema, digna de um dos melhores exemplos do estilo “comédia de amigos” desde “American Pie”.
Na trama, após mentirem para suas namoradas e partirem para uma despedida de solteiro que prometia tudo o que tinham direito, um grupo de amigos descobre que perderam um de seus integrantes, justamente o que ia se casar, no dia seguinte. Restando apenas quarenta horas para a cerimônia, eles precisam encontrar o noivo ao mesmo tempo em que se recuperam dos efeitos de uma poderosa ressaca (daí o título original: Hangover, literalmente ressaca em português).
O grupo de amigos (não, o bebê não é o noivo)
Se a sinopse não empolga, dado a similaridade com outras películas neste formato, o roteiro e os atores, principalmente, dão um show de interpretação e humor com personalidade. Mesmo quando se utilizam de idéias já elaboradas em filmes como Quebrando a banca e demais que utilizam Las Vegas e cassinos como pano de fundo, é prematuro e irresponsável dizer que o filme é clichê e/ou bebe da fonte destes, uma vez que atualiza esses conceitos de forma única e que adéqua as piadas a historia, e não o inverso como muitos “Todo mundo em Pânico” por ai.
Falando dos atores, estes parecem ter sidos escolhidos a dedo pelo diretor Todd Phillips (Dias Incríveis), tamanho o entrosamento, com destaques para o insano e infantilizado Alan (Zach Galifianakis) e o hilário mafioso gay vivido por Ken Jeong. Mais um destaque são as informações deixadas pelas entrelinhas, que apenas os mais atentos ou aqueles que procurarem na internet (como eu) irão perceber. Essa foi uma forma inteligente de manter o filme na cabeça do telespectador após a seção, tentando encontrar ligação para os fatos.
Muitas coisas aconteceram nas poucas horas em que o grupo ficou chapado. Essa cena mostrará uma delas.
Se Beber não case realmente merece a alcunha como um dos melhores filmes do ano (mais de duzentos milhões só nos Estados Unidos, valor bem alto para um filme de comédia). Mesmo com uma trama que tende pelo previsível e piadas fáceis, consegue trilhar o caminho oposto, fazer rir e surpreender até com participações especiais inusitadas, como a de um famoso ex-pugilista...
Com uma continuação já engatilhada para o ano de 2011, Se beber não case é garantia de um bom filme de humor equilibrado, que não deixa a peteca cair nem nos momentos escatológicos. E que venha a segunda ressaca!
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