
Na trama, Roberto Nascimento (Wagner Moura, ainda melhor), após anos afastados do BOPE, decide voltar à ativa. Como Coronel, ele é o responsável por conter uma rebelião de presos no Presídio de Segurança máxima, o Bangu I. No entanto, toda aquela ideologia segurada tão veementemente no primeiro, de que Missão dada é missão cumprida e de que bandido bom é bandido morto cai por terra nos primeiros dez minutos de filme. E de uma forma que dificilmente não fará você mudar de opinião.
Após um incidente, Nascimento começa a questionar seu papel e o de todas as coisas e pessoas a sua volta. Separado, com um filho único distante chamado Rafael (Pedro Van-Held, em seu primeiro personagem, que recebe mais destaque no final), e com um político ativista dos direitos humanos, Fraga (Irandhir Santos, um excelente ator pernambucano) em seus calcanhares, o agora ex-coronel é afastado e promovido a secretaria de segurança pública. Nessa função, ele implanta uma série de melhorias no BOPE, que em teoria, deveriam levar ao fim da violência e da corrupção. Mas como o próprio Nascimento irá descobrir, suas ações levarão a uma série de consequências que só irão levar o jogo a um novo nível.
O filme não pouca ninguém: critica de programas que banalizam e enaltecem a violência, tão comuns hoje na televisão, a todo o esquema por trás das intenções de voto (não por acaso, a película estréia apenas agora, uma semana após as eleições). Também faz uma brilhante referência, já perto do final, ao projeto Ficha Limpa.
Outras considerações que posso fazer são na turbulenta e difícil relação de Nascimento com Fraga (que na verdade, embora tenham opiniões divergentes sobre justiça, possuem a mesma visão idealista de fazer mudança), e na ideia de deixar o antigo Capitão como único protagonista, ao contrário do primeiro filme, em que ele dividia o papel. Aqui, há mais espaço para entender e trabalhar o personagem, que independente de adotar ou não valores éticos, convence novamente e de forma mais madura, criando uma verdadeira referência de como fazer uma perfeita continuação de uma película nacional.
adorei o filme.
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